Capítulo 17

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  Esses últimos dias foram tão agitados, foram tantas descobertas e acontecimentos que só agora percebi que eu não havia falado com Caitlin, estou com saudade.

 Disco seu número, e depois de alguns toques sua voz suave invade meus ouvidos...ai que saudades.

- Oi Max! - Sua voz está mais animada do que alguns dias atrás.

- Oi Caitlin!

- Esqueceu de mim foi?

- E tem como esquecer? -  Ela ri, divertida.

- Como você está?

- Bom, se minha mãe ter aparecido depois de vinte anos e me dar um baita susto é estar bem, então eu estou bem!- Dou risada, esperando sua reação.

- NÃOO!! SÉRIO?

- Sim! E tem muito mais história.

- Ai meu Deus, Max! Você está bem mesmo?

- SIM, relaxa! E você como está?

- Bem, já esclareci as coisas com meu pai, e estou superando  a morte da minha mãe... Eu acho.

- Que bom, fico mais tranquilo.

- Tive uma ideia!

- Qual?

- Que tal amanhã irmos tomar um café? Aí você me conta tudo. - Ela diz esperançosa.

- Ótima ideia. Onde?

- No café onde nos esbarramos aquele dia.

- OK,. Estou ancioso! Boa noite, Caitlin.

- Boa noite, Max.

  Desligo e adormeço com sua voz ressoando nos meus pensamentos.

(...)

  Hoje, o tempo está nublado, mas não tão frio. Saí do trabalho e fui em direço ao café. Não sei porque , mas estou nervoso, eu preciso vê-la.

  Chego na hora, coisa rara. Ela ainda não está, então peço uma mesa de canto, perto da janela, com dois lugares e um delicado e pequeno arranjo de flores em cima.

  Olho em direção a porta, e lá está ela, sorridente como sempre. Eu pareço um adolescente, meu coração parece que  vai sair pela minha boca, e o meu sorriso é gigante!

  Ela vem em minha direção.

- Oi Max!

-Oi Caitlin!- Ela me dá uma abraço e um beijo no rosto.

- E aí, como anda?

- Bem e você?

- Ah, seguindo em frente. Aprendi que nada é pra sempre. Tudo uma hora ou outra simplesmente se vai.

- Nossa que profunda, temos uma filósofa.- Nós rimos.- Que bom te ver sorrindo!

- Poise, até eu estou gostando ultimamente!...- Ela faz uma cara de quem lembrou de algo importante. - E sua mãe??

- Ah, ela apareceu e ...-  Conto, assim, toda a história.

- MEU D-E-U-S!

 O garçom chega com nossos pedidos.

- Posso conhecê-las?

- Claro!

-Ótimo!- Diz batendo palmas.

  Ficamos m um silêncio gostoso. Ela toma seu café e deixa uma mecha de seu cabelo cair sobre seu rosto, eu a coloco atrás de sua orelha com delicadeza ,meus dedos tocaram de leve sua pele, fazendo assim uma pequena eletricidade passar por nós e a fazendo corar.

Isso a deixou mais linda!

- Meus cabelos são meio rebeldes!- Diz, visivelmente tentando disfarçar.

  Olho pela janela e está começando a chover.

- Droga! - Ela resmunga.

- O que? - Dou risada da careta que ela faz olhando para a janela, já toda molhada.

- Essa chuva.

- O que tem ela?

- Eu não vim de carro, e estou sem guarda-chuva. Vou ter que esperar passar.

- Ótimo, então me faz companhia aqui!

- Melhor companhia IMPOSSÍVEL. - ela ri.

- Você não me falou de seu pai.

- Ah, claro. Bem, ele diz que se arrependeu  profundamente de ter me abandonado com 3 anos e minha mãe. E que se pudesse voltar atrás faria TUDO diferente e blá blá blá, aquele discurssinho típico de homem quando apronta!

  Dou risada de seu comentário.

- Ei tá rindo do que? -  Ela diz fazendo bico.

- Do seu comentário.

- Mas é verdade. Pode perceber. TODO homem quando apronta fala essas bobagens!

  Ela olha para o relógio.

- Fala sério!

- O que foi?

- Meu pai vai passar na minha casa, e eu não posso sair daqui.

- Eu te levo.- Pago a conta e saímos do café.

  Estamos no estacionamento  correndo feitos dois malucos, até meu carro.

- Ufa!- Ela diz se secando com o casaco.

 - Tô ensopado.

-Somos dois.

  Somos interrompidos com o toque de seu celular.

Aqueles Olhos.Onde histórias criam vida. Descubra agora