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P.O.V Dipper

Eu estava voltando da livraria da cidade, estava com 2 livros de mistério, o gênero que mais se adequava ao meu estilo. Fui andando em direção ao lago, calmamente, vendo os cidadãos de Monster Fall acenarem para mim, já que era uma cidade pequena e todos se conheciam na mesma.

O caminho não era longo, nem perigoso, era inofensivo, com um lindo caminho de pedras acinzentadas. 

Após chegar ao local, vejo Mabel com uma garota meio serpente, aquela era Pacífica Northwest.

- Ei Dip! - Gritou Mabel, subindo no cais e sentando-se no mesmo.

- Hey Mabel, Pacífica, como vão? - Pergunto gentilmente, já que as duas, principalmente Pacífica, pareciam estar muito alegres.

- Estamos bem, cabeça de galho. - Disse Pacífica, rindo no final da frase, juntamente com Mabel.

- Ei, sem brigas vocês dois. Dip, o Stan deixou você sair? Não brigou nem nada? -Mabel me pergunta, um tanto preocupada comigo.

- Eu... não disse que viria te ver Mabel, mas não acho que ele vá ficar bravo por eu ter vindo visitar minha irmã, não é? - Ao terminar a frase, escuto um barulho atrás de mim, nos arbustos.

Me viro lentamente, com o medo me consumindo aos poucos e uma criatura grande e peluda sai de dentro dos arbustos, era Wendy.

- Wendy! Você nos assustou... não faça mais isso. - Eu falei, com a voz trêmula.

- Relaxa, Stan só me mandou buscá-lo, ele está preocupado com você Dipper. Quando cheguei na cabana, a sala estava fedendo a whisky. - A loba diz, com uma voz de preocupação.

Não acredito, ele andou bebendo novamente.

- Eu já vou indo então gente, me desculpa Mabel, lerei pra você amanhã, Okay? - Digo, mostro meu dedinho para ela e a mesma, entrelaça seu dedinho com o meu, fechando assim, uma promessa.

Logo depois disso, eu sai correndo, juntamente com Wendy atrás de mim.

Quando chegamos na cabana, fui andando lentamente para dentro e Wendy ficava para trás, já que não podia acompanhar-me.

Podia sentir o cheiro de álcool pelos cômodos da casa, principalmente, na sala, que era onde ele estava, deitado em sua poltrona. Entro silenciosamente, com meus cascos batendo contra o carvalho do chão.
Quando passava pela poltrona onde Stan estava dormindo, sinto uma mão segurar meu braço em um aperto forte.

- Pensou que iria escapar do seu castigo, não é pirralho? - Disse Stan, com a voz rouca de tanto beber, o cheiro em suas vestes também continham o cheiro de álcool. Senti medo naquele momento, queria correr, queria sair dali, agora.... não era mais possível.

- Tivô Stan, me solta por favor... prometo te avisar na próxima vez. - Digo com agora voz trêmula, expressando pavor. Quando tentei me soltar, o aperto só se fez mais forte.

- Você estava andando pela cidade, não é? Sabe que eu não gosto quando faz isso. - Stan grita, me fazendo abaixar as orelhas e me soltar do aperto.

Stan me pega pelos cascos e me derruba, meus livros acabam caindo no chão, fazendo um barulho alto por conta dos livros serem pesados. 

- Não pense que você vai se livrar do castigo hoje. - Stan diz, fazendo um grande arranhão na minha coxa esquerda e eu acabo soltando um gemido de dor. 

- Pode ir para o seu quarto agora, não quero ver a sua cara por hoje. - Ele solta um grito, fazendo-me encolher e eu somente obedeço o mesmo, tentando sair de sua vista o mais rápido o possível. 

                                                                                                . . .

Entro no meu quarto e tranco o mesmo, sentindo as lágrimas rolarem pelo meu rosto, eu não gostava do jeito que Stan me tratava quando estava bêbado, ele muda completamente.

Imagino se Mabel ainda estivesse morando aqui, seria um pesadelo para nos dois.

Ouço passos vindo em direção ao meu quarto e acabo me desesperando, com medo do que Stan poderia fazer comigo. Pego uma corda que havia dentro de um dos pisos de madeira e a prendo na cama, jogando a mesma pela janela, assim saindo pelo telhado do segundo andar e pulando em um arbusto.

Com a queda, acabo machucando mais a perna e saio mancando pela floresta. Continuo andando lentamente por uma trilha que havia perto da cabana, diziam que esse caminho era perigoso por conter caçadores e armadilhas.

Congelei no momento em que ouvi alguns galhos quebrando atrás de mim. Não era comum alguém entrar na floresta, principalmente, quando o sol está se pondo.

Me distraio por alguns segundos e acabo pisando em uma armadilha de urso. Dou um grito de dor e acabo caindo no chão, apertando o gramado da floresta e vejo alguém se aproximar de mim.

Um homem alto, com fios loiros e um tapa-olho amarelo em forma de triângulo. Ele caminha lentamente até mim, se abaixa e sorri, mostrando os dentes afiados.

- Estou feliz que finalmente saiu da toca, Pinetree. Estou lhe seguindo o dia todo, sabia? - Ele diz, enquanto me solta da armadilha, me fazendo soltar um pequeno gemido de alívio. - Ora, parece que alguém lhe machucou antes de mim. - Sinto suas mãos sobre o arranhão que Stan havia feito mais cedo, acariciando o machucado com delicadeza. 

Acabo fazendo uma careta de dor pois o arranhão ainda ardia.

Ele fica calado, apenas sentindo as carícias do homem à minha frente. Estava tudo ótimo, até eu sentir uma pontada em meu traseiro, aquilo era um sonífero.

- Boa noite, meu pequeno e até mais tarde. - Vejo o loiro sorri novamente e logo depois, eu desmaio.

You're my PetOnde histórias criam vida. Descubra agora