Capítulo VI

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Dylan Wright

- O que será que aconteceu com eles? - Rodrigo indaga ao ver Tyler sair correndo

Olho para o Pedro e o resto dos nossos amigos que sabem da paixão de Luna por Rodrigo e faço sinal para eles não falarem nada.

- Não deve ser nada - Pedro diz

- Acho que vou procurar meu quarto - Digo

Saio arrastando a mala e fico perdido entre os corredores, a escola é realmente enorme.

- AH! - Grito quando alguém coloca a mão no meu ombro de repente me fazendo levar um leve susto

- Te assustei, é? - Diz a voz e eu me viro pra ver quem é

- Ah, você - Digo limpando a garganta, eu deveria estar parecendo um idiota por ter me assustado com isso

- Garoto dos sapatos trocados - Ela diz cruzando os braços dando um leve sorriso - Te procurei a festa toda e não te achei

- Você me procurou? - Indago surpreso, achei que ela tinha caído nos papos do Tyler

- Ah sim, mas minha tia mandou eu terminar de ajudar na mudança - Ela encolhe os ombros

- Você é a nova vizinha?

- Ah sim, eu achei tão fofo sua mãe ter feito uma festa pra gente, nunca tive uma festa pra mim - Sorri

- Como sabe que é minha mãe?

- Seu irmão me falou - Ela ajeita meu cabelo - Tá um pouco bagunçado - Diz e me faz ficar um pouco nervoso

- Como sabia que eu era eu? - Me refiro ao fato de eu e Tyler sermos praticamente iguais

- Ah, não sei, você é diferente - Ela diz e eu solto um sorriso envergonhado
- O que faz aqui?

- Bom, o que mais eu faria aqui? Eu estudo aqui - Ela passa a mão no seu vestido florido que a deixava muito bonita - Desculpe pelo susto

- Eu não me assustei

- Tinha que ver a sua cara - Ela ri e coloca uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. Com o balançar da sua cabeça, seus cabelos ganharam vida, começaram a se mexer para todos os lados. Parece que o mundo ficou em câmera lenta e ela era o centro dele.

- Eu só fiquei surpreso - Digo e desvio o olhar e verifico se eu não estava babando

- Tem certeza? - Provoca

- Ah, fala sério - Cruzo os braços - Você é delicada como uma margarida, como poderia me assustar?

- Eu sou delicada que como uma margarida? - Ri

- Não, você não é - Digo e vejo seu sorriso sumir - Digo, você é delicada que nem uma margarida, mas também é dura, durona

- Eu sou durona? - Arquea as sobrancelhas

- Eu quis dizer que você não é delicada tipo indefesa. Você não é indefesa, você é forte, você é durona, muito durona. Quer dizer você não é dura, você é só - Suspiro - Você é só você

Ela ri envergonhada.

- Eu acho que vou no refeitório - Diz e passa por mim

- A gente se vê por aí? - Indago esperançoso e com medo de ter estragado tudo

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