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P.O.V Bill


Vejo o pequeno garoto desmaiar por conta do sonífero e o pego no colo, o levando para a minha casa, no meio da floresta, longe da civilização. 

Ao chegar, tenho um pouco de dificuldade de abrir a porta, por ter um pequeno cervo em meus braços. Olho para Dipper, que estava com uma expressão de medo em seu rosto... Estava tendo um pesadelo.

O coloco no chão, em cima de um tapete que continha em minha sala de estar. Observo o garoto a minha frente, ele se remexia e tinha pequenos calafrios, o que estava começando a me preocupar era o grande arranhão em sua cocha.

"Stan não poderia fazer isso, poderia?"

Vejo o garoto se remexer novamente e soltar um baixo murmúrio, fora tão baixo que eu não havia conseguido entender.

Vou andando rapidamente até o banheiro do andar de cima e pego uma pequena caixa de primeiros socorro

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Vou andando rapidamente até o banheiro do andar de cima e pego uma pequena caixa de primeiros socorro. Abro a caixa e pego bandagens e um pedaço de algodão com alcóol, o passando lentamente pela cocha do pequeno, fazendo o mesmo acordar assustado e com uma cara de desconforto.

- O-onde... estou? - O pequeno pergunta, confuso e com dor, por conta do alcóol em sua perna.

- Está em minha casa, pequeno Pines.

- E... quem é você?

- Amigo do seu Tivô, um dos únicos da verdade. - O respondo, com um pouco de sarcasmo na voz, enquanto acaricio seu queixo.

Dipper continua me olhando com confusão no olhar e talvez um pouco de medo, por ouvir que eu era amigo de Stan.

- Deixe-me perguntar, pequeno Pines, com o que estava sonhando? Você não parecia estar confortável no mesmo. - Ele suspira e olha para baixo.

- Estava sonhando com o meu Tivô... nada de mais, senhor. - Me sinto incomodado ao ser chamado de senhor, já que não era tão velho assim, eu tenho 25 anos apenas.

- E o que acontecia nesse sonho? - Pergunto gentilmente, mas sentindo um terrivél ódio. O pequeno e assustado cervo em minha frente parecia tão indefeso... Stan não seria capaz de fazer algo tão cruel, nem eu sou.

- Ele... fazia coisas estranhas comigo, tocava em partes do meu corpo e eu pedia para ele parar, mas ele não parava... E-eu não quero que ele faça essas coisas comigo, não quero! - Vejo as lágrimas grossas caindo das órbes castanhas, fazendo-me sentir uma pontada no peito.

- Ei pequeno, não se preocupe, eu vou cuidar de você agora. Seu Tivô não encostará mais em você, okay? Só preciso que você faça uma coisa para mim. - Continuo o carinho em seus cabelos, fazendo Dipper se acalmar aos poucos.

- O que seria, senhor?

- Quero que você seja meu mascote. - Digo simplista, com um sorriso no rosto ao ver o olhar tímido se juntar ao meu.

- M-mascote?

- Sim, gostaria de ser? Eu não farei nada com você, a não ser que você queira. - Pisco o olho, vendo o mesmo ficar constrangido com meu ato.

- T-teríamos algum tipo de regra? - Ele diz, praticamente, já aceitando a oferta. Estava adorando suas reações, o jeito que o pequeno remexia as pequenas mãos, o modo como suas bochechas gordinhas ficavam coradas cada vez que eu dizia algo, era totalmente adorável.

- Eu só gostaria que você cozinhasse e cuidasse da casa para mim enquanto caço, nada mais. - Dipper fica pensativo, o que só o deixava mais fofo. Eu queria mordê-lo, queria beijá-lo e fode-lo de uma forma inesquecível, para nós dois. Mas acho que não é o momento para essas coisas.

Vejo que ele apenas concorda com a cabeça e voltando a se deitar no chão. Acho que eu preciso conversar com o velho Stan sobre o Pinetree.

- Ei pequeno, por que está se deitando no chão? Não está pensando em dormir aí, não é? - Ele me olha sonolento, esfregando as pequenas mãos nos olhos, tentando se manter acordado para conversar comigo.

- Eu... pensei que você me deixaria aqui, já que sou seu mascote. Os mascotes não podem dormir com seus donos, não é?

Stan definitivamente fez algo com ele.

- Pode dormir na minha cama hoje, Pinetree. Não irei ficar em casa essa noite, tenho que resolver algumas coisas. - Digo, dando um rápido selar em sua testa e indo até um pequeno gancho atrás de minha porta, lá estava perdurada meu casaco.

- Volto logo, pode descansar até lá, o banheiro é no andar de cima, não se preocupe, a casa não é tão grande assim. - Solto uma risada nasal, sentindo o vento gelado de outono investir contra meu rosto, olho para trás e vejo Dipper adormecido em frente a lareira.

Bom...

Hora de visitar um velho amigo.

You're my PetOnde histórias criam vida. Descubra agora