A Luz no Fim do Túnel das Trevas (Stela Soraka)

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Quem eu sou?

Stela Soraka.

O que eu sou?

Humana, porém... Não somente isso...

Minha história?

Bem...

Minha história começa há muito tempo, quando eu era apenas uma pequena criança orfã sem rumo; eu e meu irmão mais velho Flint fomos abandonados por nossos pais em um planeta desértico chamado Jakku, onde passamos boa parte de nossas vidas vendendo sucata e o que mais encontrávamos pelo chão que possuísse algum valor para os compradores, somente o necessário para a nossa sobrevivência.

Certo dia, na esperança de melhorarmos de vida, estávamos vagando pelo planeta a procura de um metal raro, o qual ficava num local remoto específico do planeta. Estávamos andando há horas e só passamos por areia, não havia nada parecido com metal. Apenas areia e algumas pequenas construções, mas nada muito significativo.

Porém, num instante, encontramos uma nave enorme, o que parecia ser um Destroyer das lendas da época do Império Galático. E, enquanto nos aproximávamos, vinha em nossa direção um homem, o qual julguei ser bem velho. Ele estava vestido com uma túnica de cor negra, utilizava uma bengala e era um tanto corcunda. Ele possuía cabelos grisalhos, e, aparentemente, era cego:

- O que fazem aqui no meio deste deserto, crianças? Não há nada para ver aqui -perguntou o velho

- Estamos procurando uma espécie de metal... Não sabemos muito bem, mas sabemos que é especial... -disse a ele

- Metal? Acredito que estejam indo pelo caminho errado, jovem! Como vocês podem ver, só tem areia aqui! -disse, aproximando-se de nós

- Se o senhor não tem essa informação, não há motivo para estarmos conversando. Vamos, Flint. -disse, andando e puxando Flint pela mão 

- Flint, né...? Sinto algo diferente em você, Flint... Sim... A Força é poderosíssima em você, meu jovem. O lado da Luz é poderoso em você... Sim... - o velho deu uma risada macabra - Talvez isso torne você uma ameaça, e... Ameaças devem ser neutralizadas!

Não entendi o que ele quis dizer, porém ignorei. O velho deveria estar caducando. Porém, nessa hora, ouvi um barulho estranho. Quando olhei para meu irmão, havia uma luz vermelha chamuscante atravessando a sua garganta, e, logo depois sua cabeça, foi arrancada sem dó. Incrédula e triste com o que havia acontecido, olhei para o velho e ele estava com uma espécie de arma de luz em formato de cruz, a qual nunca tinha visto antes. Porém nessa hora, a única coisa que consegui fazer foi cair aos prantos de joelhos no chão. Meu único companheiro de viagem estava caído morto no chão, decapitado.

- Isso... Eu posso sentir o seu ódio... Use-o a seu favor. Deixe o lado negro fluir em você. Deixe que ele torne você poderosa, minha jovem. Venha comigo, ensinarei tudo o que você precisa aprender.

Naquele ponto, eu não tinha mais o que perder, meu irmão estava morto e eu não tinha mais ninguém... Se ele me matasse, não faria diferença, então eu decidi que tentaria a sorte e esperaria o momento certo de matá-lo.

Ele me levou a um lugar abandonado, uma espécie de templo. Lá, ele me explicou que a sua arma se chamava "sabre de luz" e que é a principal arma dos usuários da Força.

- Uma arma muito elegante, eu diria -disse o velho, que se chamava Ben Solo

O velho Ben me ensinou a como manusear um sabre de luz e como usar a Força a meu favor. Com o passar do tempo, meu ódio por ele foi desaparecendo e me tornei sua aliada. Ele sempre me dizia que eu tomaria o lugar dele quando morresse, que eu deveria encontrar outro  discípulo e treiná-lo no lado sombrio, e, como ele já era velho e doente, não demoraria muito para isso acontecer.

Durante meus treinos, eu gostava muito de sair em busca de novas aventuras pelo planeta, para que eu pudesse me aprimorar e ficar cada vez mais experiente.

Numa dessas, conheci um rapaz, seu nome era Leo Hawke... Descobri que era um cavaleiro Jedi... Deveria matá-lo assim que o visse, mas o achei interessante, portanto, deixei-o viver. Se Ben visse, ou melhor, descobrisse, visto que ver não é o forte dele... Eu estaria muito ferrada, mas enquanto ele não sabia de nada, poderia ficar tranquila. Bom, nós nos conhecemos e conversamos muito por dias e dias, até que viramos amigos, todos os dias, após o meu treinamento, nós nos encontrávamos próximo de uma fazenda, conversávamos, treinávamos juntos e tudo mais... Porém, com o passar do tempo, foi sendo criado um sentimento estranho dentro de mim... Acho que... Eu estava apaixonada... Apaixonada por um Jedi? Não! De jeito nenhum! Sith não se apaixonam, muito menos por Jedi... Precisava dar um jeito nisso... Precisava me afastar de Leo...

Numa de nossas conversas, disse a ele o que sentia e que precisava de ajuda.
- Acho que também sinto o mesmo, Soraka... Vamos viver esse amor proibido... Por favor... -disse ele
- Não, Leo! Eu não posso e você também não... Temos que acabar com isso de uma vez por todas e você precisa me ajudar.
- Nós nem podemos tentar...? Se esse for o problema, eu saio da Ordem. Eu já aprendi tudo o que eu precisava aprender! Eu não preciso mais voltar para lá -disse ele
- Não, Leo... Desculpa... Eu estou sofrendo muito... Eu quero que essa dor pare... Eu sei o que devo fazer, mas não sei se eu tenho forças para fazer isso... Vai me ajuda...?
- Vou... Qualquer coisa... -disse ele
Então coloquei meu sabre em mãos e cheguei perto dele. Ele segurou meu sabre e sorriu... Ficamos por muito tempo se olhando, enquanto eu pensava no que fazer... Foi então que eu ativei meu sabre e finquei sua lâmina amarela no peito do Leo
- Obrigada... *escorre uma lágrima de meus olhos*
Então ele pegou no meu rosto, deu-me um beijo e caiu no chão... Sem vida...

Segui meu caminho de volta para meu lar e, quando cheguei lá, encontrei o velho Ben caído no chão, corri até ele e o ajudei a sentar, mesmo que com dificuldade, então ele me disse:
- Minha filha... Você chegou a tempo... Escute: eu estou no fim da vida. Você está pronta para seguir a sua... Seja minha suces...so...ra...
Após essas palavras, ele foi caindo devagar e perdeu a vida, com os olhos, que já eram esbranquiçados, abertos, fechei-os enquanto estava com lágrimas nos meus. Ainda passei alguns dias ao seu lado, enquanto lia alguns livros de sua biblioteca, aprendendo sobre os Sith, sobre os Jedi, e, principalmente, sobre a Força, até que chegou um momento em que seu corpo começou a apodrecer, e então levei-o para próximo daquela fazenda onde me encontrava com Leo, inclusive, seu corpo ainda estava lá. Coloquei-os juntos e ateei fogo nos dois, como uma cerimônia de funeral, porém, de apenas uma pessoa.

Após tudo isso, segui minha vida de Lady Sith, autoentitulei-me Darth Galatea e comecei minha jornada de terror pela galáxia.

Comecei por Tatooine, eu e um pequeno exército de droides de batalha que estavam desativados no interior da residência de Ben invadimos várias vilas da areia e exterminamos todos os que lá habitavam.
Fiz o mesmo em Jakku e em Naboo.
Depois de muitas chacinas e matanças, comecei a pensar se estava mesmo fazendo a coisa certa e Leo me veio à lembrança... Tudo o que poderíamos ter vivido juntos, tudo o que poderíamos ter feito juntos... Tudo isso foi destruído pelos princípios do ser Sith, e qual a finalidade? Perder as coisas que gosto, perder as pessoas que amo, Leo, Flint... Talvez ser Sith não seja a coisa certa, talvez... AHHHH EU NÃO PODIA ESTAR PENSANDO ISSO... Mas e se ser Sith fosse mesmo a coisa errada? Eu precisava refletir um pouco.
Abandonei tudo e fui até uma ilha deserta, com um pouco de comida, e fiquei por lá durante algum tempo pensando no que fazer e meditando e lá tomei minha decisão: deixaria de ser Sith, iria para o lado da luz, iria aprender a viver como Jedi.

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