capítulo 15

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Só podia ser brincadeira. Como assim sua mãe estava ali? Na sua casa? Ela deveria estar no interior apenas vivendo do dinheiro que Alícia mandava,mas ela estava ali? Era um pesadelo. 

-ma...mamãe? -Alícia se pronunciou pela primeira vez. Mariana entrou no local e parou de frente com a filha. Não houve palavras,apenas o estalo do tapa disparado no rosto de Alícia. Carmen e majo arregalaram os olhos ao ver a cena e bibi ficou irada com a cena.

-mamãe, eu sinto muito....

-cala a boca. Céus, onde foi que eu errei Alícia? -perguntou a mulher em tom de deboche. -eu criei você com todo amor e carinho pra você simplesmente me dar um desgosto desse? Melhor,prefere que eu te chame de Alícia ou luana? Meu Deus eu tenho que lavar minhas mãos depois desse tapa,por que o cheiro de puta está impregnado em sua pele...

Sabe aquele momento que você vê toda uma situação, mas não consegue simplesmente falar nada ou nem sequer se mexer? Alícia estava assim. Seus olhos lagrimavam, ouvir aquelas palavras da boca da mulher que sempre foi a sua razão de viver era horrível, seria um momento que ela nunca ia esquecer, nunca mesmo. Todo o amor e admiração que tinha por sua mãe, havia acabado ali.

-eu sinto nojo cada vez que penso que eu fui salva por causa desse dinheiro sujo... -mariana rosnou. 

-eu fiz isso por você, mamãe. Pra salvar a senhora- Alícia choramingou para a mãe que apenas a olhou com nojo.

-Eu preferiria morrer ao me.submeter a isso...-a mulher abriu a bolsa e tirou de lá um pacote com várias notas,Alícia ao ver aquilo sentiu o corpo queimar em raiva,sua mãe só poderia estar brincando. -Eu só vim aqui te deixar isso,pagar minha dívida e dizer pra você nunca mais colocar os pés em minha casa e esquecer de vez que você teve uma mãe, passar bem vagabunda!

O pacote foi jogado no chão e logo depois a porta bateu fortemente. Alícia caiu no chão, devastada, Carmen se ajoelhou até a amiga e a abraçou, enquanto Majo ainda digeria tudo o que viu. Bibi estava quieta num canto,apenas repassando toda a cena,as palavras de ódio e decidiu que nunca mais deixaria alguém falar com sua irmã assim,sim,irmã,era isso que elas eram.

-essa velha vai me pagar.... -dito isso a ruiva saiu correndo assustando a amigas que não hesitaram em segui-lá,teriam que segurar a ruiva para ela não matar a mãe de Alícia. 

Bibi viu a silhueta de mariana no ponto de ônibus e sorrio diabolicamente, atravessando a rua e sem demora,pulou no pescoço da Gusman mais velha. 

-seu projeto de demônio....nunca,nunca mais diriga a palavra a mim ou as minhas irmãs....você acha que pode chegar aqui e foder tudo? Foi muito legal usufruir do dinheiro que a sua filha conseguiu e depois jogar na cara. Acha que ela tá errada por fazer isso? Então vamos jogar na rodinha: você é um ser ainda pior por abandonar sua filha no momento que ela chora todas as noites com saudades suas... -bibi aproveitou a deixa para pegar o pacote de dinheiro e jogar na cara da mulher que estava sangrando. -agora você pega a porra desse dinheiro e enfia no cu e se esquece de mim e das minhas irmãs, passar bem!

Majo ria e aplaudia a amiga,Carmen segurava Alícia que anda chorava e logo depois ambas já estavam no apartamento. 

-Bibi, eu cheguei a conclusão de que você não presta! -Majo disse ao passar remédio na mão ferida da amiga que apenas observava Alícia, que estava quieta deitada no colo de Carmen que fazia um carinho de leve no cabelo da morena. Bibi passou pela mesma coisa que Alícia, mas no seu caso foi o pai, na época bibi mentiu dizendo ter arrumado um emprego como vendedora,mas em uma das noites na boate o pai a viu dançar e no camarim aproveitou para não só agredi-lá,mas também para tentar arrancar dinheiro dela o que não deu certo já que Alícia fez questão de dar uma bela surra no homem que ficou cego de um lado do olho e nunca mais apareceu. E ali estava o motivo de ela sempre defender com unhas e dentes as amigas, Alícia sempre foi a mãezona da casa,Carmen aquela que age na razão e da conselhos, Majo a que sempre tá ali quando precisamos chorar com alguém e ela,bem,era a leoa da casa e se orgulhava disso.

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