Capítulo 13 - Confusões no coração.

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Louis Point Of View.

Nestes últimos dias eu estava tendo sentimentos estranhos por meu melhor amigo, eu sentia necessidade de estar perto dele, precisava que ele me abraçasse, e sempre que ele dizia me amar, meu coração batia mais forte.

Olhei para Harry que dormia tranquilamente me abraçando forte, suspirei e beijei seu rosto diversas vezes esperando que ele acordasse, então ele sorriu. — Essa é a melhor forma de ser acordado. — Sussurrou e abriu os olhos. — Bom dia, meu anjo. — Senti minhas bochechas esquentarem pelo apelido.

— Bom dia. — Murmurei de volta. — Agora vamos levantar e tomar café, já perdemos aula ontem. — Levantei e caminhei até o banheiro.

— Não lembrei da aula, perco a noção do tempo quando estou com você. — Respirei fundo sentindo meu coração querer sair de meu corpo e minha barriga se encher de borboletas.

— Cale-se, humano. — Brinquei e me apressei a tomar banho.

Meia hora depois.

— Bom dia, mãe e pai. — Beijei o rosto de minha mãe que estava colocando a garrafa de café na mesa e abracei meu pai me sentando em seu colo. — Bom dia, Charlotte. — Sorri para ela que sorriu de volta, às vezes tínhamos momentos de paz.

— Bom dia, filho. E bom dia, Harry. Não sabia que havia dormido com meu filho. — Olhei para meu pai que cumprimentava Harry. — Usaram camisinha? Ou devo me preocupar? — Senti meu rosto corar e Harry apenas riu.

— Seu filho continua intocado. Bom dia, Jay. — Ele foi até minha mãe e a abraçou.

— Bom dia, futuro genro. — Ela respondeu me fazendo revirar os olhos.

— Sabiam que Brant não gosta quando tratam Harry como se fosse meu namorado e não a ele? — Perguntei me sentando ao lado de Harry e passando geleia em uma torrada.

— Filho, Brant pode ser um bom rapaz, mas não para você. Que tal deixar ele com sua irmã? Iríamos apoiar. — Charlotte engasgou com o suco e dei leve batidas em suas costas.

— Papai! — Ela reclamou o fazendo encolher os ombros.

— Podemos ter um café como uma família normal? — Perguntei e todos assentiram, Harry apenas sorriu continuando a comer.

Eu imaginava que quando estava com minha família ele se sentia em casa, eu me sentia assim quando estava com a família dele.

Quando terminei de tomar café, subi para arrumar minha mochila, ainda tinha mais ou menos uma meia hora. — Vai comigo ou vai esperar Brant? — Olhei para Harry que estava encostado na porta.

— Vou com você. — Respondi colocando a mochila no ombro e descendo enquanto mandava uma mensagem para Brant avisando que não precisava passar para me buscar.

Fomos até a casa de Harry e topamos com sua mãe que ia para o trabalho. —  Lembrou que tem casa? — Perguntou para Harry o fazendo revirar os olhos. — Bom dia, querido. — Ela beijou meu rosto me abraçando.

— E eu? — Harry perguntou incrédulo ao ver que sua mãe não o deu 'bom dia'.

— Ganha beijinho quando aprender a arrumar a cama antes de sair. — Ela sorriu e entrou no carro logo partindo.

— Ainda nisso, pequeno Harry? — Perguntei caminhando por sua casa.

— Lhe mostro o pequeno. — Soltei um grito quando Harry me jogou por cima de seus ombros e saiu me levando até o segundo andar.

— Vai me derrubar, brutamonte. — Bati em suas costas. — Devia usar cinto. — Murmurei vendo suas calças frouxas. — Você tem um bumbum bonito olhando assim. — Apertei seu bumbum e Harry me jogou em cima da cama. — Bruto. — Xinguei e ele revirou os olhos indo se trocar.

Fiquei observando as fotos que estavam espalhadas por seu quarto, grande parte de nossa infância, em muitas delas eu estava. — Eu gosto dessa. — Me assustei com sua presença atrás de mim. — Foi quando o parque estava na cidade. — Acenei com a cabeça lembrando.

— Foi divertido. — Suspirei lembrando como tudo era mais fácil naquela época.

— Yep. Vamos? — Concordei e então descemos para ir à escola.

Horas depois.

Passei todo o dia com Harry, sextas eram meus dias preferidos, tanto por ter o fim de semana quando por ter todas as aulas com Harry. — Que tal sairmos hoje para alguma festa? É sexta, afinal. — Assenti lembrando que sexta passada ele nem queria me olhar o dia todo.

— Pode ser. Promete não me ignorar como semana passada? — Harry fingiu pensar e bati em seu braço.

— Ai, tô brincando. — Ele riu esfregando onde bati. — É claro que prometo, e já lhe expliquei porque fiquei daquele jeito. — Harry encostou sua testa na minha. — Agora vamos que é a última aula.

Essa próxima aula correu bem, estávamos saindo quando resolvi ir ao banheiro antes de ir para casa. — Não dá para esperar? — Harry franziu a testa.

— Não! Me espera no estacionamento, vou já. — Respondi e sai andando apressado.

Entrei no banheiro e fiz o que tinha de fazer, quando sai me surpreendi por Brant estar do outro lado do corredor me olhando.

— Oi. — Murmurei confuso.

— Oi, amor. Não falou comigo hoje. — Notei por seu tom que ele não estava feliz com aquilo.

— Bem, eu estive meio ocupado. — Dei minha desculpa para tudo.

— Eu estive observando o quanto ocupado estava com Harry. Sabe Louis, eu não gosto nada da amizade de vocês. — Franzi a testa. — Parece existir algum sentimento diferente de amizade da parte dele, e agora estive observando que tem de sua parte também.

— Está ficando louco? Somos apenas amigos. — Murmurei cruzando os braços.

— Você pensa assim, mas e ele? — Brant arqueou uma sobrancelha, eu não gostava do rumo que aquela conversa estava tomando.

— Pensa do mesmo jeito, agora se me der licença... — Murmurei caminhando para longe dele.

Cheguei no estacionamento e procurei Harry com o olhar, caminhei de cabeça baixa até ele e quando resolvi levantar a cabeça me arrependi, ele estava beijando Lindsay.

— Harry?!

We're Not Friends [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora