Capítulo 3

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Tália Montenegro

Correr, correr mais rápido, mais longe, chegar ao meu limite, até ficar sem fôlego, essa é minha meta diária quando levanto. É o único jeito para aliviar a dor no meu coração, esses dois anos longe da mulher que mais amei na vida não foram nada fácies, por mais que ela me odeie por tudo que fiz foi o melhor que podia fazer para protegê-la e para proteger minha família.

Eu escolhi fugi para Nova York por ser a cidade natal da Fernanda. Assim de alguma forma eu teria ela de certa forma pertinho de mim todos os dias. Comecei a correr no central park porque era umas das coisas que ela mais amava fazer aqui. Hoje está tão frio, mas continuo correndo sem me importar com a temperatura.

Depois de duas horas de corrida eu me sento embaixo de um árvore para beber um pouco de água e recuperar meu fôlego. A minha frente vejo um casal de namorados, eles parecem tão apaixonados e felizes. Isso me lembra da minha historia com a Fernanda, principalmente do começo do nosso relacionamento.

Flashback On

Acordo em mais uma manhã linda de Amsterdã, até parece que o sol está mais brilhante, ou talvez seja apenas eu que estou tão feliz que irei sair com Fernanda hoje que acho que tem algo totalmente especial no dia. Já faz dois meses desde que nos esbarramos no campus da universidade, e depois daquele dia não ficamos mais separadas. Ela é a melhor companhia do mundo, sempre que possível fazemos as coisas juntas, ela até começou a cozinhar porque fiquei com vontade de comer peixe com batata gratinada. Eu queria muito não ser tão tímida e conseguir demonstrar meus sentimentos, mas tenho medo, medo dela se afastar de mim, não sei se a Fernanda gosta de meninas e uma coisa que não posso arriscar é ficar longe dela, ela me faz tão bem e é a única pessoa que tenho aqui, meus pais e minha irmã vivem na Califórnia, e não conseguir realmente fazer outros amigos, até porque todo tempo livre que tenho quero passar com ela..

Termino de me arrumar, escolhi uma calça jeans preta, uma regata branca e uma jaqueta porque ainda está friozinho por aqui e uma sapatilha confortável. Passei rímel e um gloss, não sou de me maquiar muito. Depois da maquiagem feita passo um pouco de perfume e vou me sentar no sofá para esperar a mensagem da Fernanda.

Dez minutos depois a mensagem chega e eu já estou com meu famoso sorriso bobo que só surge quando estou com ela. Pego minha bolsa e fecho meu apartamento. Desço a escadinha e me deparo com Fernanda encostada em seu carro. Caramba como ela está linda, como ela pode ficar cada dia mais bonita? Ela está vestindo uma blusa meia manga listrada azul e branco, uma calça jeans e um tênis branco, está com uma maquiagem simples, mas que destacar seus olhos de uma forma, e ela fez um rabo de cavalo alto nos seus cabelos louros. Ela me olha com os olhos brilhantes e um sorriso contagiante.

- Bom dia, Anjo. Dormiu bem? – Ela me chama de anjo porque diz que lembro um por meus grandes olhos azuis, mesmo me chamando assim há quase dois meses eu ainda coro com esse apelido. Chegando perto dela eu a abraço, me embriago com seu perfume e por fim me afasto e respondo sua pergunta.

- Muito bem e você, Nanda? – Nos encaramos, ela com esse sorriso de quem esconde um grande segredo e eu com cara de boba.

- Ótimo porque vai precisar de energia para nosso dia hoje, vou te levar para um lugar muito especial, está pronta? – Ela pisca para mim, desencosta do carro e espera minha resposta.

- Você sabe que sou curiosa, por favor, me conta para onde vamos... – Peço com olhinhos de cachorrinho para tentar fazê-la contar.

- Você fica linda com esse olhar pidão, mas não vai me ganhar dessa vez, é uma surpresa. Vamos? – Ela parece tão feliz hoje, não adianta que não vou conseguir arrancar nada dela.

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