Um toque de maldade...

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Freya era uma ótima cozinheira. Ela preparou um tipo de peixe. Como um risoto de camarão. Eu não sei identificar só sei que és delicioso. Acho que comi uns 02 pratos cheios.

- Assim não vai sobrar para amanhã. – Brincou Kol.

- Tens um buraco no estômago ruivinha? – Klaus deu sua típica risada sem mostrar os dentes.

- O que? – Os olhei confusa. Estava a me deliciar com a sobremesa.

- Vejo que alguém aprecia minha comida. – Freya se sentou no colo de Jolie. – Foi essa bichinha aqui que me ensinou. – Ela beijou a bochecha de Jolie.

- Você é maravilhosa. Um anjo! – Mandei um beijo no ar para Joy que sorriu.

- Anjo? – Kol riu e Elijah o encarou.

- Cuidado para não engordar. – Elijah brincou fazendo eu e as meninas olhar para ele serias.

- Você me chamou de gorda? – Disse seria e o sorriso em seu rosto sumiu.

- Ui. Pegou pesado irmão. – Niklaus bateu nas costas do irmão.

- Er... Não. Claro que não. Só disse para não comer muito até passar mal. – Ele ajeitou o terno. Fazia isso quando estava nervoso.

- Não foi convincente... – Jolie sorriu maliciosamente.

- Quieta. – Elijah sussurrou.

- Vai ter que se desculpar irmão. – Freya segurou o riso.

- Eu não chamei ela de gorda. – Ele disse decidido.

- Elijah! – Cruzei meus braços e o encarei. – A verdade! – Encarei seus olhos castanhos que fitavam os meus.

- Tens um toque de maldade no olhar. Tem certeza que não eres uma Mikaelson? – Niklaus disse chamando minha atenção.

- Talvez eu me torne uma. – Olhei para Elijah que me olhou de cima a baixo.

- Você diz talvez? Eu digo em breve. – Ele olhou para mim. Um olhar sedutor que me matava.

Freya e Klaus conversavam sobre Hope. Vi fotos da pequena que me encantaram. Kol como sempre perturbava Jolie. Elijah estava no Jardim a encarar a rua. Me sentei ao seu lado até que senti seus olhares sobre mim e ele segurou minha mão forte.

- Está escondendo algo de mim? – Ele me olhou e senti um frio na barriga.

- Não. – Mantive a calma.

- Sienna. Não importa o quão grande e estranho seja o problema, eu estou com você. – Ele segurou minha mão mais forte.

- Eu não estou escondendo nada. – Menti.

- Sienna... Eu sou um... – Elijah ia me contar algo quando senti meu celular vibrar.

- Alô. – Era papai.

- Filha. – A voz dele parecia de choro.

- O que ouve? – Perguntei.

- Está tudo bem? – Ouvi a voz de Elijah perguntar.

- Filha. Sua mãe está no hospital. – Ele disse e senti meu coração apertar.

- Mãe. – Senti lágrimas caírem.

- Ela teve um ataque cardíaco.

- Eu vou pra ir. Agora. – Desliguei o celular.

- O que ouve? – Elijah perguntou.

- Minha mãe... Preciso ir ao hospital. Urgente. – Me levantei rapidamente.

- Eu te levo. – Elijah se levantou.

- Obrigada. – Sorry.

Fomos para o Hospital. Perder minha mãe doeria muito. Eu já sofri por anos com a morte de minha mãe verdadeira e Marie e uma mulher Boa. Não imagino perder ela. Ao chegar no hospital, Elijah me acompanhou até a sala de recepção. Papai me abraçou forte e percebi o quanto ele estava nervoso.

- Elijah. Não precisa ficar. Pode ir. – Sorri de lado.

- Tem certeza? – Ele beijou minha testa.

- Sim. – Sorri de lado.

- Qualquer coisa me ligue. – Ele beijou meus lábios.

- Eu ligo. – Sorri.

[...]

Estava no hospital a horas. Papai dormia na poltrona. Avistei um enfermeiro sair do quarto. Olhei ao redor e não havia ninguém. Me levantei sem chamar atenção da recepcionista e caminhei até a porta que estava destrancada. Ao entrar vi mamãe na cama com alguns aparelhos que mostravam seus batimentos. Me sentei ao seu lado e peguei sua mão. Lágrimas caiam sobre meu rosto. Fechei meus olhos e pensei em como curar ela. Ou a deixar viva.

- Mãe. Eu tenho poderes. E eu não sei o que sou mas vou tentar curar você. – A olhei. – Eu tenho que curar você. – Toquei a cabeça de mamãe com uma mão e o coração com a outra.

Senti minha cabeça rodar e tudo ficar borrado. Ouvia barulhos estranhos e senti meu coração bater mais forte. Mas não era meu coração. Era da minha mãe. Sussurrei palavras em Latim e vi uma fumaça preta sair de dentro de mamãe. Continuei a fazer aquilo e eu já tinha ideia do que era. Eu era um tipo de Feiticeira ou Bruxa. E aquilo talvez seria magia negra mas era preciso. Peguei uma lâmina e fiz um corte com um símbolo no meu braço e no de mamãe. Juntei nossos braços fazendo nossos sangues se conectarem e comecei a ver tudo. Tudo que Marie já passou na vida até ela chegar em mim. Vi também que o homem misterioso a falou sobre mim antes dela ir ao orfanato. Só podia ser ele. Ele me deu essa família. Ouvi o coração de mamãe bater normalmente. O que me fez me afastar. A marca sumiu. Apenas a de mamãe. A minha continuava. Me levantei e ao dar dois passos cai no chão e tudo ficou escuro até eu ouvir a voz de uma mulher a rir de mim.

Continua...

Blood | Elijah Mikaelson [FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora