EIGHT: the fallen angel

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|WITHOUT WINGS|

— Eu quero voltar para casa. — eu disse, depois de alguns minutos de silêncio, vendo Taehyung lavar as louças.

Ainda não entendia o porquê dele morar sozinho. Geralmente adolescentes moram com os pais, certo?

— Você não pode. — aquelas palavras me surpreenderam. — Eu tenho que estar por perto se algo acontecer com você.

Eu levantei o olhar, mas o loiro se mantinha de costas, enxugando as mãos após finalizar seu trabalho.

— O que você quer dizer com isso? — me pus de pé, alarmada e assustada. — Preciso voltar para tia Nora, ela está me esperando!

Ele puxou um telefone de cima da bancada e me entregou, virando-se para mim.

— Tome. Ligue para ela. — ele me fitava profundamente enquanto eu pegava o aparelho com as mãos meio trêmulas. — Diga que dormirá aqui, vida.

Ainda hesitante, disquei os números corretos.

Alô?

— Tia Nora?

Minah! Onde você está? Eu fiquei preocupada. Você está bem? — ela soava realmente preocupada.

Olhei para Taehyung a minha frente antes de responder.

— Eu estou bem sim, tia. — dei uma pausa para um suspiro. — Eu senti um pouco de dor de cabeça, então Jungkook me trouxe para sua casa.

Percebi que Taehyung ficou mais sério quando citei o nome de Jungkook.

Oh, Jungkook sempre um bom amigo. Sun Hee está bem?

Eu soltei um pigarreio antes de responder: — Ela continua no hospital. — não sabia se estava mentindo, mas esperava estar certa. — Eu... Eu queria saber se poderia dormir aqui, já está tarde para voltar.

Claro, mas volte cedo. — meu coração se aliviou quando ela disse as primeiras palavras. — Cuidado com suas crises, ok? Pense em coisas felizes. Amo você.

— Obrigada, eu vou pensar.

Então ela desligou e eu afastei o telefone da orelha, entregando-o ao loiro.

— Por que disse que estava com Jungkook?

— Porque... — eu tentei organizar as palavras. — Ele é meu amigo de infância, então seria mais fácil convencê-la.

— Ele é irmão da tailandesa?

— Sun Hee não é tailandesa, Taehyung.

Ele encolheu os ombros, mostrando um pedido de desculpas.

— Vida. — me chamou, mudando de assunto. — Eu vou tomar um banho. Você pode ficar no quarto enquanto isso.

Assenti e ele foi para o banheiro enquanto fui para o quarto. Era a segunda vez que vinha dormir aqui, e mesmo assim, não me acostumara.

Esse quarto me deixava tensa. Talvez fosse pela mão que me arrastara para baixo da cama. Apesar de tudo, eu tinha que pensar positivo, não podia entrar em ataques de fobia na casa dos outros.

WITHOUT WINGS, taehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora