Esses últimos dias foram tão agitados, foram tantas descobertas e acontecimentos que só agora percebi que eu não havia falado com Caitlin, estou com saudade.
Disco seu número, e depois de alguns toques sua voz suave invade meus ouvidos...ai que saudades.
- Oi Max! - Sua voz está mais animada do que alguns dias atrás.
- Oi Caitlin!
- Esqueceu de mim foi?
- E tem como esquecer? - Ela ri, divertida.
- Como você está?
- Bom, se minha mãe ter aparecido depois de vinte anos e me dar um baita susto é estar bem, então eu estou bem!- Dou risada, esperando sua reação.
- NÃOO!! SÉRIO?
- Sim! E tem muito mais história.
- Ai meu Deus, Max! Você está bem mesmo?
- SIM, relaxa! E você como está?
- Bem, já esclareci as coisas com meu pai, e estou superando a morte da minha mãe... Eu acho.
- Que bom, fico mais tranquilo.
- Tive uma ideia!
- Qual?
- Que tal amanhã irmos tomar um café? Aí você me conta tudo. - Ela diz esperançosa.
- Ótima ideia. Onde?
- No café onde nos esbarramos aquele dia.
- OK,. Estou ancioso! Boa noite, Caitlin.
- Boa noite, Max.
Desligo e adormeço com sua voz ressoando nos meus pensamentos.
(...)
Hoje, o tempo está nublado, mas não tão frio. Saí do trabalho e fui em direço ao café. Não sei porque , mas estou nervoso, eu preciso vê-la.
Chego na hora, coisa rara. Ela ainda não está, então peço uma mesa de canto, perto da janela, com dois lugares e um delicado e pequeno arranjo de flores em cima.
Olho em direção a porta, e lá está ela, sorridente como sempre. Eu pareço um adolescente, meu coração parece que vai sair pela minha boca, e o meu sorriso é gigante!
Ela vem em minha direção.
- Oi Max!
-Oi Caitlin!- Ela me dá uma abraço e um beijo no rosto.
- E aí, como anda?
- Bem e você?
- Ah, seguindo em frente. Aprendi que nada é pra sempre. Tudo uma hora ou outra simplesmente se vai.
- Nossa que profunda, temos uma filósofa.- Nós rimos.- Que bom te ver sorrindo!
- Poise, até eu estou gostando ultimamente!...- Ela faz uma cara de quem lembrou de algo importante. - E sua mãe??
- Ah, ela apareceu e ...- Conto, assim, toda a história.
- MEU D-E-U-S!
O garçom chega com nossos pedidos.
- Posso conhecê-las?
- Claro!
-Ótimo!- Diz batendo palmas.
Ficamos m um silêncio gostoso. Ela toma seu café e deixa uma mecha de seu cabelo cair sobre seu rosto, eu a coloco atrás de sua orelha com delicadeza ,meus dedos tocaram de leve sua pele, fazendo assim uma pequena eletricidade passar por nós e a fazendo corar.
Isso a deixou mais linda!
- Meus cabelos são meio rebeldes!- Diz, visivelmente tentando disfarçar.
Olho pela janela e está começando a chover.
- Droga! - Ela resmunga.
- O que? - Dou risada da careta que ela faz olhando para a janela, já toda molhada.
- Essa chuva.
- O que tem ela?
- Eu não vim de carro, e estou sem guarda-chuva. Vou ter que esperar passar.
- Ótimo, então me faz companhia aqui!
- Melhor companhia IMPOSSÍVEL. - ela ri.
- Você não me falou de seu pai.
- Ah, claro. Bem, ele diz que se arrependeu profundamente de ter me abandonado com 3 anos e minha mãe. E que se pudesse voltar atrás faria TUDO diferente e blá blá blá, aquele discurssinho típico de homem quando apronta!
Dou risada de seu comentário.
- Ei tá rindo do que? - Ela diz fazendo bico.
- Do seu comentário.
- Mas é verdade. Pode perceber. TODO homem quando apronta fala essas bobagens!
Ela olha para o relógio.
- Fala sério!
- O que foi?
- Meu pai vai passar na minha casa, e eu não posso sair daqui.
- Eu te levo.- Pago a conta e saímos do café.
Estamos no estacionamento correndo feitos dois malucos, até meu carro.
- Ufa!- Ela diz se secando com o casaco.
- Tô ensopado.
-Somos dois.
Somos interrompidos com o toque de seu celular.
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Aqueles Olhos.
RomansaMax, um médico que até então vivia sozinho.E Caitlin uma garota no auge de sua juventude, encantadora. Ambos vivem algumas reviravoltas , e sempre um apoiando o outro...Até que...