Romântico Anônimo

Ten

*Jennifer*

Já haviam se passado mais de três meses desde que comecei a conversar com o anônimo... Ele ainda não me dera dicas sobre quem era. A curiosidade já estava me matando.
Eu e Josh nos aproximamos mais nesse tempo... E devo dizer que meu coração está dividido entre uma pessoa sem rosto – para mim –, o anônimo e entre Josh, uma pessoa que eu conheço desde minha infância.
Saio de meus devaneios quando finalmente o sinal para o intervalo toca.

— Oba! Recreio! - Exclamo animada.

— É intervalo Jenny, você não é mais uma criança. - Fala Josh.

Torço o nariz e lhe dou a língua.

— Se eu quiser eu falo "Hora Do Lanchinho" - Faço aspas com os dedos.

— Aí tá bom, ooooh hora do lanchinho. - Fala dando risada.

— Para de graça. - Digo ríspida. - Vamos logo que estou com fome.

— Acho que alguém aqui está de TPM. - Cantarola, rindo.

Mostro-lhe o dedo do meio.

— TPM tua mãe, seu vadio. Vamos, estou com fome.

— Novidade, né?

Travo o maxilar e serro minha mão em um punho, olho para ele, fuzilando-o.

— Tá bom, tá bom... Não está mais aqui, quem falou. - Ergue as mãos em sinal de rendição.

— Pare de ser trouxa e ande logo.

_|||_

As aulas do dia acabaram, graças a Deus! Finalmente fim de semana.

— E aí... O que vai fazer hoje? - Pergunta Jena, minha amiga da aula de química, biologia e filosofia.

— Não faço a mínima ideia. - Respondo.

— Que tal irmos a festa na casa do Sam?

— Não estou afim de ir a festas hoje. - Falo sem animo.

Ela solta um muxoxo.

— Por favor... Vamos comigo, Jenn...?

— Da última vez, você me deixou sozinha e foi se atracar com um garoto qualquer, Jena! Bela amiga você...

Ela revira os olhos.

— Da penúltima vez você ficou tão bêbada que quase fez um strip na frente de todo mundo! - Acusa.

— Esse é mais um dos fatores para que eu não vá... Se eu não for, eu não irei ficar bêbada.

Ela revira os olhos novamente e sussurra algo como: "Merda".

— Então, não... Eu não vou.

— Por favor, Jenn... Você está sempre me trocando pelo tal anônimo... Faz um tempão que não saímos juntas para nos divertir. Tudo por causa do infeliz do anônimo.

Minha vez de revirar os olhos. Franzo o cenho e procuro uma boa resposta. Mas por não ter uma resposta tão boa, logo me dou por vencida.

— Tá, tá bom... Nós iremos a essa maldita festa...

— Eba!