Capítulo 1

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Olá!
Cá estamos com mais uma história novinha em folha.
Ela já foi postada por completo aqui em meados de 2017 e conforme fora avisado, foi apagada parcialmente em dezembro de 2017, ficando apenas para DEGUSTAÇÃO.

A história está disponível completa no site da amazon.com.br.
Copie e cole no seu navegador o link: https://www.amazon.com.br/dp/B072JY2HFC 
Ou entre no site da amazon.com.br e procure pelo nome do livro.
No momento está disponível por R$2,99 e de graça para quem assina o kindle unlimited.

Beijos amores :)

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[Vivian]

Era sábado, em torno das vinte e três horas e eu e a Isa estávamos no meio da pista de uma famosa balada da cidade onde morávamos. Dançávamos como se não houvesse amanhã, apesar de meus pés doerem muito. Eu vestia uma calça jeans escura e botas altas e sem salto, pois não ariscaria usar um salto em um lugar que eu não pudesse sentar por mais de trinta minutos. Já a Isadora calçava saltos altíssimos, mas também, com o peso dela, eu andaria até de cabeça para baixo na maior tranquilidade.

Isadora é minha melhor amiga desde que eu me entendo por gente. Morávamos no mesmo prédio quando éramos crianças e nos conhecemos com uns seis anos de idade, época em que meus pais ainda estavam juntos e felizes. Quando eu tinha onze anos, minha mãe faleceu e após dois anos morando com meu pai, ele fora para outra cidade e eu preferi ficar com meu irmão, dez anos mais velho que eu, e sua esposa, a Dani.

Eu e a Isa somos o oposto em todo e qualquer aspecto. Para começar, a aparência: Ela é loira, alta e magra, muito magra. Seus olhos são claros, em um azul da cor do céu e ela esbanja charme e simpatia por onde passa. Não tem uma pessoa sequer que não conheça Isadora Garcia. No fundo a gente se completa. Eu sou o que ela precisa para ter uma vida balanceada e ela é o que eu preciso para animar meus dias.

Eu sempre fui tímida e introvertida, e após a morte de minha mãe eu entrei em depressão. Nessa época meu irmão já namorava a Dani e não demorou muito para eles fossem morar juntos. Meu pai também ficou bastante deprimido e quando a empresa de telefonia, cujo ele trabalhava como engenheiro elétrico, ofereceu uma vaga fora da cidade, ele decidiu aceitar. Eu não queria ir. Nós nunca fomos tão próximos e eu não conseguiria deixar a Isa e o Victor, então surgiu a oportunidade de ir morar com ele.

Fui uma criança acima do peso, mas não chegava a ser de forma exacerbada, porém isso se agravou com a depressão. Eu apenas queria comer tudo o que pudesse e depois dormia o restante do tempo, somente para não ficar pensando na morte da minha mãe. Quando enfim consegui me recuperar dessa depressão, já com quase quinze anos, o estrago havia sido feito. Decidi que iria as consultas com a psicóloga apenas uma vez por mês e não precisava mais tomar meus antidepressivos ou remédios para dormir. E como consequência da doença, engordei muitos quilos e me tornei uma pessoa totalmente retraída com os outros.

No ensino fundamental eu já sofria bullying e só piorou com o passar dos anos. Até consegui perder algum peso um tempo depois, mas nada que ficasse com o corpo das minhas amigas da época, que é o padrão de beleza hoje em dia. O medo da rejeição me fez o que sou hoje. Ao lado da Isa, eu consigo ser eu mesma, rir, fazer palhaçada e me divertir, mas perto dos desconhecidos, meu receio de ser julgada a priori pela minha aparência, é o que mais me aterroriza.

[...]


Já havia passado mais de duas horas que estávamos dançando e minhas pernas doíam, mas a Isa não queria sair da pista de dança. Aquelas luzes piscando freneticamente estava me dando dor de cabeça e minha garganta estava seca, mas como só havia ido nós duas, eu não queria deixá-la sozinha e nem ela queria sair dali. Eu havia diminuído o ritmo dos meus movimentos e apenas mexia-me de um lado para o outro, enquanto meus olhos analisavam todo o ambiente. Isadora não parava. Ela movimentava seu corpo de uma forma que todos os garotos ali a desejavam e ela nem parecia se dar conta disso. Ela era sexy naturalmente e isso era o que mais encantavam os garotos, mas o que eles não esperavam ao conhecê-la era o seu jeito mimado e infantil de ser. A maturidade de Isadora, ou a falta dela, era algo exacerbado em mim e ela mesma admitia isso.

A beleza do amor (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora