2ºCapítulo

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(N/A) Espero que estejam a gostar da fic! Votem e comentem por favor!

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   Sentei-me no carro do Liam. Era velho mas confortável. Ele sentou-se ao meu lado. "Para onde?" perguntou-me com um sorriso na cara. Eu disse-lhe a minha morada e ele começou a guiar. Estávamos os dois calados. Estava a ser um bocado estranho. Eu queria perguntar-lhe o que é que o grupo do Harry lhes tinha feito mas decidi manter-me calada. Parámos num sinal vermelho e ele olhou para mim. "Tá tudo bem?" ele perguntou-me. Eu acenei com a cabeça. Ele sorriu e olhou para a frente. "Quem é que vocês vão convidar para a festa do Yuhuri?" perguntei-lhe a meter conversa. O sinal fica verde e ele recomeçou a conduzir. "Em princípio o nosso ano todo." respondeu. "O ano todo?" perguntei-lhe um bocado admirada. "Yap. Menos os ganzados, claro." Eu acenei com a cabeça. "Bem, o Yuhuri não queria convidar todo o ano mas a Johanna obrigou-o." A Johanna? Olhei para ele confuso. Ele olhou para mim e depois começou-se a rir. "O Yuhuri e a Johanna namoram." explicou-me o Liam. "Ahh." respondi-lhe um bocado atrapalhada. Ele continuou-se a rir. Passado cinco minutos ele estaciona à porta de minha casa. "Chegámos!" disse-me o Liam. Eu sorri-lhe. "Obrigada." disse-lhe saíndo do carro.

Entrei em casa e fui logo para  o meu quarto. Pousei as minhas coisas no canto ao lado da secretária e deitei-me na minha cama. Eu estava tão cansada que os meus olhos começaram a fechar-se lentamente.

***

"Dá-me o meu sumo, Thomas!" disse a Mel entre gargalhadas. O Thomas põe-se em cima da cadeira do refeitório e estica o braço para cima. A Mel dava saltos a tentar agarrar o sumo mas ele estava mais alto. "Hey, Liam, apanha!" grita o Thomas atirando o sumo ao Liam. O Liam apanha-o sem dificuldade. A Mel corre na direção dele mas o Liam é mais rápido e atira o sumo a Yuhuri. "Pessoal, já chega por favor!" diz a Mel já um bocado irritada mas os rapazes fingiram que não a ouviram. Em vez de lhe darem o sumo começam a jogar volley com ele. Nós todos rimo-nos das figuras da Mel. A Mel deside-se sentar à espera que os rapazes parem de jogar com o sumo dela. Eu recomeço a comer. Não estava com muita fome mas não queria estar ali a olhar para eles sem fazer nada. Ia ser um bocado constrangedor. "Meninas, que tal fazermos uma girls night hoje?" pergunta a Wendy olhando para nós. Demorei um bocadinho de tempo a perceber que também estava convidada. "Em casa de quem?" pergunto-lhe mais descontraidamente do que queria parecer. "Em minha, claro!" diz-me a Wendy com um sorriso. "Que tal?" perguntou-nos outra vez. "Claro que sim!" gritou a Martha eufórica. "Eu levo os dvds!" disse a Mel " Não confio no vosso gosto." disse piscando o olho. "Por mim tudo bem." respondo-lhe e ela sorri-me. "Então parece que temos um encontro!" Rimo-nos todas. "Quem é que leva as pipo-" ia dizendo a Wendy  quando ouvimos um grito. O refeitório fica todo em silêncio. Olho para trás. Está toda a gente de pé à volta de alguém. "Ah, outra vez não..." diz a Gabi baixinho. Outra vez? Alguém deve estar a lutar. Levanto-me para ver quem é que está a lutar. Passo pelas pessoas que fazem uma barreira humana chegando mesmo à frente. Vejo o Harry a pegar no colarinho de outro rapaz que está cheio de medo dele. Não o culpo. Fico calada sem respirar à espera que aconteça alguma coisa. O Harry dá um murro na cara do outro rapaz fazendo com que saia sangue do seu nariz. "NÃO VOLTAS A DIZER ISSO, PERCEBESTE?" grita-lhe o Harry. Aquela visão era horrível. O rapaz acena afirmativamente com a cabeça. O Harry fecha o punhoe dá-lhe um murro na barriga. O rapaz agarra-se à barriga cheio de dores. O Harry deixa-o cair no chão e afasta-se. Quando se vai a afastar o rapaz levanta-se e cospe sangue para o chão. Tenta equilibrar-se mas cai. Ninguém se mexe. Como é que ninguém o vai ajudar? Aproximo-me do rapaz e ajudo-o a levantar. Toda a gente olha para mim com olhos arregalados. O que é que estarei a fazer de mal? "Obrigado" diz quase se folgo. Eu aceno com a cabeça e passo o braço dele por cima do meu ombro. "Vamos à enfermaria." digo-lhe. Quando começamos a andar o Harry volta com um amigo dele para o meio do círculo. Estava com um sorriso malicioso. Mas tira-o logo da cara quando me vê a ajudá-lo. "O que é que estás a fazer?" pergunta-me com os olhos arregalados. O meu corpo fica tenso. Respira, Emely. Não fiques com medo. "Estou a ajudá-lo." digo-lhe com mais certeza do que estou. Ele começa-se a rir. Eu continuo a andar com o rapaz mas o Harry puxa-me com um braço deixando o rapaz cair no chão. O rapaz geme de dores ao cair no chão. O amigo do Harry aproxima-se dele e pega-lhe pelo braço. Eu tento ir ajudá-lo mas o Harry agarra-me o braço com mais força. O amigo do Harry começa a dar pontapés no rapaz. Eu estou em choque. "Pára!" grito ao amigo do Harry mas ele continua. O meu corpo treme-me de medo. O Harry olha para a cena com  um sorriso triunfante na cara. "Larga-me o braço." digo entre dentes ao Harry. O Harry olha para mim. "Hum... não." Eu abro os olhos de surpresa. "Eu não sei se percebeste mas não era uma pergunta. Larga-me o braço, agora." digo-lhe olhando-o nos olhos. Desta vez é ele que olha para mim admirado. "Oh... Alguém tem atitude a mais para uma rapariga." diz-me e pega-me ao colo. Eu começo a espernear mas ele agarra-me as pernas com mais força. Olho de relance e vejo que o rapaz já nem se tenta proteger. "LARGA-ME! VOCÊS VÃO MATÁ-LO!" grito-lhe. "Cala-te!" diz-me enquanto saímos do refeitório. Entramos na casa de banho dos rapazes e ele tranca-nos lá dentro. Pousa-me no chão e encosta-me à parede. "Ouve, o que lhe está à acontecer é porque ele merece." diz-me. Eu viro a cara para o teto para não ter que o ver. Ele puxa-me pelo maxilar. "Ouviste?" Eu aceno com a cabeça. Quando lhe olho nos olhos ele é bastante intimidante. Ele olha-me durante uns segundos e diz: "Nunca te tinha visto por aqui. És nova?" eu fico a olhar para ele sem saber se devo ou não responder. Eu estou trancada num sítio com uma pessoa que estava a espancar outra há cinco minutos. É melhor responder. "Sou" digo-lhe num sussurro. Ele sorri-me. "Não percisas de ter medo de mim." diz-me aproximando-se de mim. "Tu acabaste de espancar uma pessoa inocente quase até ele morrer. Tens razão, eu não devia ter medo de ti." respondo-lhe num tom irónico. Porque é que eu lhe disse isso? Porque é que eu não penso antes de falar? Ele agora vai-me matar. Literalmente. Ele afasta-se e o seu sorriso sai da sua cara. "Ele não é inocente. Já to disse." diz com uma voz forçadamente calma. Respira fundo e aproxima-se de mim outra vez. "E como já te disse ele estava a percisar." disse já com o seu sorriso de volta. "Eu não te vou fazer mal, podes descontrair." diz-me pondo a sua mão na minha cintura. Eu fecho os olhos. Ele aproxima-se de mim e começa a dar-me beijos no pescoço. O meu corpo começa a relaxar. Ele aproxima-se mais de mim diminuindo o espaço que existe entre nós. "Como é que te chamas?" pergunta-me o Harry. Quando ele fala sou puxada para a realidade. Ele estava-me a beijar o pescoço. A mesma pessoa que quase matou uma pessoa no refeitório. Afasto-me dele e abro os olhos. Ele está a olhar para mim à espera de uma resposta. Eu não lhe vou dizer o meu nome. "Afasta-te de mim" digo-lhe quase num sussurro. Ele dá uma gargalhada. "Só se me disseres o teu nome." diz aproximando-se de mim e recomeçando a beijar-me o percoço. Eu ponho as mãos no peito dele e afasto-o de mim. "Não. Eu não tenho que te dizer o meu nome para tu te afastares de mim." Ele fica a olhar para mim admirado. Depois olha para as minhas mãos e sorri. "Ok, Emely. Tens razão." Eu olho para ele confuso. Como é que ele soube de repente o meu nome? Mas depois lembro-me. Eu tenho uma pulseira com o meu nome. Suspiro e afasto-me dele. Destranco a porta da casa de banho e saio enquanto o Harry fica a olhar e a rir-se de mim.

***

  Entro no refeitório. O cenário está completamente diferente. Já está toda a gente outra vez nas suas mesas a comer como nada tivesse acontecido e a poça de sangue que estava no chão já foi limpa. Bem, ele não deve ter morrido por que se não toda a gente estava a fazer um drama ainda maior. Vou para a mesa onde estava sentada sentindo os olhares de toda a gente postos em mim. Quando finalmente chego à minha mesa a Martha diz: "O que é que te passou pela cabeça? Estás bem?" Eu aceno afirmativamente com a cabeça. "Porque é que fizeste isso?" "Isso o quê?" pergunto-lhe fazendo passar-me de burra. "Fazeres frente ao... Harry Styles"diz-me a Martha sussurrando o nome do Harry. "Eu não ia deixar que ele morresse." digo-lhe olhando-a nos olhos. "Ias sim, Em." Olho em frente para a porta de entrada do refeitório. O Harry entra a olhar para mim. Sorri-me e senta-se na mesa dos amigos deles. "Nem sabes o que fizeste" sussurra-me a Martha. Olho mais uma vez para a mesa do Harry. Agora eram os amigos dele que estavam a olhar para mim. Desvio o olhar para o meu tabuleiro. Se calhar a Martha tinha razão.

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