O Bar de Adagas

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O grupo de amigos chega na entrada do bar. Na porta havia um sentinela.

- Suas adagas, por favor?

- Baaah… Felix. Vamos lá… você nos conhece. Isso é mesmo necessário?

O sentinela olha para o homem e dá de ombros.

- São as regras. Você sabe disso, Barbas.

Todos mostram suas adagas e entram. Eram dois homens e uma mulher. Como de costume, sentam na mesa oito.

O bar estava relativamente vazio. Se fosse um bar comum, provavelmente fecharia logo, mas esse não era o caso.

- Aquele cara não dá o braço a torcer… - Comenta Barbas ao sentar.

- Ora… Ele está apenas fazendo o papel dele. Poderia ser um impostor ou algo assim. - Responde a mulher prontamente.

- Naomi está certa. Se eu fosse sentinela pediria para ver as adagas toda vez. - Diz o segundo homem, não parecendo muito interessado.

- Isso não me surpreende, Oda. Você é muito desconfiado. Tem que acreditar nas pessoas. Pelo menos nos seus irmãos de caça!

- Eu acredito, depois que eles provarem que são eles mesmos.

- Continua sendo desconfiado.

- Você tem um problema com isso? - Responde Oda desafiador.

- Talvez eu tenha… - Diz Barbas, colocando as enormes mãos em cima da mesa e se levantando devagar.

Sua caneca quase cai no processo. Ele era alto, passando um pouco de dois metros. Seu físico, troncudo e forte; ossos largos e músculos fartos. Parecia uma muralha peluda.

Oda, por sua vez, era um homem mediano. Mas ele não se intimidava. Seus olhos faiscavam.

Os dois se encaram diretamente por alguns segundos e depois começam a rir.

- Um dia desses você ainda vai me irritar de verdade! - Diz Barbas entre gargalhadas.

- Nesse dia… você levará uma surra! - Responde Oda brincalhão.

Naomi se divertia com o comportamento dos dois. Ela os observa com a mão apoiando o queixo levemente. Não conseguia imaginá-los realmente bravos um com o outro. Eram como unha e carne.

O trio de caçadores era conhecido mesmo fora do Bar de Adagas. Não muito conhecidos, é verdade… mas seus nomes tinham passado por bocas que proferiam grandes palavras.

Uma mulher chega à mesa, trazendo meia dúzia de grandes canecas que transbordavam um pouco de espuma.

- Muito obrigado, Kailas. Você é um amor.

- Vá se catar, Oda. Eu sei das suas manhas.

- E quem não sabe? - Responde o homem com um sorriso. - Não deixam de funcionar mesmo assim. Pelo menos na maioria das situações…

Kailas sorri, deixa as canecas e se retira, indo em direção à cozinha. Hoje era o seu dia de servir as bebidas.

- Ei… Barbas. Por que você tem esse apelido? - Pergunta Naomi, de repente.

Barbas quase cospe um pouco de cerveja.

- De onde veio essa pergunta? - Fala Barbas, surpreso. Ele limpa seu rosto. - Não é óbvio? Porque sou careca! Hahaha!

- Aham… Muito engraçado.

- Ora, Naomi, não seja ridícula. Olhe para a minha cara. É óbvio da onde vem o apelido.

O Bar de AdagasOnde histórias criam vida. Descubra agora