Capítulo 6

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Depois de ter sido atropelada pela garota misteriosa continuei a caminhada pelo navio queria conhecer mais daquele lugar incrível. O salão de festa era enorme fiquei me imaginando dançando com um vestido longo verde água com branco. Os locais de jogos, nem se fala, tudo lindo e tão luxuoso nunca vi nada igual. Quando estava indo em direção a área de compras do cruzeiro avistei o Elion ou a pessoa que se parecia muito com ele. Fui correndo em sua direção.

— Elion, Elion!! O que faz aqui??

— Oi?! Desculpe te conheço?

— Claro que me conhece, nós conversamos na lanchonete em Miami, não lembra?

— Me desculpe, acho que está me confundindo com outra pessoa. Disse ele continuando sua caminhada agora mais apressada parecendo estar fugindo de mim.

— Espere Elion, não vou te fazer mal só fiquei curiosa pra saber o que faz aqui.

— Como já lhe disse não te conheço garota e além do mais meu nome não é Elion. Agora preciso ir tenho negócios a resolver e não posso perder meu tempo com brincadeiras de mal gosto de adolescentes. Passar bem. Disse isso saindo e logo o perdi de vista dentre as pessoas.

Como assim? Não era ele, não é possível. Sou tudo menos louca, ele podia estar bem diferente, sem a barba, cabelo quase loiro mais puxado pro mel, mas era ele tenho certeza, mas qual o motivo de mentir pra mim e ainda ter mudado de aparência?! E ainda por cima me chamou de adolescente e achou que estava brincando com ele, que absurdo. Todos os meus pensamentos foram interrompidos quando dois meninos gémeos que pareciam ter uns 10 anos cabelo loiro e olhos verdes, uma graça os dois, me pediram ajuda.

— Moça você poderia nos ajudar?! Disse um deles com a carinha mais fofa do mundo.

— Claro que sim o que vocês precisam? Disse abaixando para poder vê-los melhor.

— Bom me chamo Brian e esse é meu irmão Brendo. Nós estamos perdidos e não estamos conseguindo voltar pra cabine só temos o número, você poderia nos ajudar?!

— Claro que sim, aliás meu nome é Luna muito prazer. Quem deixou vocês andarem sozinhos por este navio enorme?

— A nossa irmã, ela sumiu e não sabemos onde ela está e precisamos voltar, pois estamos morrendo de fome.

O número da cabine era 111 e lá fomos nós, estava com raiva e iria dar uma bela lição de moral nos responsáveis deles. Onde já se viu deixar duas crianças andarem sozinhas em um navio e ainda por cima com fome. Chegando lá uma moça bem bonita abriu a porta e senti algo tão bom que toda aquela vontade de xingar passou e fiquei sem reação.

— Tinaaaaa que saudade!! Estamos morrendo de fome. Os gémeos disseram quase que juntos e já foram entrando.

A mulher então se chamava Tina? Mas que diferente. Ela tinha cabelo longo preto e olhos castanhos. Seu rosto me parecia familiar, mas não lembrava de onde. Percebi que da mesma forma que me surpreendi ela também se surpreendeu, parecendo que já me conhecia, sendo que não parava de me observar. Até que comentei:

— Estão entregues e tomem cuidado para que eles não sumam mais ou nem fiquem perdidos.

— A sim claro!! Esses meninos são muito espertos sem que perceba eles já sumiram. Você não quer entrar? Parece estar com fome também.

Quando entrei na cabine vi que tudo estava muito arrumadinho para quem tinha duas crianças. Era lindo tinha três quartos e uma sala com um sofá enorme a cabine parecia ser bem maior que a minha e bem mais aconchegante também, além da vista ser linda. Escutei um barulho de um dos quartos e era uma voz familiar. Não era possível.

A Última ViagemOnde histórias criam vida. Descubra agora