Cinco dias depois do acontecido. Acordei em uma cama de hospital. Minha mãe dormindo na cadeira ao meu lado. Parecia que eu tinha voltado no tempo. Eu ainda morava com meus pais. Eu ainda era criança. E nada de ruim tinha acontecido. Alexia não tinha morrido. Mas a dor que senti ao tentar levantar, me fez perceber que era real. A dor me mostrou que eu não podia apagar o que havia acontecido. Gemi alto e minha mãe acordou assustada. Preocupada começou a fazer milhares de perguntas sobre como me sentia e se doía. Antes que eu pudesse responder a segunda pergunta, ela saiu pelo corredor gritando as enfermeiras. Uma loira logo apareceu, tinha uns quarenta e tanto anos, mas ainda era bem bonita. Tocou minhas costelas e perguntou o quanto de dor eu sentia. Me explicou todo o meu prontuário médico. Um braço e uma perna quebrada. Três costelas quebradas. Nariz quebrado. Uma lesão superficial na cabeça. Minha mãe parecia muito preocupada com o que ela dizia, mas mal sabia ela a sorte que eu tive por sair vivo de lá.
Mas tarde meus amigos foram me visitar. E os questionamentos sobre o que realmente aconteceu surgiram. Adam me encontrou jogado no chão do meu quarto, quase sem pulso. Se ele chegasse um pouco atrasado eu estaria morto. O agradeço até hoje por isso. De início não contei o real motivo pelo qual tinham quase me matado. Mas com o tempo as feridas foram se curando, dando espaço para que eu pudesse contar aos meus melhores amigos. Adam, George e Ross eram os únicos que sabiam de tudo até hoje.
O horário de visita acabou rápido. Já era noite. Minha mãe foi pra casa. Eu tinha que ficar em observação por conta da minha cabeça, por mais superficial que fosse a contusão, poderia ter alguma complicação. Estava prestes a dormir quando uma enfermeira entra. Pedindo licença ela deixou um buquê de flores azuis na mesinha ao lado da minha cama. Agradeci e ela se retirou. Olhei o envelope cor de rosa ao lado do buquê e o peguei. Havia uma carta dentro. Uma carta enviada por Alexia. Minha Alexia.
"Oi idiota, fiquei sabendo que acordou. Espero que esteja bem, pois eu estou. Você não sabe mais dei uma quarta opção ao Luke aquele dia. Eu iria com ele e ele te deixava em paz. Fingir para você minha morte doeu mais que um tiro de verdade, mas faço qualquer coisa para te manter seguro.
Só espero que tenha uma ótima vida. Não se meta em problemas mocinho. Eu te amo muito agora e para sempre.
Ps: E não ouse me procurar, eu tenho um namorado de qualquer maneira. "Eu li e reli a carta milhares de vezes aquela noite. Chorei. Ri. Chorei um pouco mais. E nunca a joguei fora. Algumas vezes ainda leio e choro de saudades. Confesso que cheguei a procurá-la depois que sai do hospital e mais algumas vezes depois que a banda começou a fazer sucesso. Mas ela simplesmente desapareceu. Ela e Luke. Uma vez em um show no Brasil, George jurou que a viu no meio da plateia, mas ninguém sabe se era realmente verdade. Mas acontece é que o tempo passou e ainda nela eu penso. Na verdade, eu ainda a sinto. Sinceramente, eu ainda a amo.
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SEX
Fanfiction- E estamos de volta na BBC Radio 1, eu sou o DJ Zane Lowe e continuo a entrevista com The 1975. Matty, você disse que a música mais pessoal do seu primeiro álbum foi Sex, poderia nos contar o porquê? - Na verdade, é uma história bem antiga. Acontec...