-Capítulo 5-

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Era um espaço totalmente branco, sem cor e sem vida. Emma não sabia por que preferiria aquele lugar para fazer as sessões do que o lugar cheio de cor do psicólogo Emanuel. Era naquele lugar que ela se encontrava, que sentia sensações estranhas, que ela finalmente se conhecia.

O Psicólogo João era uma pessoa bastante inteligente, e fazia Emma pensar em mil coisas que aconteciam na vida dela, por exemplo, se ela era uma pessoa introvertida ou extrovertida, se estava mesmo apaixonada, se era louca, de tudo ele fazia para ela pensar, pensar e repensar.

—Eu não consigo entender como ele pode não gostar de mim, eu sou loira, branca, com tudo em cima, tudo empinado e duro e ele prefere aquela parda que parece um monstro e tem um cabelo de tigela. O que você acha de tudo isso? — perguntou Emma sentada com um vestido preto em uma cadeira conversando com seu psicólogo, João.

— Pelo o que você me disse, ele não gosta de você e sim de outra.

— Não ele me adora, ele nunca me fala eu te amo, mas eu sei que no finalzinho ele me ama.

— Sabe Emma, você não está ameaçando ele a gostar de você, né?

— Não literalmente, tipo eu já fingi gravidez, já ameacei ele de morte, de sequestro de mãe, mas ele está comigo porque gosta verdadeiramente de mim.

— Eu acho melhor você deixar ele em paz, dá para perceber que o Damon não te ama, você tem que literalmente cair na real — mesmo que João falasse isso mil vezes, Emma nunca seguiria seu conselho, todos sabemos disso.

— Sabe eu tive uma ideia, uma ideia boa, obrigado João, mas eu amo o Damon, e nunca irei deixar ele partir com outra.

— Emma se você fizer alguma coisa fora da caixinha, você pode se arrepender, você sabe muito bem o que você já fez para ter um cara que não te ama.

— Ele me ama, só está confuso, aquela louca fez isso com ele.

— Ela não fez nada, ele a ama.

— Ele não a ama, não vou ficar discutindo besteira com você, preciso ir tomar um café e pensar um pouco.

— Por favor, não faça nada de ruim a ele — disse João enquanto Emma colocava sua blusa de frio e saia do escritório.

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Será que Tess e Alaska vingariam a morte de seu melhor amigo? A única pergunta que estaria na minha cabeça é se elas teriam coragem de matar alguém por ter matado outra pessoa? Ficou confuso? Mas é importante saber que Tess e Alaska foram até Stefane à louca do cantinho, Agora imaginem trovões passando.

— Oi Stefane tudo bem com você? Eu sou Alaska e ela é Tess — falou Alaska enquanto se arrepiava com a aparência estranha de Stefane. Stefane era uma mulher magra que adorava sentar na sua cadeira de balanço e ficar no canto do manicômio. Seus cabelos longos sempre cobriram seu rosto, e até hoje ninguém nunca viu o rosto da mesma.

— Eu sei quem vocês são, quer dizer, nunca perco uma aula de galinha pintadinha.

— Que bom, nosso amigo era líder daqu... — dizia Alaska quando foi interrompida por Stefane, que agora, parecia estar falando sozinha.

—Você não pode falar! Ah posso falar sim! Não pode não, eu irei revelar! Pare-te falar!Para te falar você!—dizia Stefane enquanto mexia sua cabeça rapidamente, parecendo que tinha na verdade duas Stefanes.

—Stefane?—Alaska abriu os olhos, enquanto via a cena de Stefane batendo na própria cabeça na parede do cantinho.

—Vamos sair daqui doidona!—dizia Tess enquanto corria com Alaska.

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