Capítulo 7

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CAPÍTULO 7

ALEXANDER MILLER

Agradeci a Deus por ter chegado bem e vivo ao hospital pela velocidade que vim, o problema é que eu não via mais vida no banco de trás.

Não conseguia pensar em nada a não ser a minha sobrinha pálida e gelada. Via tudo em câmera lenta, tudo parecia ser maior que eu, sinto-me pequeno, a dor no meu peito ao aumenta.

Saio de dentro do carro ás pressas abrindo a porta de trás e pegando Letícia desfalecida em meus braços.

– Por favor, alguém me ajuda! _ grito com alguns enfermeiros que saiam calmamente da porta. O desespero começa a me tomar e é impossível conter as lágrimas e o desespero.

– O que houve com Letícia? _ diz um dos enfermeiros com lágrimas nos olhos.

Pelo jeito ela era bem querida, eu sabia muito bem que minha princesa era carismática.

– Ela passou mal, perdeu muito sangue. Por favor, não deixem que ela morra.

Um dos enfermeiros saiu correndo para dentro do hospital enquanto o outro conferiu os sinais vitais de Letícia. A feição dele me deixou tão acabado que minhas pernas amoleceram. Droga.

Ele passa a mãos nos cabelos e balança a cabeça.

– O que houve? _ tento não entrar em puro desespero.

– Não, nada... Vamos.

O outro enfermeiro colocou Letícia sobre a maca e a levaram para dentro.

AMBER MARTIN

Eu não consigo pensar, não consigo levantar, minhas pernas? Essas sim foram para o espaço.

Encolho-me colocando meus joelhos encostados em meus seios, há sangue por toda parte. Eu não posso acreditar que estava transando enquanto a minha filha estava aqui, passando mal, morrendo... Queria estar no lugar dela, ela não merece.

Eu a deixei sozinha. Como pude?

Continuo paralisada olhando a quantidade de sangue no chão. Meu coração está tão quebrado que eu mal consigo distinguir tudo que aconteceu.

Eu mal vi Alexander sair com ele, eu mal entendo por que não consigo me levantar até agora!

– Amber. _ ouço alguém, mas não vejo ninguém.

– AMBER, REAGE! _ Sinto um tapa em meu rosto, mas não consigo sentir nada. O choque dentro de mim é maior que um simples tapa.

– Vamos minha filha, reage, por favor! _ Suplica. Eu tento me mover, mas não consigo.

Sinto-me ser carregada até o chuveiro, a água gelada cai sobre minhas costas.

–Amber! Filha, por favor. _ olho para frente e pela primeira vez consigo enxergar quem estava ali. Meu pai. Sabe quando nada mais faz sentido? Acho que tudo terminou, eu sabia que isso poderia acontecer, mas simplesmente eu não consigo aceitar, eu não consigo aceitar que ela morreu sem socorro por minha causa.

– Eu a matei pai. Eu a deixei sem socorro. _enlaço meus braços aos meus joelhos e começo a balançar.

– Você está em choque, eu sei. Mas temos que ir.

– Ela está morta, entendeu? Não adianta correr mais! _ digo e sinto uma vontade enorme de me enfiar em um lugar escuro e esquecer-me por lá mesmo.

– PORRA AMBER! Ela está viva. _ Meu coração começa a pulsar forte fazendo com que eu chore descontroladamente.

– Eu vi pai, eu á vi morta. _ digo entre soluços.

Meu Juiz - AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora