• 18 • don't be such a di*k

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🌻 Cameron Dallas 🌻

— Por que você deu um cachorro pra Bea de aniversário? Você sabe que o aniversário de vocês é só mês que vem né? — Disse minha mãe enquanto terminava de colocar a mesa do jantar.

Sierra estava com a gente essa noite então dona Gina nos mandou fingir educação e comer na mesa e não na cozinha enquanto dividimos o tempo entre o prato e o celular.

— Porque você não queria deixar eu ter um cachorro. O que é meio injusto já que Cameron e Sierra tem os deles. — Bea reclamou enquanto se sentava ao meu lado.

Sierra estava de frente pra mim enquanto minha mãe se sentava na frente da caçula.

— Deixa de ser chata tampinha. Com dois cachorros aqui ninguém queria mais um pra cuidar. — Disse Sierra e Bea deu a língua para ela.

— Eu juro que só dei porque ela tava enchendo a porra do meu saco. —Dona Gina me deu um olhar reprovador pelo palavrão. — Desculpa. Mas sério, eu não aguentava mais. Só quero só ver o que eu vou ganhar de presente. 

— Querido, o melhor presente que você poderia ganhar você já tem. Que sou eu como sua irmã. — Bea jogou seu cabelo para o lado e começou a piscar freneticamente enquanto todos na mesa riam da situação.

— O que vocês estão planejando fazer no aniversário de vocês? — Sierra perguntou.

Sim, eu e a Bea fazemos aniversário no mesmo dia. Acredite ou não. Mas mesmo eu sendo 2 anos mais velho que ela, a criatura foi nascer no mesmo dia que eu. Imagine o quão puto eu fiquei por passar meu aniversário somente com Sierra e meus avós, porque a mamãe estava no hospital entrando em trabalho de parto.

— Eu não faço a menor ideia, mas conhecendo o irmão que eu tenho precisa ser algo grande. — Bea revirou os olhos.

— Mas é claro maninha. É meu último ano aqui. Eu fiz um acordo e não só preciso como quero muito voltar em turnê quando tudo isso acabar. — Minha irmã murchou na hora.

— Sabe que eu ainda sou contra disso tudo. — Ela chutou minha perna por de baixo da mesa me fazendo encarar seu rosto visivelmente irritado. — Você e os meninos tinham que parar com o cu quieto aqui em Los Angeles. Que palhaçada.

— BEATRICE. — Minha mãe reclamou batendo com o copo na mesa.

— Não reclama garota. Eu estou seguindo meu sonho com as pessoas que eu amo. — Meu tom de voz se elevou sem que eu percebesse. — E não é como se eu nunca mais fosse voltar pra casa. — Acrescentei.

— Enquanto as outras pessoas que te amam precisam ficar sentadas em casa esperando qualquer notícia sua. Enquanto outra coisa poderia estar acontecendo com você em outro país? Eu chamo isso de egoismo. — O rosto de Beatrice estava vermelho de tanta fúria, e o meu parecia não estar diferente.

— Gente, eu acho melhor... — Sierra tentou dizer segurando a mão de Bea, que acabou ganhando um olhar reprovador da mesma.

— Beatrice, não finja que se importa comigo. — Seu olhar se voltou para mim novamente, eu poderia jurar que seus olhos estavam ficando marejados. — Olha quantos anos você passou fora de casa. Tudo por uma pessoa que nos abandonou pouco antes de você nascer.

— PAREM OS DOIS AGORA. — Minha mãe gritou e foi aí que eu percebi o que eu tinha dito.

Eu praticamente a culpei pelo nosso pai ter saído de casa. E por mais que eu estivesse chateado com ela, eu não deveria ter dito isso. Nunca.

Levantei da mesa sem terminar de jantar e saí de casa enquanto ouvia minha mãe me chamar e o choro de Bea sendo acalmado pela voz de Sierra.

🌻🌻🌻

Acabei me vendo indo parar batendo na porta dos Grier's. Eram quase 9h da noite, mas por sorte tia Liz não se incomodou por eu fazer uma visita aquela hora em um dia de semana.

Eu, Nash e Hayes ficamos jogando vídeo game enquanto os dois me obrigavam a contar o que tinha acontecido. De uns tempos pra cá eu tinha ficado péssimo em esconder meus sentimentos, ainda mais quando o sentimento em evidência era uma completa fúria.

— Você sabe que foi um completo idiota, né? — Hayes resmungou enquanto jogava o controle em cima de mim, assim que a partida terminou.

— Ai. — Gemi e joguei o controle de volta. — Eu sei, eu admito, mas eu estava de cabeça quente. E vocês sabem como eu sou quando fico assim.

— Primeiro. — Nash se levantou ficando de frente pra gente. — Isso não é desculpa e você sabe. — Revirei os olhos e o moreno apontou para mim e seu irmão. — Segundo: vocês dois são uns babacas. Acho que vocês já esqueceram que a Bea é minha melhor amiga e me conta tudo.

— E...? — Provoquei.

— Vocês estão de brincadeira só pode. — Nash respirou fundo, seu rosto estava mais vermelho que o normal e eu sabia que faltava muito pouco para ele perder a paciência. — Como você não percebe que sua irmã está mau pra caralho? O idiota do Hayes magoou ela e agora você? Eu não ia estranhar se ela não quisesse sair do quarto pela próxima semana.

— Você o quê, Hayes?

— Opa opa. Eu não fiz nada. — Hayes disse se levantando. — E você também errou, nem vem colocar a culpa em mim.

— Puta que pariu, mais lerdo que o Hayes só o Cameron mesmo. — Nash resmungou enquanto se jogava na cama.

O momento que se seguiu foi repleto de silêncio. A culpa caiu totalmente em minha consciência e eu sabia que uma hora ou outra precisaria pedir desculpas. Só não sabia como.

Levantei-me e me preparei para me despedir dos meninos.

— Onde você vai? — Nash perguntou quando cheguei até a porta.

— Eu preciso ir. Pensar em uma maneira de resolver as coisas. — Me virei para eles. — Vejo você depois, e Hayes fica longe da minha irmã. Te prometo, se eu descobrir alguma coisa vou descer o cassete em você.

Vi o mesmo engolir em seco antes de virar as costas e sair dali.

my favorite part • h. grierOnde histórias criam vida. Descubra agora