O Assassino e o Detetive

Capítulo 8 - Suicídio

Casa dos Campbell - 15/05/1990 - 09:00:00

- Gray?

Em uma manhã muito fria, Paul bate na porta do quarto de Gray.

- Ei garoto nós vamos nos atrasar, lembra que tem hora marcada.

Paul está de social, uma pasta e seu sobretudo. Parece nervoso e ansioso, afinal seria hoje o depoimento de Gray. Dois dias se passaram desde que o garoto tomou a decisão. Antes mesmo de seus 18 anos o garoto parecia ter criado a coragem necessária para falar.

- Esse garoto só dorme viu, Manson você vem conosco? - Questiona Paul indo a cozinha.
- Eu não vou poder ir senhor, preciso passar em um escritório Satiro. - Responde Manson.
- Ah então tudo bem. - Paul senta a mesa para tomar café.

Manson assumiu o posto da casa a dois dias a pedido de Grow e Paul já não parecia se incomodar com o policial e suas manias.

- Satiro de oseiás, quer que eu chame Gray, vocês irão se atrasar. - Diz Manson olhando para o relógio da sala.
- Ora se você não vai pra que se importar? - Paul resmunga enquanto come.

Manson sai da casa em direção ao seu destino deixando Paul em pé na porta do quarto. O homem aguarda alguns segundos em silêncio e nota uma calmaria muito estranha.

- Gray você está bem? Sou eu seu pai. O maluco já foi.

Paul brinca se referindo a Manson. Enquanto tenta ouvir algum sinal de vida de seu filho.

- Estranho esse garoto me assusta, iremos no atrasar. - Refletia Paul indo em direção ao outro cômodo da casa.

Escritório de Grow 15/05/1990 - 10:00:00

- Muito bem. Quero que a interrogue e passe todas informações ao Mandon. - Disse Grow.
- Ok. É pra fazer em vários planos a edição das imagens ou não? - Questiona Onurb.
-Meu você só vai gravar o interrogatório ok? Não precisa de edição porra.

Grow acentuava sua personalidade, mas apresentava certa concentração em sua nova pista.

- Então deixa eu ver se eu entendi. Ela era a antiga empregada dos Campbells, eu não posso passar todas informações á ela porém preciso vazar a suposta culpa de Louise irmão do Paul?
- Isso cara. É simples você resumiu. Agora o resto é com você. - Diz Grow.
- Ok. Não vou mais fazer. - Onurb causa espanto de Grow. _
- Que porra é essa rapaz? Frescura você tem com a palavra "resto"... Te lascar.

Onurb sai da sala em direção ao local do interrogatório, o homem vestia uma calça social e camisa social verde. O investigador entrou com cautela na sala, abriu a porta e a trancou sem olhar para os olhos da moça. Até que ela se prontificou:

- Vai demorar?
- Não senhora. - Respondeu Onurb enquanto arrastava a cadeira de madeira.

A sala estava como estas que vemos em filme, uma mesa, 2 cadeiras e o silêncio preenchendo o espaço vazio do eco de cada gesto brusco.

- Pra começar eu preciso gravar isto ok? Todo processo aqui é arquivado para análise se preciso. Explicava calmamente Onurb. Enquanto a moça aparentemente de uns 35 anos, loira, origem humilde usava um vestido estampado já desbotado, ela mantinha as mãos sobre a mesa e mexia com uma na outra demonstrando ansiedade.

Enquanto Onurb lia os arquivos e mexia em papéis a moça revirava o olho para baixo e para o homem.

- Começando aqui ... 15 de maio de 1990... Caso: Dara Campbell, Interrogatório senhora Rosália Camps Stwart ex-empregada do casal. - Onurb inicia o processo.
-Muito bem. Temos evidências de que Louise cunhado de Dara foi o assassino. Você tem algo a dizer sobre isso? - Questionou o policial.
- Senh... Senhor eu...
- Algo a hesitar? Eu lhe fiz uma pergunta. - Onurb altera de leve seu timbre de voz.
- Desculpe... Eu não conhecia muito sobre este homem, eu o vi poucas vezes.
- Senhora Rosália a senhora é de origem mexicana certo? - Questionou o homem.
- Sim nasci e vivi lá. - A mulher piscou o olhar trocando direção de seus olhos.