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Sofia Foster
It's gone?

Abri os olhos lentamente antes da claridade inundar minha vista. Pisquei algumas vezes na tentativa de me acostumar com ela. Funcionou. Logo minha vista foi se focando e consegui ver Castiel à em minha frente sentado no sofá com alguma espécie de revista em suas mãos.

Eu: Por quanto tempo estou dormindo? - ele me encarou e sorriu.

Castiel: Por umas cinco horas seguidas.- disse ele ao se ajeitar no sofá e folhear uma página da revista.- Onde está seu pai? Ele já não deveria ter voltado do trabalho?

Eu: Ele está em uma viagem à trabalho.- digo me sentando no sofá. Castiel concordou e folheou outra página, parando após cada uma para lamber a ponta do dedo indicador.- E Sam e Dean, onde estão?

Castiel: Saíram daqui há uns dez minutos.- suspirei. Ele fechou a revista, se levantou e se sentou ao meu lado.- Como se sente?

Eu: Bem...

Castiel: Tem certeza? - eu o encarei.

Eu: Na verdade... não! - passei as mãos pelo meus cabelos e em seguida os coloquei atrás da orelha.- Estou faminta!

Castiel: Eles trouxeram hambúrguer para você, está na cozinha.- disse ele sorrindo. Corri até lá e devorei o hambúrguer acompanhado de um refrigerante. Castiel parecia inquieto, parecia esconder algo.

Eu: O que houve? - falei por fim. Ele me encarou sem entender.- Algo que devo saber?

Castiel: Por que teria? - lancei um olhar desconfiado para ele.

Eu: Porque seus batimentos estão mega acelerados! - ele me olhou com a boca entreaberta. Cruzei os braços à espera de uma resposta e só então me dei conta, que estava mesmo escutando seus batimentos.

Castiel: O que? - ele disse.

Eu: Eu... eu... por que é que estou ouvindo seus batimentos? - ele caminhou em minha direção.

Castiel: Tem certeza que não se lembra do que aconteceu na noite passada? - eu assenti.

Eu: Me lembro de está em minha cama e de me levantar para fechar a janela após um vento fazer as portas dela se baterem... depois parece que sofri uma queda.- digo passando as mãos em minha nuca, que estava dolorida.- Depois disso eu me esqueci completamente do que aconteceu... Parece que minha memória foi arrancada.

Castiel: Venha, sente-se aqui!

Eu: E por que? - falei ao atravessar a sala.

Castiel: Você disse ao Sam e ao Dean, que sente algo sangrar dentro de você, posso dar uma olhada. Se quiser, é claro.- me sentei no sofá e fiz um sinal para ele fazer o que tinha que fazer, seja lá o que for.- Isso vai doer! - ele me alertou. Concordei e ele enfiou uma das suas mãos dentro do meu abdômen. Me incomodou no início, mas depois me acostumei. Ele retirou em seguida. Se sentou no sofá e encarou qualquer lugar, como se estivesse pensando. Meu coração pulsou forte.

Eu: Castiel, o que tem de errado comigo? - ele me encarou aflito, o que me causou um tremor pelo corpo.

Castiel: Parece que... algo realmente sangra dentro de você...- congelei.- Mas eu não sei o que é!

Eu: E o que eu devo fazer? - chorar? Pensei.

Castiel: Posso tentar te curar, mas não sei se vai funcionar, pode ser que o sangramento agrave, como também pode ser que ele cesse...- olho para ele esperando por uma decisão do que seria feito.- Quer arriscar? - assenti ainda um pouco trêmula. Ele tocou novamente em meu abdômen, mas desta vez demorou pouco mais que um minuto para terminar.- Pronto! Sentisse melhor?

Eu: É... parece que sim! - digo me levantando.- Aparentemente não sinto mais nada sangrar.- ele sorriu, parecia aliviado.

Castiel: Tomara que tenha funcionado.- suspirei.

Eu: Bom, o que nos resta é esperar! - ele concordou.- Eu ainda preciso ir ao mercado.

Castiel: Eles já foram para você.- olhei ao redor e vi as sacolas em cima do balcão, soltei um sorriso de lado.- Seu pai deixou uma lista, então foi fácil.

Eu: Incrível! - ele sorriu.

Castiel: Preciso ir! - disse ele se levantando do sofá. Afirmei com a cabeça.

Eu: Obrigada Cass, por tudo! - ele abriu um sorriso depois de tocar em meu ombro e desapareceu. Subi ao meu quarto novamente. O chão ainda estava coberto de estilhaços de vidros da janela, o que denunciavam o que havia acontecido na noite passada. Abaixei-me para recolhe-los, porém me cortei em dos vidros.- Ai! - choraminguei. Coloquei meu dedo dentro da boca na tentativa de conter o sangue. O retirei ao sentir arder.- Mas o que... Impossível! - encarei o dedo em que se encontrava o corte causado pelo caco de vidro. E ele havia desaparecido. Sim! Desaparecido. Mas como? Como um ferimento pode desaparecer assim, feito mágica? Estava começando considerar que talvez, eu realmente estivesse ficando maluca.

(...)

SuperWolf - Crossover.Onde histórias criam vida. Descubra agora