22º capítulo

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Enquanto minha família ia á uma lanchonete e provavelmente iriam até o shopping e terminar de ajeitar as coisas da festa minha irmã; eu estara no sofá com uma coberta e com um pote de açaí, assistindo um filme de romance que conseguia me fazer derramar lágrimas. A campainha tocava... Uma, duas,três, quatro, ou até cinco vezes. Pra estar nessa insistência só poderia ser o carteiro. Eu não ia atender e eu não estava com nenhum pingo de vontade de ter que ir usar um roupão. Não. Eu queria ficar de pijama e ninguém vai me fazer tirá-lo. Eu quero um sossego em um dia de sábado que eu estara com uma cólica sem limites, será que é pedir demais?                                                     -Ana Júlia. Eu estou arrumando a cozinha e você assistindo filminho com um pote de açaí. Custava abrir a porta?-ela reclamou já abrindo a mesma, eu dei de ombros até porque a Diana me perdoava em questão de segundos. Eu ouvi uma voz doce, calma e um pouco grossa. Eu fingir que não sabia quem era, mas meu coração já estava batendo e muito forte e sem parar... Eu sei quem é! E reconheceria até se eu estivesse morta... -Será que a Ana Júlia estaria aqui para me receber, Diana?-eu me inclinei para vê e o mesmo mordia os lábios com algum quadro em seus braços. Eu corri para onde eu estara, comendo meu açaí e fingindo estar prestando atenção no filme, mas a única coisa que eu via era o Albert em minha mente.                                           -Claro, entre aí Albert. A Ana está na sala. Assim que o mesmo entrou e me viu seus lábios se transformaram em um sorriso contagioso, que derreteria o coração de qualquer pessoa. Ele estava com um álbum em uma de suas mãos e a outra guardava um quadro que estara coberto por algo. -Minha mãe pediu que eu te mostrasse as fotos.-ele coçou a cabeça e se sentou no sofá. -Só um minutinho, eu já volto! Eu saí correndo até as escadas e subi até o meu quarto, para colocar um roupão por cima do meu pijama. O que será que ele quer? Desci o mais rápido possível, fazendo uma mutuca em meus cabelos loiros e lisos.                                                   Por incrível que pareça quando eu descia as escadas tive que concertar meus óculos que resolveram cair para ficarem abaixo do meu nariz e acabei escorrengando; mas consegui me livrar de uma bela queda que eu tomaria.            -Você é meio desengonçada.-riu.                -É. Depois que paramos de nos falar eu perdi meio que a noção de muitas coisas.-eu concertei meus óculos novamente.                                                         -Por favor...-pediu.-Não quero me lembrar da burrice que eu fiz!                    -Como assim?                                               -Eu larguei minha melhor amiga para ter todas aos meus pés e ser o príncipe encantando de qualquer menina da escola...-riu abafado.-E desculpa mesmo pelas implicacias, acho que era o meu meio de falar com você sem os caras perceberem.-deu de ombros.-Mas vamos esquecer essa história, preciso te mostrar as fotos.-eu me sentei do seu lado no sofá.                                                   -Você quis mesmo me mostrar as fotos ou é uma desculpa esfarrapada para ver como eu estou depois de ontem?               -Ontem eu estava bêbado...-eu franzi a testa.-Está bem! Eu só queria saber se está com raiva de mim pelo beijo.             -Ah, sem problemas. Eu sou mais uma das que você pegou né? Aí agora você veio se desculpar e dizer que não quer mais saber de mim.-eu prôpus, o mesmo bufou e me olhou feio. Albert não tem senso de humor!                                -Para de drama, Ana Júlia.-gritou.-Eu tinha esquecido que você era mega super master dramática.-ele pensou alto e eu ri.-Só vim te ver, eu posso?            Assenti.                                                                 Foi aí que ele abriu o álbum e começamos a ver as fotos. Ríamos do meu jeito todo desengonçado apertando os olhos para ver sem os óculos; que a Kat me obrigou os tirar...      Do peso que o Albert colocara nos braços ao me carregar, a cara de uma das meninas "figurantes" durante as nossas sessões de fotos magnificas...          Fazia tempo que ríamos sem deboche. Senti falta daquilo!                                         -Olha essa que minha mãe tirou sem querer!-ele ria, eu ria, nos ríamos da foto da Katllyn arrumando os cabelos e preocupada; que Dona Katy tirou sem sua sobrinha perceber.                                                    Vai ser difícil acordar depois de amanhã e vê que esse final de semana foi diferente, perfeito na verdade... E que assim que os portões da escola se abrir será completamente diferente.          Bem, e se Albert se redimir para os seus melhores amigos? Hum, eu acho que não!                                                            Vou ter que ver a Margaret ou alguma outra garota se esfregando no garotinho de olhos verdes e eu não vou poder fazer nada. Porque eu sou a Ana Nerdzona!                                                        Desde que eu e ele paramos de nos falar e acabamos com a nossa amizade, eu mudei. Comecei a estudar mais do que estudava antes e do que devia e todas as histórias irritantes que conhecemos e prefiro não recordar...         E a partir de ontem, do nosso primeiro beijo... Eu me senti... Diferente! Por uns instantes o meu pensamento só foi ele e não sobre algum cálculo de matemática ou sobre a minha carta de recomendação que me foi prometida.      Só consigo me ver correndo até a Renata e esconder minha felicidade para que nem o João Pedro, o Caio e o Marcos vissem e muito menos a Margaret e suas escravas; ou melhor amigas, se irritem e venham me pertubar! E vou ouvir a bronca da Renata nos meus pensamentos "O que você fez Ana Júlia? Foram quatro anos você sofrendo preconceito com esse garoto estúpido e você vai se deixar levar mesmo?"                                                 Sim, eu acho que vou me iludir com todas as besteiras que irei ouvir do Albert Phyls;o galã de toda a escola, o sonho de qualquer garota... Essa sou eu!

A menina que ele zuavaOnde histórias criam vida. Descubra agora