"Há muito tempo a Terra foi ferida com feridas incuráveis."
Há algum tempo houve a inevitável guerra, a guerra que destruiria tudo. Porém, uma família consegue fugir para outro planeta. Durante a viajem ocorrem alguns imprevistos que marcariam a v...
Voltamos de uma caçada quando Erick, que ficou de guarda, me chama até a tenda:
-Coisas estão sumindo! -Disse. -Estamos sendo roubados, Erick. - O que você vai fazer?-pergunta preocupado. - Fale para que reforcem as vigílias a noite e de dia. Dobre a segurança, e se pegar alguém roubando, me chamem. - Ok! -disse e saiu.
Depois que ele saiu, distribuí o que caçamos e entregamos a Margaret, a cozinheira, para que prepare-se o almoço. Comemos e preparei outra equipe para caçar novamente, já que a primeira caça não rendeu muito.
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*Lua narrando*
Comecei a andar e olhar em volta. Era lindo e ao mesmo tempo triste! Podia se ver as lindas arvores de um lado e a vegetação tomando o que um dia foram casas, mas também podia se ver o resto da civilização, destroços por todos os lados.
Logo pisei em uma placa que reconheci, eu havia aterrissado na minha cidade, era a placa da minha rua! Logo, não sei porquê, por impulso talvez, comecei a correr, e correr,correr muito seguindo o caminho que fazia quando voltava da escola. Eu corri sem parar até chegar em casa.
Foi estranho, era como se de alguma maneira eu espera-se que esses últimos 12 anos fossem um pesadelo... que eu iria chegar e encontrar minha mãe com meu irmão no colo e sorrindo pra mim, meu pai no escritório trabalhando, eles me abraçando, os momentos...
Mas ao invés disso tudo que encontrei foram lembranças distantes,parecia que faziam séculos, destroços, pedaços do que um dia foi o berço de meu irmão num quarto grande com papel de parede azul celeste descascado pelo tempo as janelas quebradas invadidas por trepadeiras e galhos de árvores, as cortinas rasgadas. Comecei a andar pelo corredor onde se encontravam retratos cobertos de poeira e rachados até que cheguei em meu quarto...
Estava do jeito que eu o havia deixado com exceção da poeira espalhada como se nada tivesse mudado como, se eu ainda estivesse ali, deitada na cama em um sono sem fim, e o tempo apenas tivesse parado, minha bonecas aprisionadas em um chá da tarde tão eterno quanto o vazio dentro de mim.
Passei a mão pelas paredes pintadas de lilás, sentei-me em minha cama ela estava esticada mas cheia de poeira encima me deitei olhando para o teto coberto de estrelas florescentes, sempre amei as estrelas...
Por horas fiquei imaginando como teria sido se nunca tivéssemos partido, se nunca tivesse acontecido uma guerra, se minha mãe ainda estaria conosco, se meus amigos ainda estariam vivos...aqui, que séries assistiria-mos, imaginei como seria se houvesse um apocalipse zumbi, que séries passariam na TV o que comeríamos... imaginei passo a passo das nossas vidas até adormecer, quando acordei estava no final da tarde,perdi a noção do tempo! Ainda tem o Zack! Será que ele está lá?
Passei pelo quarto de meus pais mas não consegui não podia fazer isso não podia fingir que nada havia acontecido, mal olhei e sai dali... correndo pra fora da casa, como se fugisse de um monstro do passado que voltara á me assombrar, mas eu sabia que o verdadeiro monstro estava em minha mente. Não tem como sair da realidade! Eu sabia que nada voltaria a ser como antes mas Deus como eu queria que isso...nada disso...tivesse acontecido... coloquei as mãos na calça e continuei andando até chegar numa espécie de subcivilização como uma civilização construída encima dos destroços, parecia nova e habitada o que era estranho, me espantei e falei em um sussurro quase que instantâneamente.
- Achei que não haviam sobreviventes...
Olhei em volta procurando pessoas...
Até que senti... uma lâmina em meu pescoço e uma voz masculina...
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