Loving could hurt

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    O sábado finalmente chegou e eu ainda estou jogado na minha cama as 9:15 da manhã, olhando o teto e escutando uma música mais deprimente que sorvete no pote de feijão. Hoje é o dia que eu esperei a semana toda, como se o mundo dependesse disso. Enzo iria chegar hoje e eu não conseguia parar de pensar no que Ally tinha me dito sobre ele e Amanda, me sentia um completo idiota, não por que ele e ela estavam juntos, eu acho. Mas porque eu realmente acreditei que ele só iria estar comigo, é confuso.


Resolvi finalmente levantar da cama quando já eram 9:45 e peguei o meu celular como todo mundo faz ao levantar da cama, é sempre a primeira coisa. Tinham algumas notificações do Twitter, Facebook, Whats... Enfim, fui olhando de uma a uma e parei por um momento ao ver que o chat de Enzo estava com uma notificação, pensei por momento antes de abrir e abri em seguida.

"Sexta, finalmente. Como foi seu dia ontem?"

"Vamos ficar online NÉ"

"Gabriel, porra."

"Ta aí?"

"NÃO VAI ME RESPONDER?"

Reviro os olhos enquanto leio aquelas mensagens e dou de ombros jogando meu celular em cima da cama enquanto vou tirarando minha roupa para tomar banho, obriguei meus pais a colocarem um banheiro no meu quarto porque eu não aguentava mais ter que dividir, eu costumo demorar muito no banho.

Finalmente terminei de tirar minha roupa e parti para o banheiro apenas de cueca, eu amo a liberdade disso, se pudesse só andaria vestido apenas de cueca, é muito bom. Quando sai do banho eram quase 10:30 sai pelado e molhando todo o meu quarto, eu que iria acabar arrumando mesmo. Vesti qualquer roupa, peguei o meu celular e desci para tomar café.

- Bom Dia mãe. - Falo ao caminhar em direção a cozinha onde minha mãe estava.

- Isso é hora de acordar, Gabriel? - Ela balança a cabeça sem dizer mais nada em seguida, Reviro os olhos sutilmente e me sento à mesa depois de me servir.

- Ah, olha quem acordou, tem aula hoje?

- Hoje é sábado, pai. - Sorrio fraco e lhe encaro rapidamente.

- É verdade, é hoje que o Enzo volta? Conversei com António, parece que a vó dele está melhor.

Parece que tudo conspirava para que eu lembrasse dele, eu estava disposto a esquecer a seguir em frente, mas tudo fazia eu lembrar dele; Talvez Ally esteja certa, sou trouxa, eu quase podia ouvir a voz dela na minha cabeça e dizendo "Trouxa, trouxa, trouxa". Balanço a cabeça com um sorriso espontâneo.

- É sim, eles chegam hoje. Acho que no começo da tarde... - Levanto da mesa após terminar o meu café da manhã e ponho as louças sujas na pia. - To indo na casa da Ally, até mais.

Ouvi meu pai dizer algo e minha mãe reclamar ao fundo, apenas sai sem me importar e segui caminhando sozinho na rua, me atrevi a por uma música pra tocar enquanto caminhava e torci para não ser assaltado, o legal é que a música parece estar tocando "Trouxa, trouxa, trouxa" porque por algum motivo idiota eu estava lembrando daquele idiota. Revirei mais olhos e na minha cabeça eu o joguei na puta que pariu, ele e Amanda. Eu não sei o que está acontecendo, mas depois do que Ally me disse eu não parava de pensar mesmo, isso é um saco; isso é estar apaixonado? Nunca mais quero SOFRER disso.

Cheguei à casa de Ally mais rápido do que imaginei, bati na porta e esperei até que ela viesse abrir.

- Bom Dia, Linda. Vamos beber.

Falei, exatamente na hora que ela abriu a porta.

- "Bom Dia, Ally, eu resolvi passar aqui sem avisar e corri o risco de atrapalhar sua transa, vamos beber?" - Ela falou aquilo com uma cara super debochada e sorrio.

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