Capítulo dezesseis

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Não sei como tenho conseguido viver esses três meses longe dela,  todos os dias quando acordo eu oro pedindo que o dia acabe logo para que eu possa dormir e esquecer a dor que me aperta. Nunca fui muito intenso com relacionamentos eu tive quatro antes da Luana, mas nunca senti um terço por nenhuma delas do que sinto pela Luana.

Não consigo entender como o amor surge nem como ele cresce, mas o meu amor pela Lua é tão grande que não cabe dentro do peito. Eu amo aquela mulher, amo aqueles olhos castanhos e a forma como me olha, amo aquele sorriso e como ela gargalha, amo segurar suas mãos pequenas e macias, amo sentir seu corpo pequeno e frágil dentro do meu abraço.

Não sei como aquele poço de teimosia e determinação conseguiu me prender, mas sei que nenhuma mulher no mundo seria capaz de ocupar o espaço que é dela no meu coração. Ela é um caos total, uma tempestade na minha vida a bagunça que eu amo arrumar.

Sempre achei muito clichê ouvir os casais dizendo “minha vida não faz sentido sem você”, mas era exatamente isso que sentia, eu não conseguia imaginar minha vida sem aquele serzinho de 1,60 cm ao meu lado. Eu tentava lembrar da minha vida antes dela e projetar um futuro onde ela não estivesse, mas não faz sentido para mim.

-Já decidiu o que vai fazer? –Julio perguntou.

-Não sei não irmão, nunca estive mais confuso nessa vida. –disse.

-Eu não sei o que faria se a Helô me pedisse isso, mas acho que você tem que decidir isso o mais rápido possível. –falou.

-Porque diz isso?

-A Luana é uma das moças mais lindas que conheço, mais gentil e inteligente também não acho seguro deixá-la livre por ai.

-Mas ela me ama.

-Até quando Felipe? O amor não morre, mas se esfria.

***

-Tem uma moça lá na recepção querendo te ver. –A tenente Mel me falou.

Meu coração bateu mais rápido do que o normal e a esperança de que fosse a Luana me invadiu com euforia.

-Estou indo! –disse terminando de entregar uns relatórios de uns casos para o delegado.

Fui quase correndo pela recepção até encontrar ela parada lá, ela continuava linda talvez uma das mulheres mais linda que tinha visto na vida. Seus olhos pararam no meu e ela sorriu ela era deslumbrante e encantadora, mas não era minha Lua.

-Oi Cris está tudo bem?. –Perguntei curioso.

-Tudo ótimo campeão estava passando por perto e vim te levar para almoçar caso esteja livre.

-ótima companhia. –disse sincero. –Estava mesmo de saída para almoço.

Fomos conversando até o estacionamento da delegacia onde peguei meu carro e dirigi para o restaurante mais próximo dali. Eu estava tentando seguir adiante mesmo que durante o dia eu me perdesse no meio das conversas e situações ao lembrar da Luana e das conversas mais bobas que a gente tinha que talvez ninguém entendesse além de nós dois.

-Felipe! Terra chamando Felipe! –A Cris acenava na minha frente.

-perdão o que houve? –Perguntei voltando dos meus devaneios.

-Mas atenção policial Maia. –disse rindo.

-Já sabe o que vai escolher? –perguntei desconversando.

Ela fez o pedido e ficamos conversando por algum tempo. Ela era uma pessoa agradável e legal de conversar, mas nada que se comparasse a sintonia com a Lua, nós ás vezes nem falávamos nada apenas no olhar um entendia o outro;

Os Riscos de amar  VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora