summer love ∆ chanbaek [EM REVISÃO]

• one

O sol saíra mais cedo naquele dia, iluminando minimamente o quarto de Baekhyun pelas frestas de sua persiana. Ouvindo gritos por seu nome, apertou o travesseiro contra o rosto, negando-se a mover qualquer mínimo músculo. Não iria naquela viagem de jeito nenhum. Ouviu passos ficando mais audíveis para perto de si e a porta de seu quarto ser aberta junto com suas janelas, fazendo-o apertar mais o travesseiro em seus ouvidos.

— Bom dia, filho! Levante e comece a se arrumar, temos que ir. — Baehyeon lhe disse, retirando o travesseiro de si.

— Não vou. Eu tenho quase dezoito anos, mãe, eu posso ficar sozinho em casa. — protestou.

— Baekhyun, eu te conheço. Você não quer ficar em casa e não vai para a casa de campo do Minhyuk. — a mais velha disse, colocando as duas mãos na cintura.

— Omma! Por que não? Vão ter adultos lá supervisionando a gente. Já está tudo combinado, eu posso passar as férias com eles. — resmungou, sentando na cama.

— Obedeça sua mãe e levante-se. — o senhor Byun disse, adentrando seu quarto.

— Por que eu tenho que ir? Por que vocês não podem ir sozinhos? — resmungou novamente.

— Chega de reclamações. Já tivemos esse desentendimento ontem e decidimos. — a mãe dali disse, alterando um pouco o tom de voz.

— E com "decidimos", você quer dizer que vocês dois decidiram. — Baekhyun suspirou e finalmente levantou-se.

— Eu não vou brigar com você, querido. Vai ser divertido, confie em mim. — ela disse, beijando a cabeça do Byun mais novo e saindo do quarto junto a seu marido.

O de cabelos pretos rendeu-se. Já que não tinha como contestar, decidiu colaborar para que as coisas não ficassem piores do que já estavam. Trocou de roupa e pegou a mala que havia arrumado para passar as férias com seus amigos, analisando o que havia colocado ali e complementando com algumas outras peças de seu guarda-roupa. Era cedo, muito cedo. Cerca de cinco e meia da manhã. O horário perfeito para pegar a estrada. O garoto pegou seu telefone, que passara a noite carregando, e seus fones de ouvido, descendo as escadas com uma animação genuína.

— Finalmente! Querida, você é demais. — o homem mais velho comemorou o fato do filho ter cedido.

Byun bufou e sentou-se no sofá. Não tomaria café da manhã pois sempre enjoava nas viagens. Sabia que a mãe levaria alguns petiscos para que beliscassem durante o trajeto. Quando todas as coisas já estavam dentro do carro, a família Byun inteira sabia que teria que ter paciência para que a viagem saísse bem. O moreno estava indignado por não poder passar as férias junto a seus amigos. Teria que ter uma complacência imensa para ficar em casa com seus pais as férias praticamente inteiras. Ele já tinha dezessete anos, quase dezoito. Mal podia esperar para ser maior de idade e poder fazer o que quisesse de sua vida. Porém, enquanto seu aniversário não chegava, teria que ser arrastado para os lugares que seus pais queriam que ele fosse.

Entrou no carro e colocou seus fones de ouvido, escolhendo sua playlist favorita para tocar. Quando fazia isso, era o mesmo que botar uma placa de "não perturbe" colada na testa. Mas os mais velhos nunca entendiam o recado. Baekhyun sabia que a viagem não terminaria tão cedo, então, ao menos, teria de ligar sua internet para tentar avisar alguém de que não iria.

kakao on

sehun: bAEKHYUN

você: o que foi?

sehun: conseguiram te arrastar para a praia?

você: até parece que você não conhece byun baehyeon

sehun: puta merda

sehun: que chato

você: to tendo crise de adolescente, vai que funciona

você: agora que já avisei, me dê licença que eu to começando a ficar tonto

você: ler no carro me dá nausea

sehun: você é tonto

você: ...

kakao off

O Byun pediu um remédio a sua mãe que, como o esperado, reclamou.

— Claro, fica nesse celular o tempo todo. Cansa a visão, dói a cabeça. A mãe que precisa pagar o pato e cuidar depois. — esbravejou.

— Até gripe é culpa do celular para você, omma.

Ignorando os comentários subsequentes, apenas tomou o remédio e voltou ao seu mundo musical. Acabou adormecendo ao som de Stay, do Blackpink. Acordava com alguns dos solavancos do carro, mas logo voltava a dormir. Ao parar do carro, abriu os olhos.

— Chegamos.