13º capítulo (maratona)

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Josete saiu com uma cara extremamente de nervosa. Dificilmente vejo a mesma assim, que sempre fora um doce tanto comigo quanto com a minha família inteira... Mas por meu pai não parar QUASE NUNCA em casa, ele faz questão de dar a única regra "quando eu não estiver, obedeçam os empregados. Principalmente a Josete, a governanta de vocês." E óbvio que ela leva super a sério isso; nos reclamando sempre que é possível. As vezes isso irrita? E como irrita. Mas sabemos como a Josete exerce o papel de mãe em nossas problemáticas vidas. E apenas quer que tenhamos uma ótima educação e sempre querendo o nosso melhor... -É a minha leve impressão, ou a sua governanta está mais irritada do que quando aprontávamos antigamente? -Creio que está menos.-ele assentiu.-É que têm anos que vocês conversam, deve ser isso.-eu dei de ombros. -E então? Por onde vamos começar limpando essa cozinha?-olhamos para todos os cantos e estava uma tremenda bagunça.-Que tal você o chão e eu o ármario?-ele sorriu malicoso. -Nem pensar.-balancei a cabeça em forma de não. A cozinha era extremamente enorme e com certeza seria muito mais cansativo do que os belos armários brancos e pretos.-Nós dois iremos limpar o chão e os armários juntos!-declarei.-Assim não tem trabalho de mais para nenhum dos dois. -Então tudo bem senhora economista...-ele levantou as mãos em forma de que estaria se rendendo, com um riso abafado sobre seus lábios rosados. -Vejo que não prestou atenção nas aulas de português...-com certeza pontos de interrogação formaram em seu minúsculo cérebro.-O termo senhora se usa para pessoas que são ou já foram casadas. Eu nem namoro, quanto mais casei, não posso ser chamada de senhora. O termo usado para moças jovens e que apenas namoram ou não namoram é: senhorita! Gostaria muito que aprendesse... -Você diminuiu nosso tempo de arrumação pela sua cozinha para me dar aulas "extras" de português? -Óbvio... E sem um piu mocinho.-eu reclamei lhe dando um rodo, assim como para mim. -Piu.-arregalei os olhos e ele continuou:-piu, piu, piu, piu! -Como é que?-peguei o rodo que estara com um pano de chão perto dele e comecei a "rodar" o seus dois pés. O que foi extremamente engraçado, até porque ele era pesado e eu não conseguia nem sequer o mover. -Certeza queridinha?-assenti.-Pois eu tenho certeza que nós deveríamos começar mesmo a arrumar essa cozinha que está bagunçada até demais. -Então está bem!.-dei de ombros.-Os produtos de limpeza estão logo ali no canto prontos para serem usados por nós e olha...-ele me olhou atentamemte.-Suco de frutas pode muito bem manchar, então coloque toda a sua força na hora de limpar o chão e os armários. Vamos fazer a diferença!-eu gritei e ele deu um belo grito acompanhado de quase um uivo. -Eu fiquei parecendo um lobo ou um cão? Eu sei lá.-assenti e ele revirou os olhos indo pegar os produtos de limpeza. Já estávamos cansados! Tínhamos que esfregar bastante o chão para que a marca do suco saísse. E foi aí que eu tive uma brilhante idéia. Deixei Albert por mais ou menos dois minutos arrumando as coisas sozinho; e o mesmo reclamando. E peguei minha caixinha de som, a colocando na rádio e aí as músicas começariam. -Nem venha me culpar.-dei de ombros enxugando um suor que escorria sobre mim.-Quis ajudar nosso trabalho.-ele assentiu e aí começou a tocar uma bela música.-Focus!-eu gritei já começando a cantar. -Prefiro nem interromper...-ele sorriu de lado e pegou o pano para começar a passar no armário preto. -focus on me...-cantarolei e o mesmo me olhou franzindo a testa. Deixando suas covinhas amostra.-Vou limpar o balcão por um tempo e a pia também. [...] -Terminamos!-nós dissemos em um coro que não foi nem um pouco combinado. Estávamos super cansados! Ufa... -A cozinha está brilhando. Meus parabéns!-Josete apareceu na cozinha pondo seus braços sobre o meu ombro e o ombro de Albert. E logo saira. -Vamos sentar um pouco para descansar. Não é?-eu sugeri e ele assentiu. Foi quando vi um vulto rapidamente, bati em minha cabeça tentando raciocinar. Minha irmã de doze anos de idade estava para entrar na cozinha... -Vocês limparam isso tudo?-ela arregalou os olhos e assentimos.-Ainda bem que eu não estava na bagunça. Eu ia gastar as minhas unhas que eu pintei ontem.-ele me mostrou as suas unhas pintadas de verde água.

A menina que ele zuavaOnde histórias criam vida. Descubra agora