I Put A Spell On You - Anastásia e Christian

Capítulo 32

Anastasia Steele

-O que essa moça escandalosa quer com Christian? -Grace perguntou olhando para a porta.
-A senhora não a conhece?
-Não! Você é a primeira mulher que Christian levou para casa.
-Sra. Grey. Leila Willians quer ver seu filho Christian. Ela tem permissão? -um enfermeiro perguntou.
-Eu não sei quem ela é. E acho que meu filho não quer vê-la -ah, Grace, eu espero que não.
-Eu vou perguntar para ele. Tudo bem?
-Ok querida. Pode ir.

Eu saí da recepção e fui para o quarto de Christian, meu sangue está fervendo, quem é aquela mulher ridícula? Não bati na porta e apenas entrei, ele acordou assustado e sorriu para mim:

-Oi baby!
-Agora não, Christian. A questão aqui é quem é Leila, e porque ela está aqui igual louca gritando seu nome na porta da recepção? -ele me olhou assustado, abriu a boca para falar e depois fechou, ele balançou a cabeça e disse:
-Ana...Ela foi uma amiga...
-Amiga, Christian?
-Uma amiga um pouco, íntima...Nós saímos por alguns meses, mas terminamos a quase um ano, e ela ainda me persegue. Eu não sei o que ela está fazendo aqui, não há mais nada entre nós, eu juro. Eu sou só seu. E eu não quero vê-la, mande ela ir embora, por favor -eu respirei fundo. Ótimo, ele não quer vê-la.
-Tudo bem -eu me aproximei da porta para sair do que quarto.
-Ana... -eu me virei e ele estava com o braço estendido, eu me aproximei e peguei sua mão -Eu não sei o que ela quer comigo vindo aqui, mas ela não vai conseguir nada. Eu te amo, e sou inteiramente seu -me aproximei e dei um beijo em seus lábios. Sorri e sai do quarto. Grace estava em pé me esperando:

-E então?
-Ele falou para mandarmos ela ir embora.
-Ela não está com a cara de que quer ir embora.
-Eu sei.
-Quem ela é?
-Uma ex "namorada".
-Entendo. Que bom que é uma ex, porque nunca vi uma pessoa tão sem classe igual essa garota. Ele falou mais alguma coisa?
-Disse que ela está perseguindo ele, querendo voltar. Mas eles terminaram a quase um ano. O que você disse, sobre eu ser a única namorada dele que você já conheceu é verdade?
-Claro, Ana. Eu não mentiria para você sobre nada -ela disse segurando minha mão -Você é muito especial para meu filho, para mim e para minha família. Eu não quero que nada nem ninguém estrague isso. Vou resolver esse assunto agora mesmo.

Eu sorri, Grace soltou minha mão e foi falar com os seguranças e com os enfermeiros. Eu me sentei, mas meu telefone tocou e eu levantei novamente. Minha mãe está ligando, lembrei que ela tinha ido para Portland e quis ignorar, mas não pude, então atendi:

-Oi mãe...
-Oi minha filha. Como estão as coisas aí?
-Está tudo bem. Ele acordou hoje, vamos embora amanhã...
-Que maravilha, querida. Eu só queria te dizer que estou em Portland.
-Eu sei.
-Como? -ela fez uma pequena pausa e continuou -Bom, não importa. Eu vim ver José e o pai dele. Tudo bem para você?
-Se você realmente se importasse com a minha opinião não teria ido.
-Ana, não fale assim.
-Eu tenho outras coisas para fazer mãe. Então por favor...Eu não preciso disso, ainda mais agora.
-Ok Ana. Desculpe. Eu vou voltar para Seattle, pegar minhas coisas e vou voltar para casa.
-Eu preciso ir agora mãe. Tchau.
-Ana...

Eu desliguei antes dela terminar de falar. Não é possível que ela tido essa falta de consideração comigo e com Christian. Eu me sentei e olhei para o lado, Grace voltou com dois copos de café e me entregou um:

-Obrigada. Resolveu o problema?
-Sim. Ela foi embora, mas foi difícil. Está tudo bem?
-Minha mãe...Criou um novo problema para mim.
-O que foi?
-Não quero que a senhora fique chateada...
-Pode falar, Ana.
-Ela foi para Portland ver meu ex. E nós acabamos discutindo por conta disso.
-Ela não gostou de Christian?
-Até demais -eu disse sorrindo, lembrando do modo que ela ficou após conhecê-lo no dia do acidente -Mas eu não sei o que aconteceu. Sinceramente, só sei que eu fiquei muito chateada com isso.
-Ela gostava dele, Ana. É normal. Assim como eu gosto muito de você... Você entende? -eu sorri e assenti -Então, querida. Você pode não ter gostado, mas ela não pôde evitar.
-Onde está Mia?
-Eu não faço ideia. Mas ela deve estar por aqui. Kate virá mais tarde para ver Elliot?
-Sim. Acho que por volta das 18h. Ela vai ter que trabalhar por mim agora. Eu não posso deixar Christian, ele vai precisar de ajuda.
-Muito obrigada por ficar com ele. Ele vai amar, e eu ficarei muito mais tranquila.
-Eu preciso avisar a Taylor o horário que iremos embora.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem de texto para ele:

Ana: Olá Taylor, Christian receberá alta às 11h. Estaremos esperando você -A.

Taylor: Estarei aí, senhorita Steele.

Taylor: Quero dizer, Ana. Até amanhã.

Mia apareceu correndo e parou diante de mim e Grace. Ela beijou meu rosto e depois o da mãe e disse:

-Desculpe mãe e Ana. Eu tive que sair para buscar Kate -Kate entrou atrás e abraçou a mim e Grace.
-Meu carro quebrou -ela disse revirando os olhos -E eu não quis te ligar porque você devia estar indo para a casa dos Grey -ela chegou mais perto e sussurrou -Que é meio longe, né?
-Nós resolvemos isso depois. Vá ver Elliot.
-Eu já volto -ela me deu um beijo e saiu.
-Grace, Mia, vou para o quarto de Christian. Nos vemos daqui a pouco?
-Sim. Vamos ver Carrick e falar com o dr. Spencer -dei um beijo nos rostos delas e fui até o quarto de Christian:

-Eu estava esperando você voltar, baby.
-Eu resolvi seu problema... -ele olhou para baixo, não sei dizer se estava envergonhado, chateado ou agradecido. Mas não me importei muito -Nós vamos embora amanhã!
-Que bom. Eu não aguento mais ficar preso aqui.
-Bom, agora você vai ter que ficar preso comigo.
-Eu não me importo -ele disse, eu me aproximei e o beijei, mais profundamente do que das últimas vezes. Parei com medo de machuca-lo, mas é claro que eu queria mais.
-Taylor vai vir nos buscar. E eu vou ficar com você, até se sentir melhor.
-Eu quero ficar assim para o resto da vida -ele disse, se referindo as costelas quebradas e as dores no corpo.
-Nem brinque com isso -eu disse em reprovação -Mas eu vou ter que cuidar de você por pelo menos um mês. Mas eu também não me importo com isso. Quero que você fique bem.
-Obrigada...Por estar fazendo isso por mim.
-Eu te amo. E não importa o que aconteça eu vou estar sempre ao seu lado -dei um beijo em seus lábios e depois em sua testa.
-Eu te amo muito mais, Ana.
-Você quer alguma coisa? -eu perguntei.
-Eu estou com fome.
-Eu vou pegar alguma coisa para você. Já volto -dei um beijo em seu rosto, e fui atrás de um enfermeiro para me informar. Quando voltei para recepção dei de cara com minha mãe e José. Eu os ignorei por alguns segundos enquanto falava com uma enfermeira simpática. Eles se aproximaram mais e minha mãe tentou beijar meu rosto, mas eu desviei quando Grace me chamou:

-Querida. Christian pediu para... -ela interrompeu quando viu minha mãe e José -Olá Carla. E você é?
-Eu sou José. Ex noivo de Anastasia. Eu dei uma carona para Carla.
-Muito bem -Grace disse, me olhando.
-O que Christian pediu, Grace?
-Para você ligar para Taylor trazer a "sopa de sempre" que Gail faz.
-Claro. Eu vou ligar. Você sabe como eu posso pegar meu carro na sua casa?
-Fale com Taylor, ele vai saber como. É só isso, querida. Obrigada. Tchau Carla, adeus José -Grace deu um curto abraço em minha mãe, um aperto de mão em José e um beijo suave em meu rosto, e depois depositou sua mão nele -Você é um anjo para nós, Ana. Principalmente para meu filho. Nós amamos muito você.
-Eu também amo muito vocês -coloquei a mão em cima da sua em meu rosto, e depois dei um beijo nela. José e minha mãe estavam encarando nossa conversa e eu finalmente pude me dirigir a eles e perguntei calmamente -O que vocês vieram fazer aqui?
-Eu vim para dizer tchau, José está me levando no aeroporto. Me desculpe pela situação, filha. Nos veremos mês que vem?
-Eu não sei, mãe. Vou cuidar integralmente de Christian até ele ficar 100%. E depois vou dividir meu tempo entre ele e a editora.
-Tudo bem. Obrigada por me receber, mesmo que de surpresa -ela me deu um abraço, e depois esperou eu falar com José.
-Tchau tchau Ana. A gente se vê por aí.
-Tchau José -demos um aperto de mão e os dois saíram. E eu nunca me senti tão desconfortável.