Costumam dizer que os olhos são as janelas da alma...
O olhar,que revela tanta coisa,como uma atração irresistível,uma amor platônico,uma paixão de momento,ou até mesmo o amor,palavra essa que hoje dizemos com tanta naturalidade e espontaneidade,palavra essa que me assusta,mas que me cativa,que me atrai,que me seduz,palavra essa que enobrece as pessoas,que as fazem encantadoras,palavra essa que transformadas em uma frase como o famoso "eu te amo",e ditas do jeito mais sincero,pode te fazer mergulhar no mais lindo e profundo mar,ou naufragar sem nem mesmo se extasiar com o que é bom.Queria que ao menos um breve olhar que Benjamin direcionasse para mim dissesse algo do tipo,mas acho que é cedo demais ou até mesmo impossível,até porque isso não passa de um serviço prestado por ele,eu tenho que aprender a não me prender as pessoas somente por pequenas atitudes vindo delas.
Posso colocar a culpa na carência,e no tempo que eu estou sem me relacionar...pronto é isso! A CULPA É DA CARÊNCIA!
-Kristen? Kristen?
-ah oi? Desculpa o que você dizia?-pergunto envergonhada,depois da viajada que eu acabei de dá na frente dele.
-eu perguntei o que você vai querer para o café da manhã?-diz ele calmamente e pausadamente,fazendo me sentir uma criancinha que não entende as palavras ainda.
-um café preto com leite e duas rosquinhas por favor.-falo para uma senhora que eu nem tinha percebido a presença.
-e o senhor?-pergunta ela.
-o mesmo por favor.-ele fala e ela se retira.
-posso saber em que tanto pensava?-pergunta ele e é claro que eu não diria a verdade.
-pensando em que história iremos inventar para esse final de semana.-falo tranquilamente.
-isso é fácil...
-claro você já está acostumado...-falo baixo para mim mesma.
-o que disse?
-nada,só estava pensando que não precisamos mudar muita coisa,é só você contar a verdade de onde nos conhecemos que no caso foi na doceria e depois fingir todo seu amor para comigo.
- até mesmo a parte em que eu te peguei olhando para minha bunda?-pergunta gargalhando.
-se for preciso...
-huumm,bom saber,então quer dizer que você estava olhando mesmo!?
-nunca disse que não,e fora que está tudo normal...-falo e ele me olha confuso.-levanta e dá uma rodadinha.
-eu não vou fazer isso!-faço minha melhor cara de cão sem dono e ele se levanta soltando o ar,ele dá uma viradinha e eu assobio o fazendo sentar rapidamente.
-como eu disse está tudo normal e no lugar,assim como minha mãe diz"olhar não ranca pedaço"e pelo que eu vejo não te falta nada.
-safada!-diz ele rindo e que risada gostosa.
-assim você me ofende.-digo rindo também.-eu não sou safada,sou apenas sincera.
A garçonete chega e nos entrega o pedido e comemos em silêncio.
-já sabemos o que dizer caso perguntem,cada um de nós sabemos um pouco um do outro,agora é só esperar até o dia!-falo puxando assunto depois que terminamos de comer.
-eu tenho algumas regras...-começa ele.-nada de toques o tempo todo,nada de beijos a não ser que seja de extrema necessidade,nada de dizer que está apaixonada por mim no final do acordo,e não espere mais que uma amizade,eu vou fazer meu papel e isso será somente na frente da sua família,e repetindo o que eu disse,afeto demais só se for de extrema necessidade.-diz ele e eu me mantenho neutra.
-tudo bem.-digo relutante e triste,porque a idiota aqui já sentiu a pele arrepiar,o corpo amolecer,o estômago embrulhar...por esse aí!
-a minha conta por favor?!-peço doida pra sair dali logo.
-não precisa eu vou pagar.-diz ele.
A mesma garçonete chega e entrega a nota e antes dele pagar eu pergunto a ela se teria como pedir um táxi para mim.
-eu vou te levar para casa.-diz ele.
-eu vou de táxi,não precisa.
-eu faço questão.
-mas eu não,e quero ir de táxi!-digo meio rude,mas no final tento manter a calma.
Ele me olha me magoado não sei.
-não seja teimosa,eu estou de carro e vou te levar.-diz convicto.
-chame o táxi por favor!-repito par a garçonete que encara o showzinho que estamos dando.
Benjamin me olha irritado e fica calado,ele paga a conta e eu saio indo em direção ao táxi.
Vejo todos os passos dele,ele destrava o carro,abre a porta do passageiro,vem até mim e de repente me tira da cadeira.
-me largua!-grito no susto.
Ele não fala nada e continua a ir para o carro. Me coloca sentada,fecha a porta e pega minha cadeira a guardando.
Eu penso em abrir a porta e sair,mas essa opção está fora de questão,eu não iria querer cair e ver todos os olhares de pena direcionados para mim.
Meus braços sozinhos não fazem o que minhas pernas deveriam desempenhar...Correr,era tudo que eu queria.
Ele entra no carro,liga o mesmo e dá partida,vejo de relance os nôs de seus dedos brancos pela força que ele impõem no volante.
O caminho até a minha casa foi de completo silêncio. Eu não sabia o que estava sentindo,era completamente confuso,era uma sensação de derrota,de frustração,de pena,de raiva talvez... não sabia distinguir.
Não! A palavra certa é medo...sim medo,não dele,mas de mim mesma,medo de que talvez eu esteja criando algum sentimento,mesmo já tendo uma resposta dele,pelo menos eu acho que o que ele disse no café já bastou como reposta.
Eu não emitia nenhum barulho sequer,ele parou em frente a minha casa,tirou minha cadeira,me pegou no colo e me sentou,e nesse momento foi impossível não deixar uma lágrima rolar,eu estava me sentindo sufocada por não falar e por ser tão mal resolvida na questão sentimentos.
-Ah Kristen...por favor me desculpe eu não queria fazer você chorar,eu...-não o deixo terminar.
-até o fim de semana Benjamim.-apenas digo isso e vou para dentro de casa sem fazer a mínima questão de secar minhas lágrimas.
Vou para o melhor lugar que eu poderia está,a minha pequena biblioteca.
Eu sempre juguei os amores literários como melhores que os reais,e é a mais pura verdade.
Até porque a dor nesse momento não parece ser a mesma contada nas histórias,o meu choro é diferente,tudo é diferente depois que um choque de realidade desses.
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Oi amores! O que acharam? Votem e comentem!
Beijão😘❤
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Amor Alugado
RomanceDepois de uma tragédia, Kristen no auge de sua,como ela mesmo diz,vida monótona,mas cheio de aventuras,conhece um cara confuso,misterioso,que carrega consigo um olhar difícil de decifrar,mas muito fácil de se apaixonar,mas não de uma forma muito con...