Uma Espinosa 2\\ J.Johnson

*Discussão...Beijo*

-Tu ainda gostas dele? -perguntou depois de um tempo em silencio.

-Q-Que? -gaguejei.

-Tu ainda o amas, Ema? -perguntou com um tom de voz mais elevado.

-Porque? -perguntei sem responder á sua pergunta.

-PORQUE SE CALHAR JÁ ME DISSESTE QUE NUNCA IRIAS PERDOAR O PAI DA TUA FILHA POR SE TER ESQUECIDO DE VOCÊS... PORQUE EU TENTEI MILHARES DE VEZ QUE ME DEIXASSES ASSUMIR A PATERNIDADE DA SOH E TU SEMPRE ME DISSESTE QUE NÃO... PORQUE EU SEMPRE FUI APAIXONADO POR TI E TU NUNCA LIGASTE A ISSO... E AGORA A SOH CHEGA A CHAMAR DE PAI A UM GAJO QUALQUER QUE SE CALHAR NUNCA TE AMOU, NEM A TI NEM A ELA E QUE NUNCA IRÁ AMAR. -ele grita comigo e eu fecho os olhos para tentar travar o choro.

-PRIMEIRO, EU PERCEBI QUE A CULPA NÃO FOI DELE, PORQUE TAL COMO ACONTECEU COMIGO ELE PERDEU A PORRA DA MEMÓRIA NUM ACIDENTE DE CARRO... SEGUNDO, EU NUNCA TE DEIXEI ASSUMIR A PATERNIDADE DA MINHA FILHA PORQUE TU NÃO ÉS O PAI DELA E PORQUE NÃO TENS QUE ASSUMIR UMA FILHA QUE EU TIVE COM 19 ANOS PORQUE NÃO TIVE CONSCIÊNCIA DE USAR PRESERVATIVO... TERCEIRO, EU SEMPRE TE FUI SINCERA QUANTO AOS MEUS SENTIMENTOS, CHAD, EU NUNCA TE DEI ESPERANÇAS DE NADA. -grito e ele olha-me surpreso pois um nunca tinha gritado com ele- E SE ELE ME AMOU OU NÃO, NÃO É PROBLEMA TEU. SE ELE ME IRÁ AMAR OU NÃO, TU NÃO TENS NADA A VER COM ISSO. E TU NUNCA MAIS DIGAS QUE ELE NÃO AMA A PRÓPRIA FILHA PORQUE SE NÃO VOU SER OBRIGADA A TATUAR A MINHA MÃO NA TUA CARA.

-Em's, eu peç... -eu interrompo-o.

-NEM ME VENHAS COM ''EM'S'', TU VAIS SAIR DA MINHA CASA AGORA. -grito e aponto para a saída da cozinha.

-Mas, Ema... -eu não o deixo terminar.

-SAI. -grito já com as lágrimas a escorrer.

-Eu saio, mas quando perceberes que tudo o que eu te disse é verdade, não procures por mim. -ele diz entredentes e sai de casa e bate com a porta.

Deixo-me deslizar com as costas na bancada e encolho-me, abraçando as minhas pernas e permito-me chorar.

Sinto alguém sentar-se ao meu lado, mas não olho... Odeio que as pessoas vejam a minha cara de choro, pois ela fica toda vermelha e inchada.

-Hey, Em's. -ouço um voz que reconheço ser de Cam.

Sem dizer nada abraço-o fortemente e choro no seu peito.

-Estou tão desiludida, Cam. -digo entre soluços.

-Eu sei, pequena. -ele diz e acaricia o meu cabelo.

-Foi ele quem me apoiou em tudo, desde que me mudei para N.Y. com a Soh. -digo e Cam levanta o meu rosto, depositado um beijo na minha testa.

-Ás vezes, até mesmo as pessoas que mais nos apoiaram no passado nos desiludem. -ele diz e eu suspiro.

-Eu sei, Cam. Mas nunca esperei que ele me desiludisse esta maneira. -digo e ele abraça-me forte.

-Vem, vamos descansar. Amanhã temos que acordar cedo. -ele diz-me e puxa-me pelo pulso até ao meu quarto.

Como ele sabe qual é o meu quarto?

-Toma um banho e deita-te, estás com fome? -ele pergunta e eu assinto- Vou preparar alguma coisa para comeres. -Cam diz e sai do meu quarto.

-Mas que merda? -murmuro e vou até á minha casa de banho, tomo um banho quente e enrolo-me numa toalha.

Saio da casa de banho e vejo que Cam está sentado na minha cama com uma bandeja de comida na mesa de cabeceira.

Ele olha-me e eu coro.

-E-Ema eu p-peço... -ele gagueja.

-E-Eu que peço d-desculpa, C-Cameron. -merda, porque estou assim? Ele é meu amigo.

Quando estava a entrar no closet, sou levemente puxada e quando me viro estou a centímetros de distancia do Cameron... Melhor dizendo, da sua boca.

-C-Cam, o-o q-que... -ele interrompe-me.

-Peço desculpa, por isto. -ele diz e beija-me.

Foi um beijo calmo mas quente. Ele tinha as suas mãos na minha cintura e eu tinha um braço em volta do seu pescoço e outro a segurar a toalha.

Eu não sei o porque de ter correspondido ao seu beijo, ele é meu amigo e bem gost... O QUE É ISSO EMA LEE ESPINOSA? TU ESTÁS A BEIJAR UM DOS TEUS MELHORES AMIGOS E UM DOS MELHORES AMIGOS DO PAI DA TUA FILHA. 

Mas porque estou a pensar no Johnson? Lá por ele ser o pai da minha filha, não quer dizer que eu não possa ficar com mais ninguém.

O beijo é parado por falta de ar e sinto Cam encarar-me.

Os nossos olhos encontram-se assim que o olho e um sorriso é formado no rosto de cada um.

-Eu peço desculp... -não o deixo terminar e beijo-o novamente.

-Tudo bem, Cam. -digo sorrindo e vou até ao closet e visto o meu pijama.

Volto ao quarto e deito-me Cam que está deitado ao meu lado e coloco a minha cabeça no seu peito e abraço a sua cintura, fazendo o mesmo me abraçar de lado.

-Obrigada, Cam. -digo já com os olhos fechados e quase a cair no sono.

-Estarei sempre aqui, quer precises ou não. -esta é a última coisa que eu ouço antes de adormecer.