capitulo 1

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Ano letivo começando, encrencas começando e nada de namorados novos. Por favor, Deus. Sem isso.

Acordo com o filho da puta do despertador tocando. Corro pro banheiro e faço minhas belas ingienes matinais. Como eu não sou obrigada a nada, não fiz nenhuma maquiagem ou algo do tipo meu coque bagunçado tá de bom tamanho.

Desço as escadas, ouvindo a voz irritante dá vadiazinha da minha irmã e cheiro adorável da comida da minha mãe. Sento- me junto á eles e pego minha panquecas. Nossa como eu amo panquecas.

- Coma devagar, você vai se engasgar- avisou minha mãe rindo baixo.- Aliás, você está atrasada. Quer carona?

- Se eu disser que não você acredita?- brinquei bebericando meu suco.

- Vamos logo, eu tenho dentes para tratar- pegou sua bolsa e a chave do carro e deu um selinho em meu pai- Leve Júlia para escola.

- Sério tem cada macho esse ano- disse Emma, minha melhor amiga e louca por macho, mordendo seu lábio inferior.

- Chega manteiga derrete- brincou minha outra melhor amiga, Bia. Nós gargalhamos.

- Silêncio mocinhas- nos repreendeu, mas logo ficou surpresa- Vocês? Não acredito. Já bastava ano passado.

- Digo o mesmo. - respondeu Emma.

- Ninguém merece - resmungou a Bia.

- Meninas se controlem!- avisei as elas que suspiraram mas, logo se acalmaram. Por mais que eu não levasse desaforoso pra casa, não queria arranjar encrenca com a professora.

- Controle essas mau educadas, Mel- retrucou a professora. Meu bem fale de mim mas, não dos meus insetos

- Primeiro, quem começou aqui foi você. Segundo... Ah é não tem segundo- falei e as meninas gargalharam.

- Calem a boca! Eu não falei que vocês iam me dar trabalho- disse fazendo um pequeno drama e puxando eu e as meninas- Diretoria agora.

- Nós sabemos o caminho- respondeu Emma puxando o braço e logo eu e Bia fazemos o mesmo.

Como estávamos com a razão, nos nem levamos muito bronca, só um aviso para levarmos para nossa mãe. Só que não vamos dar a elas. Claro. Será que é errado? Não, claro que não!

- Vamos passar na sorveteria? - perguntou a Bia

- Se tiver macho- respondeu a Emma com um sorriso malicioso.

Graças a Deus, a sorveteria não é muito longe. Andar não é meu forte, sinceramente eu preciso começar a ser fitnes. Como de costume eu pedi meu glorioso e abençoado açaí.

- Como isso tá maravilhoso- disse comendo mais outra colher generosa.

- Açaí deveria ser pecado.- disse Bia.

- Pecado deveria ser aquele garota ali- disse Emma apontando discretamente para um garoto, que estava comprando algo na recepção. E puta que pariu. Que gostoso. Foco, Mel, foco.

Ele tinha cabelos castanhos escuros e os fios teimosos caiam sobre seu rosto o que deixava ele lindo. Seus olhos azuis combinavam com ele, e quando ele sorriu para mim. Pera aí... Ele sorriu para mim? Socorro! Eu estava o observando esse tempo todo. Ele deve ser percebido, mas que merda, Mel.

Tentei disfarça que estava o olhando mas, era quase impossível com aqueles olhos azuis me fitanto.

- Gente, por favor. Vamos embora. Agora! - falei já me levantando.

- Mas, eu nem terminei- resmungou a Bia.

- Logo, quando aquele garoto chegou- Disse Emma fazendo bico.

Cadê você estou aqui na sua casa. Preciso de você para encontrar meu amigo, Diogo. Li a mensagem e agradeci mentalmente por James ter me mandado. Aquilo será minha desculpa.

Tô na sorveteria. Respondi e vi que ele visualizou.

- James está precisando de mim. Disse que está procurando um amigo.

- Tabom, então. Vá pagar- respondeu Emma

- O garoto ainda tá na recepção? - perguntei como quem não quer nada.

- Você quer ele?- perguntou Emma.

- Não sua idiota, é porque eu tava olhando para ele e... Sabe ele percebeu.- respondi meio sem jeito.

- Pode ir ele não está lá- afirmou Emma. Mas, quando me virei ele estava lá, até pensei em não ir. Mas, ele já tinha visto, apenas caminhei até lá e entreguei o dinheiro junto com o papel a recepcionista. Quando ela foi em direção a uma pequena sala ele falou algo.

- Gosta de observar as coisas?- perguntou.

- Tenho olho para isso, ué.- disse o óbvio- Mas, não estava olhando para você, além do mais, é que não me pagam para isso.

- Opa! Eu não citei que você estava me olhando, tirou sua próprias conclusões, gatinha.- ah, filha da puta!

- É melhor você calar essa sua boca. Se não quiser que eu pule essa mesa e pegue aquela faca- disse apontando para o objeto.

- Carai, que mina louca!- disse e gargalhou, que gargalhada gostosa.

- Vamos, Mel- chamou Bia. Eu te amo, Bia.

- Que pena que você já vai- dramatizou- Tchau.- disse e meu deu um selinho. Eu fiquei um pouco sem reação, mas logo chutei seu amigo, e dei um tapa no seu braço. Antes que eu pudesse o bater mais. Ele segurou meus braços me levou para fora da sorveteria e me beijou.

No começo eu recusei, mas logo fui sentindo seus lábios macios e retribuí. Ele pediu passagem com a língua e eu concebi, logo eu ia conhecendo cada canto da sua boca. Que puta beijo!

- CARAI, DIOGO! - gritou uma voz que eu bem conhecia. James, meu melhor amigo e eu estava beijando o seu amigo.

- EU SHIPPEI- gritou Emma.

Eu. Tô. Fudida.

Amor Demais Pra Ser VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora