*Suicídio*

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Acordei na manhã seguinte com uma dor de cabeça enorme, isto acontece-me quando choro a noite inteira.

Levanto-me a muito custo e dirijo-me á casa de banho do quarto, tomo um banho e visto-me.

Levanto-me a muito custo e dirijo-me á casa de banho do quarto, tomo um banho e visto-me

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Saio do quarto e desço pelo elevador, chego á entrada do hotel e lá vejo os meninos.

Ignoro e pego na minha filha.

-Bom dia, amor. -digo e beijo a sua testa.

-Bom dia, mamã. -ela diz e dá-me um selinho.

Sempre achei este seu gesto super fofo.

-Onde vamos? -perguntou enquanto eu andava até á sala de refeições com todos atrás.

-Vamos comer, para depois a mamã ir falar com o tio Jand enquanto tu brincas com o titio Gabe, pode ser? -pergunto e ela assente feliz.

Chegamos e eu sento-me numa mesa que de para todos se sentarem e assim eles o fazem.

-O que vais querer amor? -pergunto.

-Uma salada de frutas, mamã. -ela pede sorrindo e eu assinto.

Levanto-me e vou até ao balcão pegar as taças.

Volto para a mesa e encaro Soh que está com o meu telemóvel nas mãos.

-O que a pestinha pensa que está a fazer? -pergunto a rir e todos nos encaram.

-Alguém te ligou mamã. -ela diz e entrega-me o aparelho para as mãos e começa a comer.

Retorno a chamada e assim que atendem fico em choque.

Chamada on~

-Filha? -ouço a sua voz e lágrimas começam a escorrer pela minha face.

-O-O q-que q-queres? -gaguejo e todos me olham confusos.

-Eu preciso da tua ajuda. -ela diz e eu rio irónica entre lágrimas.

-Tu estás louca ou andaste a beber? -perguntei com raiva.

-Ema, por favor... pensa em mim -ela diz e ouço um soluço da sua parte.

-Tu por acaso pensaste em mim quando me abandonaste á 6 anos atrás? -perguntei com milhares de lágrimas.

-Eu sei que estás em Paris, por favor vem ter comigo á Torre Eiffle daqui a uma hora. -ela diz e desliga.

Chamada off~

Pouso o telemóvel na mesa ainda a chorar e encaro as minha mãos.

Elas estão trémulas e a minha respiração descompassada.

Estes ataques de novo não.

-Ema? -ouço uma voz distante- Ema? -volta a chamar mas eu apenas consigo olhar para as minhas mãos- Ema, acalma-te. -a voz pede e vira a minha cara na sua direção e logo encontro os seus olhos azuis... Johnson.

-J-Ja-ck. -gaguejo e ele abraça-me.

-Hey, eu estou aqui, acalma-te. -ele pede e as vozes estão a voltar ao normal.

Uns minutos depois, continuo no seu abraço, mas já estou mais calma.

-Achas que me podes explicar o que se passou? -perguntou sereno e eu olhei para o meu telemóvel- Quem te ligou? -ele perguntou assim que dirigiu o olhar para o meu telemóvel.

-A... Liz. -sussurro e ele arregala os olhos.

-O que ela queria? -perguntou e pegou nas minhas mãos que ainda estavam a tremer.

-Porque estás a ajudar-me? -perguntei a chorar- Eu fiquei com um dos teus melhores amigos, mas tu mesmo sabendo disso ajudas-me? -sussurro e ele olha-me.

-Eu preocupo-me contigo, Ema. -ele disse e eu abaixei o olhar para as nossas mãos.

-Mas não devias. -digo e levanto-me- Cuida da minh... nossa filha, eu tenho que ir resolver um assunto. -peço e sem esperar resposta vou até ao exterior do hotel.

Pego um táxi e vou até á famosa torre da cidade do amor.

Ao chegar ao cimo da mesma eu encontro aquela que me abandonou a mim e aos meus irmãos á 6 anos.

-O que queres de mim? -perguntei e ela virou-se.

O seu rosto está desfigurado, ela está num estado lastimável... ela já não é mais a mesma.

-Quero que assistas ao meu fim. -ela disse e eu olho-a confusa.

-O-O que q-queres dizer c-com i-isso? -gaguejo nervosa.

-Eu lutei por ti, mas tudo foi em vão. -ela diz e lágrimas já se formam nos meus olhos- Eu queria que tudo tivesse sido diferente, eu juro que queria. -ela diz e ambas já choramos- Mas ambas sabemos que nunca ninguém irá dar valor, nem mesmo tu ou eu. -ela recua uns passos e empoleira-se nas traves e passa para o outro- Eu espero que um dia me perdoes, por tudo. Espero que nunca te esqueças que eu te amo. E por favor, diz aos teus irmãos que eu nunca os deixarei de amar.

Por fim ela solta-se e eu corro para lá, vejo que já é tarde de mais para segurar e a última coisa que eu vejo é ela cair lá em baixo. 

Logo desmaio.

Uma Espinosa 2\\ J.JohnsonOnde histórias criam vida. Descubra agora