Capítulo 129 - Café da Manhã (2 Temporada)

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Hello Little's!

Boa Leitura.

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Narrador P.O.V

No dia seguinte Melida acordou primeiro, seu braço estava dormente e ela só identificou o motivo quando viu que Valentina ressonava com a cabeça sobre seu braço. Mel sorriu antes de engolir o nó em sua garganta. Na noite anterior ela percebeu que viver como uma pessoa rica nem sempre é uma coisa boa. O dinheiro levou Valentina a ser sequestrada, deixando-a com um trauma para a vida. O dinheiro também não foi capaz de evitar que ela desenvolvesse um tumor raro. Chegar a essa conclusão a fez se sentir triste por Valentina, Mesmo com tanto dinheiro ela tinha uma vida limitada, e com certeza nunca fez o que queria, ou foi feliz da forma que merecia. Melida se ajeitou melhor na cama descansando o queixo sobre a cabeça da mais velha. Alguns minutos depois Valentina começou a despertar, Mel a observava.

- Você estava me observando dormir? - perguntou com a voz um pouco mais grave que o normal.

- Sim.

- Você é estranha. - brincou virando-se de barriga para cima - Bom dia!

- Bom dia! - Valentina fechou os olhos com força e respirou fundo - Está tudo bem?

- Não estou enxergando muito bem. - Melida franziu o cenho - Você pode pegar esse remédio que está aí do seu lado, por favor?

- Claro. - sentou-se meio afobada para pegar o remédio - Aqui.

- Obrigada. - aceitou, colocou o comprimido na palma da mão e engoliu sem água mesmo.

- Precisa de mais alguma coisa? - Valentina negou com a cabeça sem abrir os olhos - Você está bem?

- Estou doente, Mel! Tudo o que não estou é bem. - respondeu abrindo os olhos - Mas isso não é nada perto de uma das minhas crises, acredite.

- Todo dia é assim? - perguntou sentada em posição de índio.

- Não, tem dia que é pior, muito pior. - acariciou a coxa de Mel - Como você não fugiu, você ainda verá uma delas. Não precisa ficar assustada, não há muito o que fazer. - Melida engoliu seco - A Liv ainda surta um pouco.

- O que eu devo fazer caso aconteça?

- Como eu disse, não há muito a se fazer. - respondeu se sentando também - Eu posso me contorcer de dor, posso vomitar, mas quando o remédio fazer efeito eu voltarei ao normal.

- Esses são os sintomas? - Melida tentava entender para não ser pega de surpresa.

- Alguns. - deu de ombros - Estou perdendo o movimento do braço direito, e às vezes perco a visão, mas ela sempre volta, pelo menos por enquanto.

- Por isso não tocou violão?! - não foi uma pergunta.

- É... Mas tá tudo bem. - Melida não estava achando tudo bem, mas não disse nada - Eu sou ambidestra. Vamos levantar?

- Claro. - respondeu saindo da cama e estendendo a mão para ajudar Valentina a se levantar. - Eu posso tomar um banho?

- Não precisa pedir, Mel. - se levantou e acariciou sua bochecha - Sinta-se em casa.

- Me empresta uma toalha? - indagou pegando uma roupa em sua mochila.

- No banheiro tem toalhas limpas dentro do armário. - respondeu se espreguiçando - Tem de tudo no armário, fique a vontade.

- Você não vai me acompanhar? - Valentina parou e virou para encará-la.

- Não acho que chegamos nesse ponto do relacionamento ainda. - argumentou divertida.

Ser ou ParecerOnde histórias criam vida. Descubra agora