Capítulo 55 - Transplante

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Hello Pessoinhas!

Boa Leitura.

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Camila P.O.V

Enfim chegou o dia do transplante de Luna, Emily e eu chegamos bem cedo para poder conversar um pouco com ela. Por mais simples que seja em comparação com grandes cirurgias, o tratamento de uma Leucemia não é fácil, depois de se submeter a um tratamento que ataca as células doentes e destrói a própria medula, o paciente recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. Essa nova medula é rica em células chamadas progenitoras que, uma vez na corrente sanguínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem. Após o transplante o paciente deve ser mantido internado no hospital, em regime de isolamento. Emily já esta sofrendo por saber que não poderá ver Luna por cerca de duas ou três semanas.

- Olá! – eu falo abrindo a porta do quarto e Luna abre um sorriso singelo – Como esta a minha amiguinha guerreira?

- Lutando! – ela fala num tom de voz fraco – Oi tia Mila!

- Oi minha linda! – falo me curvando para depositar um beijo em sua testa. – Eu tenho uma surpresa para você.

- Hum... E o que seria? – ela pergunta curiosa.

- Pode entrar! – falo um pouco mais alto e Emily entra sorrindo de orelha a orelha – Aqui esta a surpresa.

- Oi Lu! – Em fala abraçando a amiga – Como você esta?

- Oi Mily! – ela fala meio tímida, tão fofinha. – Estou nervosa, mas estou bem.

- Vai dar tudo certo, não se preocupe! – Em fala de maneira carinhosa e Luna assente – Não vamos poder te ver durante um tempo, mas saiba que nós vamos estar aqui fora aguardando você.

- Eu sei! – ela fala e suspira – Não estou com medo do transplante, estou com medo da doença enxerto contra hospedeiro ou de uma rejeição.

- O que é doença enxerto contra hospedeiro? – pergunto confusa e elas me olham como se eu fosse E.T – Desculpa, mas eu realmente não sei!

- Com a recuperação da medula, as novas células crescem com uma nova "'memória" e, por serem células da defesa do organismo, podem reconhecer alguns órgãos do indivíduo como estranhos. E esta complicação é chamada de doença enxerto contra hospedeiro, é relativamente comum. – Emily me explica e Luna apenas assente, eu continuo meio confusa e elas percebem – Em outras palavras, a nova medula poderá atacar os órgãos sadios da Luna apenas por não os reconhecer, ela atacaria achando que eles representam algum perigo ao seu corpo. – ela suspira – Em transplantes de medula, a rejeição é relativamente rara, mas também pode acontecer.

- Ai meu Deus! – foi à única coisa que consegui falar – Eu não sabia, e se isso acontecer o que eles fazem?

- Eles irão tentar controla-la com medicamentos adequados. – Luna fala de maneira preocupada – Eles tentam eliminar ao máximo os riscos, por isso, existe a preocupação com a seleção do doador adequado e o preparo do paciente, no caso eu. – ela sorri de maneira triste – É por isso que eu vou ser mantida internada no hospital, em regime de isolamento, meu sistema imunológico estará extremamente vulnerável.

- Mas depois disso você estará bem, não é? – pergunto meio incerta, já que pelo visto não é tão simples quanto parece.

- Se eu passar por isso, após a recuperação da medula, eu irei continuar a receber tratamento, só que em regime ambulatorial, mas se os médicos julgarem necessário terei que comparecer diariamente ao Hospital. – sinto um nó em minha garganta e vejo que Em já esta com os olhos marejados – Mas o Dr. Ethan disse que eu tenho boas chances, ele disse que o diagnóstico precoce e o meu estado geral serão um diferencial importante.

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