Capítulo 5

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-Bom o nome da garota é Melina Overwood. Ela tem 16 anos e vai entrar no 2 ano do ensino médio, ela vem de uma família de classe média baixa, a mãe dela é doente e o pai dela vive trabalhando. Ela se esforça ao máximo nos estudos a fim de ajudar os pais no futuro. -Falou Mark me mostrando o formulário e a foto dela. Ela é uma garota bonita; tem Olhos mel, pele morena e cabelos castanhos levemente cacheados.

-Ele não teria coragem de fazer isso com ela? Teria?

-Sim, ele já fez isso com pessoas mais novas que estavam no 1° ano. Ele nunca agrediu ninguém mas humilha a pessoa sempre que pode.

-Entendi... É eu não quero ficar no mesmo quarto que uma pessoa assim... -Pensei em voz alta.

Eu gostava do Phillipe ele parecia ser uma pessoa legal, mas aí me vem essa bomba. Aish como eu odeio pessoas assim.

Depois da nossa breve conversa a gente foi jogar uma partida de basquete.

- Dessa vez quem fizer 10 pontos primeiro ganha, você pode começar com a bola -Falou passando a bola.

-Dessa vez eu ganho -Falei fazendo uma cesta de 5 pontos.

-Vai vamos começar.

Nós jogamos e no fim eu ganhei.

-Ah eu ganhei! -Falei deitando no chão e respirando.

-Ganhou -Falou deitando do meu lado.

Nós ficamos lá sem falar nada respirando e inspirando. O céu está nublado não tem sol. Esta frio mas dessa vez eu estou com blusa de frio. Começou a cair gotinhas de água.

-Porra! corre.- Disse levantando e me puxando.

-Corre pra onde doido? a gente está no meio das quadras o lugar mais próximo é a entrada da sala de jogos. -Falei sentido a chuva aumentar.

-Ali! -apontou para um depósito. Provavelmente onde guardavam os negócios de esporte.

Nós fomos correndo para dentro do depósito, mas no meio do caminho a chuva aumentou muito, e eu linda maravilhosa cai.

-Mark!! -Gritei no meio do barulho da chuva.

-Que é? Levanta e vem logo -Falou parando e me olhando.

Eu tentei levantar e correr. Só que uma dor imensa atingiu meu tornozelo. Eu comecei a andar mancando de vagar na chuva. Nesse ponto eu já estava totalmente encharcada, a chuva estava muito forte.

-Eu não consigo....

Ele veio correndo me pegou no colo com uma facilidade que eu fiquei pasma. E começou a correr comigo no colo para dentro do depósito.

Quando chegamos lá dentro. Ele me colocou no chão como se eu fosse de porcelana que poderia quebrar a qualquer momento.

-Eehh... Obrigada -Falei pegando no meu tornozelo e mexendo -Ai dói dói dói.

-Deixa eu ver. -Se ajoelhou do meu lado, pegou meu tornozelo e ficou olhando e apertando de leve.

Ele estava lindo os cabelos platinados estavam molhados e caindo sobre os olhos dele. A camisa fina de frio que ele usava estava grudada no corpo dele realçando os seus músculos.

-Aish... Você deve ter torcido. E não foi uma torçam fraca porque já está inchando. Aqui em algum lugar deve ter um quit de primeiros socorros.

Ele levantou e começou a procurar e a chuva fica cada vez mais forte.

-Achei. Vem cá -Me pegou no colo de novo e me colocou em cima de uns tatames empilhados.

-Eu estou me sentido inútil...

- Quando estamos feridos todos somos inúteis, não importa se a ferida for mental ou carnal, se estamos feridos somos inúteis. -Falou tirando meu tênis.

Graças a Deus eu não tenho chulé se eu tivesse estaria pagando um micão enorme.

Ele pegou passou uma pomada para inchaços e dores musculares. Pegou uma atadura e passou em volta do meu tornozelo apertando bem.

-Obrigada de novo.

-Por nada. Mas se você não se importar eu vou me secar. -Pegou uma toalhinha pequena.

Que por sinal tem várias e começou a secar o cabelo e o rosto.

-Pega uma. -Jogou uma toalha para mim.

Eu sequei meu cabelo, e só pra isso eu precisei de 2 toalhinhas. Sequei o rosto e tirei meu moletom, ficando só de regata e com a calça jeans. Sequei meus braços e pescoço e estiquei o moletom do meu lado.

Quando eu olhei para o Mark ele estava pegando uns tatames e colocando no chão. Pegou uma toalha enrolou, colocou no tatame e deitou.

-Parece que a chuva vai demorar para acabar, então eu vou deitar aqui.

-Tudo bem, eu vou ficar aqui mesmo.

Como a pilha de tatames que eu estou é comprida eu deitei com todo o cuidado do mundo, porque meu tornozelo está doendo para caralho.

E dormi...

-Ei... Nymeria... Acorda.... A chuva parou e já é hora de servir o jantar.

-Ah... Okay -Falei levantando. E pisando no chão. -Ai caralho.... Huuuu tá doendo. -Relei no meu tornozelo

-Vem cá -Ele me pegou no colo de novo. Aish que vergonha.

Ele entrou e foi para o refeitório. Lá todo mundo estava comendo começou a olhar para nós.

-Por que eles estão olhando para cá -Perguntei.

-Se você vai andar com a gente vai ter que se acostumar com as pessoas olhando você. E também eu estou te carregando no colo.

-Ah é verdade.

-Ali vamos sentar ali. -Foi andando até uma mesa onde o Mathias, o Phillipe e mais 2 meninas estavam sentadas.

-Hum... Você não pode me deixar sentar ali -Falei apontando para uma mesa que não tinha ninguém.

-Não. Você está machucada e eu não vou deixar você sozinha.

-Aish ta bom. - Ele me colocou o banco.

-Hey Nymeria -Falou Mathias olhando para mim -O que aconteceu para o Mark estar te carregando? Ele perdeu algum desafiou?

-Não eu torci o tornozelo e ele disse que não vai me deixar sozinha.

-Hãm...

-Oi Nymeria -Falou Phillipe.

-Olá.

-Nymeria, eu trouxe torta de limão e hambúrguer não sabia o que você gostaria. -Falou Mark trazendo uma bandeja com essas coisas e sentando do meu lado.

- Vocês estão namorando ou o que? -Perguntou uma das meninas que estavam abraçadas com o Phillipe.

-Não... Nós somos amigos, mas gente eu estou nessa escola faz só 3 dias.

-Ah foi mal, é que vocês estão tão grudados, e ver o Mark com alguma. Garota é realmente raro.

Eu não respondi. Só continuei comendo. Os meninos são muito amigos eles conversaram sobre tudo, é até engraçado ouvir.

O Mark me levou para o meu quarto e quando eu cheguei lá as coisas do Phillipe já não estavam mais lá.

O Mark ficou um pouco por lá nos conversamos e brincamos um com o outro, ele é bem fofo. Por mais que ele pareça ser chato ele é bem legal e divertido.

°A Menina de olhos Lilases° (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora