Best imaginary friend [Hiatus]

Chapter Eight

    - Omma,são que horas ? - Perguntei a mulher que estava muito sorridente ao meu lado segurando seu celular.
- São nove horas,vá para cama dormi agora. - Ordenou em um tom frio e apenas subi para o quarto.

Arrumei a cama e em seguida fui para o banheiro escovar os dentes. Uma forte chuva com trovões me assustou,rapidamente corri para cima da cama e peguei meu coelho de pelúcia.
- Kook,vamos nos proteger. - O abracei forte.

Percebi que a luz ainda estava ligada,o que me fez suspirar pesadamente.

Levantei e fechei a porta,contei até três e assim que desliguei a luz sai correndo,pois além de estar no escuro um trovão me assustou. Mas infelizmente tropecei em uma coisa,ou algo pegou em meu pé,como se fosse uma mão. Cai sentada no chão e um grito se ecoou pelo quarto,mas esse grito não saiu de mim,era um grito masculino. Subi para cama como se fosse o flash,olhei para a janela do quarto e outro trovão me assustou,esse iluminou tudo e vi algo escrito na janela.
- Killer...- Dessa vez foi eu quem gritei.

Um pássaro bateu contra o vidro da janela,enquanto o corpo dele ia descendo,o sangue ficou na janela. E mais um grito saiu de mim. Tratei de ficar  debaixo da coberta e rezar para que tudo fosse um sonho.

Algo retirou a coberta com brutalidade de cima de mim,continuei encolhida e com os olhos fechados. A "coisa" cutucou meu ombro,em um ato de coragem rápida,abri meu olhos e vi a figura do ser com sua máscara com sangue,em sua mão esquerda segurava a cabeça de alguém desconhecido e na outra mão segurava um machado. Apenas trovões iluminavam aquele quarto,o deixando ainda mais assustador. O homem soltou a cabeça e o machado fazendo um grande barulho,mas parece que ele não se importou muito com isso. A "coisa" veio até mim e passou sua mão ensanguenta pelos fios do meu cabelo.

- Não tenha medo. - Essa era a primeira vez que ouvi a sua voz,parecia a voz de um anjo. - Ele não vai mais machuca-la. - Referindo-se a cabeça do homem que eu o reconhecia como o meu segundo padrasto que tentou abusar de mim. - Eu te amo Jennie!

Lembro-me de tudo aquilo como se fosse hoje. Dos trovões e do desespero da minha mãe quando soube da morte do seu terceiro marido.

Olhar para aquela chuva e ver os pingos escorregando pelo vidro me trazia lembranças boas e ruins. Correr pelo campo aproveitando a chuva,as horas que eu passava lendo tomando um bom chocolate-quente e a chuva caindo. Até hoje me lembro da palavra escrita pelo Jungkook,nesse dia eu mal consegui dormir por causa disso. Mas foi a partir desse dia em Jungkook começou a aparecer constantemente para mim,só era pensar nele que aparecia.

  - Está pensando em que ? - A voz grossa de Taehyung me fez despertar dos meus pensamentos.

  - Jungkook...- Sussurrei.

  - Jennie,não fique assim,ele vai voltar e te tirar daqui. - Passou o dedo polegar no meu rosto e saiu.

   Era tão ruim não ter o que você quer. Eu desejava uma vida normal,uma família normal,amigos ao meu redor,ir para festas,ter um namorado,mas parece que o mundo quis ficar contra mim dessa vez. Queria saber o que de tão ruim eu fiz na vida passada.
- Jennie,venha comigo. - Um enfermeiro me chamou e eu levante seguindo.

Entramos em uma sala escura e estranha. Aquilo me trazia lembranças ruins.

- Por que estamos aqui? - Perguntei com um pressentimento ruim.

- É uma surpresa pra você. - Um sorriso macabro surgiu em seus lábios enquanto ele tirava seu cinto.

Corri para um canto da sala tentando me safar dessa vez,mas a tentativa falhou.

- POR FAVOR,DE NOVO NÃO. - Gritei em um tom de desespero. Aquilo novamente não.

- Calada.- Deu um tapa em meu rosto o que com certeza iria ficar vermelho.

Me jogou no chão com uma brutalidade,e puxou a minha roupa íntima fazendo ela rasga. Senti uma forte dor. Gritar não iria adiantar de nada. Apenas fechei meus olhos e esperei tudo aquilo passar.

- Qual é o seu nome? - Perguntei ao garoto que estava no balanço do lado.

- Jungkook,mas me chame de Kook.

- Como você aparece quase todos os dias para mim,podemos ser melhores amigos para sempre ? - Dei meu dedo mindinho para que ele cruzasse com o seu.

- Para sempre!