14. A Entrevista - Parte 2

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(Espero que gostem desse cap, só me custou a tarde toda escrevendo ele. Me digam o que acharam)

POV DYLAN

Vamos lá.

O sr. Gostosão se senta na cadeira atrás da mesa e eu sento na da frente.

Ele continua me estudando, esperando encontrar um ponto fraco pra começar a atacar.

Eu não vou dar esse gostinho pra ele.

Faço o básico: pego o meu gravador, elaboro as perguntas.

Não perco tempo.

- O sr. está próximo de completar 50 anos. Já diria que consolidou o seu legado? - falo.

A expressão dele é meio indecifrável. Parece que esperava que eu enrolasse antes de começar a entrevista.

- Nossa, 50 anos? Já? - ele dá uma risadinha falsa. Falsiane deve ser o nome do meio dele, logo depois de pedófilo... - Eu não me considero velho de maneira nenhuma... Eu nem cheguei no meu auge ainda... Pra mim, o céu é o limite...

Boiei.

Eu nem CHAMEI ele de velho...

Tento de novo, usando o máximo da minha paciência.

- Então, o sr. acha que as suas empresas ainda não atingiram o seu verdadeiro potencial ?


Pov SR. ROBINSON


De novo, fico desapontado.

Assim, que o garoto chegou, eu fiquei surpreso.

Samantha tinha dito que ele era jovem, mas não tanto assim...

Não parecia que ele tinha 21 anos.

Parecia mais novo.

Queria dar uma olhada nesse garoto. Curiosidade, só pra saber o que a Holland viu nele.

Holland.

Pensei que ela soubesse escolher melhor.

Melhor do que um garoto pálido, magrelo, de 21 anos... De Vancouver.

Pensei que fosse me divertir com ele, conseguir intimidá-lo, com a minha atitude, minha empresa, o papo dos investidores.

Mas não, ele está sendo profissional. Profissional demais.

Dá pra ver nos olhos dele que ele sabe.

Ele sabe de tudo.

Fico surpreso pela Holland ter contado. E fico ainda mais surpreso por ele não estar avançando no meu pescoço, tentando me matar.

Talvez ele esteja fazendo essa entrevista com o mesmo propósito que o meu.

Curiosidade.

Saber como eu sou.

Como jornalista, ele é muito sério.

Tentei ir por uma veia mais despretensiosa, mais "solta", mas ele nem ligou. Continuou sério, e ainda teve a petulância de dizer as minhas empresas não me agradam.

Ele quer que eu ataque?

Eu vou atacar.

...

- Como eu disse, as minhas empresas atingiram sim o seu potencial, mas eu quero que elas vão mais além. A meta já foi estabelecida, e continuamos ultrapassando ela todos os dias. - respondo.

O garoto, Dylan, parece convencido.

Mas não teve nenhum esboço de raiva, ódio ou decepção...

Dylan & Holland - 2a. TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora