Louis Point Of View.
Nestes últimos dias eu estava tendo sentimentos estranhos por meu melhor amigo, eu sentia necessidade de estar perto dele, precisava que ele me abraçasse, e sempre que ele dizia me amar, meu coração batia mais forte.
Olhei para Harry que dormia tranquilamente me abraçando forte, suspirei e beijei seu rosto diversas vezes esperando que ele acordasse, então ele sorriu. — Essa é a melhor forma de ser acordado. — Sussurrou e abriu os olhos. — Bom dia, meu anjo. — Senti minhas bochechas esquentarem pelo apelido.
— Bom dia. — Murmurei de volta. — Agora vamos levantar e tomar café, já perdemos aula ontem. — Levantei e caminhei até o banheiro.
— Não lembrei da aula, perco a noção do tempo quando estou com você. — Respirei fundo sentindo meu coração querer sair de meu corpo e minha barriga se encher de borboletas.
— Cale-se, humano. — Brinquei e me apressei a tomar banho.
Meia hora depois.
— Bom dia, mãe e pai. — Beijei o rosto de minha mãe que estava colocando a garrafa de café na mesa e abracei meu pai me sentando em seu colo. — Bom dia, Charlotte. — Sorri para ela que sorriu de volta, às vezes tínhamos momentos de paz.
— Bom dia, filho. E bom dia, Harry. Não sabia que havia dormido com meu filho. — Olhei para meu pai que cumprimentava Harry. — Usaram camisinha? Ou devo me preocupar? — Senti meu rosto corar e Harry apenas riu.
— Seu filho continua intocado. Bom dia, Jay. — Ele foi até minha mãe e a abraçou.
— Bom dia, futuro genro. — Ela respondeu me fazendo revirar os olhos.
— Sabiam que Brant não gosta quando tratam Harry como se fosse meu namorado e não a ele? — Perguntei me sentando ao lado de Harry e passando geleia em uma torrada.
— Filho, Brant pode ser um bom rapaz, mas não para você. Que tal deixar ele com sua irmã? Iríamos apoiar. — Charlotte engasgou com o suco e dei leve batidas em suas costas.
— Papai! — Ela reclamou o fazendo encolher os ombros.
— Podemos ter um café como uma família normal? — Perguntei e todos assentiram, Harry apenas sorriu continuando a comer.
Eu imaginava que quando estava com minha família ele se sentia em casa, eu me sentia assim quando estava com a família dele.
Quando terminei de tomar café, subi para arrumar minha mochila, ainda tinha mais ou menos uma meia hora. — Vai comigo ou vai esperar Brant? — Olhei para Harry que estava encostado na porta.
— Vou com você. — Respondi colocando a mochila no ombro e descendo enquanto mandava uma mensagem para Brant avisando que não precisava passar para me buscar.
Fomos até a casa de Harry e topamos com sua mãe que ia para o trabalho. — Lembrou que tem casa? — Perguntou para Harry o fazendo revirar os olhos. — Bom dia, querido. — Ela beijou meu rosto me abraçando.
— E eu? — Harry perguntou incrédulo ao ver que sua mãe não o deu 'bom dia'.
— Ganha beijinho quando aprender a arrumar a cama antes de sair. — Ela sorriu e entrou no carro logo partindo.
— Ainda nisso, pequeno Harry? — Perguntei caminhando por sua casa.
— Lhe mostro o pequeno. — Soltei um grito quando Harry me jogou por cima de seus ombros e saiu me levando até o segundo andar.
— Vai me derrubar, brutamonte. — Bati em suas costas. — Devia usar cinto. — Murmurei vendo suas calças frouxas. — Você tem um bumbum bonito olhando assim. — Apertei seu bumbum e Harry me jogou em cima da cama. — Bruto. — Xinguei e ele revirou os olhos indo se trocar.
Fiquei observando as fotos que estavam espalhadas por seu quarto, grande parte de nossa infância, em muitas delas eu estava. — Eu gosto dessa. — Me assustei com sua presença atrás de mim. — Foi quando o parque estava na cidade. — Acenei com a cabeça lembrando.
— Foi divertido. — Suspirei lembrando como tudo era mais fácil naquela época.
— Yep. Vamos? — Concordei e então descemos para ir à escola.
Horas depois.
Passei todo o dia com Harry, sextas eram meus dias preferidos, tanto por ter o fim de semana quando por ter todas as aulas com Harry. — Que tal sairmos hoje para alguma festa? É sexta, afinal. — Assenti lembrando que sexta passada ele nem queria me olhar o dia todo.
— Pode ser. Promete não me ignorar como semana passada? — Harry fingiu pensar e bati em seu braço.
— Ai, tô brincando. — Ele riu esfregando onde bati. — É claro que prometo, e já lhe expliquei porque fiquei daquele jeito. — Harry encostou sua testa na minha. — Agora vamos que é a última aula.
Essa próxima aula correu bem, estávamos saindo quando resolvi ir ao banheiro antes de ir para casa. — Não dá para esperar? — Harry franziu a testa.
— Não! Me espera no estacionamento, vou já. — Respondi e sai andando apressado.
Entrei no banheiro e fiz o que tinha de fazer, quando sai me surpreendi por Brant estar do outro lado do corredor me olhando.
— Oi. — Murmurei confuso.
— Oi, amor. Não falou comigo hoje. — Notei por seu tom que ele não estava feliz com aquilo.
— Bem, eu estive meio ocupado. — Dei minha desculpa para tudo.
— Eu estive observando o quanto ocupado estava com Harry. Sabe Louis, eu não gosto nada da amizade de vocês. — Franzi a testa. — Parece existir algum sentimento diferente de amizade da parte dele, e agora estive observando que tem de sua parte também.
— Está ficando louco? Somos apenas amigos. — Murmurei cruzando os braços.
— Você pensa assim, mas e ele? — Brant arqueou uma sobrancelha, eu não gostava do rumo que aquela conversa estava tomando.
— Pensa do mesmo jeito, agora se me der licença... — Murmurei caminhando para longe dele.
Cheguei no estacionamento e procurei Harry com o olhar, caminhei de cabeça baixa até ele e quando resolvi levantar a cabeça me arrependi, ele estava beijando Lindsay.
— Harry?!
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We're Not Friends [L.S]
Fanfiction"Meus amigos não me amam como você me ama." Harry está apaixonado por Louis, que é seu melhor amigo de infância e não retribui o sentimento, aparentemente. É, ele é um cara de sorte.