Supreendente

Capitulo 3

2016
Vitor
Chegamos na sala e a mesa estava toda posta:
- Nossa...nem no meu aniversario eu ganho tudo isso — Sofia resmungou e sentou ao meu lado.
- Para de resmungar, Sofia! É feio! — a Sr.Belluz ordenou para Sofia sorrindo para mim — Então Vitor, fez boa viagem?
- Fiz sim, Sra.Belluz.
Enquanto comíamos os irmãos da Sofia começaram a dar risadinhas, até que ela chamou atenção:
- Parem de rir, vocês dois! O que é tão engraçado?!
- Ela não sabe né, mamãe? — Diego perguntou.
- Fiquei quieto, Diego! — olhei para a Sofia e conseguia ver um ponto de interrogação na testa dela.
- Ah então tá, sou a desinformada aqui!
A mãe dela olhou para ela e explicou:
- Você vivia reclamando que namorar à distância era difícil, então o Vitor usou o presente de aniversário dele para passar o resto do tempo, que nos vamos morar aqui, com a gente.
Ela olhou para mim e começou a pular de alegria:
- VITOR ISSO É SÉRIO?! — comecei a rir enquanto ela me abraçava.
- Sim! Vou ficar muito tempo na sua vida, Menina Bonita.
- Claro né! Você me ama — ela sorriu.
- Umas das maiores certezas que tenho — pisquei, ela começou a rir e me deu um beijo da minha bochecha.
Quando ela se afastou percebi o quanto eu era muito apaixonado nela.

2017
Passei na catraca da portaria, dei tchau para o porteiro, para meu amigo de trabalho, Caio, encerrando meu dia de trabalho.
Saí da folha de São Paulo 17:40, ficava feliz de estar cursando jornalismo, pelo meu tio ser dono mesmo estando no primeiro ano da faculdade eu já fazia estágio.
Comecei andar em direção ao metro, era incrível como agitado era, muita gente. Coloquei minhas musicas, fiquei pensando na vida, era uma boa rotina.
O sinal abriu para os pedestres que vinham em direção contrária à minha, comecei a andar mais rápido, tentando desviar de todos, mas bati em alguém.
Sem nem olhar para a pessoa, comecei a ajudar ela com as coisas que tinham caído da sua bolsa. Odiava quando isso acontecia.
Pegava o mais rápido que podia para ninguém pisar, com isso comecei a reconhecer os cadernos, a bolsa, a maleta...
- Vitor?
Voltei para os meus 16 anos:
- Sofia — sorri.
Ela estava mais linda, estava no auge dos seus 18 anos, com os cabelos compridos e ondulados, ela usava uma blusa branca e uma calça jeans com seu all-star vermelho, era seu uniforme:
- Quanto tempo... — falei quase num sussurro para onde estávamos.
Meu coração batia forte:
- Sim... — ela respondeu e começou a fechar a bolsa fazendo que ia embora.
Segurei o braço dela com gentileza, minha pele formigou onde minha pele roçou na dela:
- Por favor, eu preciso falar com você, só um café — olhei com meus olhos piedosos que ela costumava a dizer que faziam ela concordar com tudo.
- Só um cafe — ela virou e foi andando na frente, sorri e segui a linda menina.
Aconteceu muita coisa, mas eu ainda amava aquela garota.