WITHOUT WINGS, taehyung

NINE: normal

|WITHOUT WINGS|

— Ai!

Eu reclamei.

— Desculpe.

Taehyung estava limpando o sangue coagulado dos meus joelhos com álcool antes de ir para a escola.

Os cortes ardiam muito, principalmente o que estava visível na minha testa.

Bati o pé mais uma vezes, atrapalhando seu trabalho.

— Se você continuar se mexendo nunca vamos poder ir para a escola.

— Isso arde muito. — reclamei pela milésima vez.

Depois de mais alguns minutos de tortura ele levantou pondo o último band-aid na minha testa.

— Isso vai ficar chamativo. — eu disse, apalpando minha testa.

— Nunca vai curar se você ficar sem. — Taehyung beijou o topo da minha cabeça. — À não ser que queira que eu coloque o gaze em volta da sua cabeça novamente.

Eu neguei rapidamente enquanto ele ria e me ajudava a levantar.

— Seu tornozelo está melhor?

Eu olhei para meus pés vestidos com sapatilhas e o mexi. Estava doendo um pouco mas nada que me impedisse de andar.

— Sim, parece que sim. — fitei o seu rosto. — É normal eu te achar estranho?

Taehyung mudou de expressão. Aquilo estava martelando na minha cabeça desde o dia anterior.

— Quero dizer... Você parece diferente para mim agora. Não é mais como antes. Como se... — eu hesitei. — Como se o Taehyung que eu conhecia fosse falso.

O loiro engoliu em seco e desviou o olhar. Eu me senti triste por deixá-lo triste.

— Vamos, eu não quero nos atrasar. — Falou, mudando de assunto.

O trajeto até a escola foi calmo. Até calmo demais. Já tinha pegado o costume de ficar sempre alerta. Provavelmente, aqueles fantasminhas querendo me matar não iam largar do meu pé até que eu morresse.

— Se eu... — eu quebrei o silêncio, algo havia surgido em minha mente e eu queria ter certeza que era verdade. Mas eu falhei. — Argh! Esquece.

— Pode falar.

Taehyung me observou e incentivou.

— Não é nada... Você está aqui para me proteger, certo? Mas por quê? Se você caiu, não é mais um anjo da guarda. — eu disse, um pouco receosa, nem sabia por que estava assim.

Taehyung coçou a nuca. Parecia que eu tinha tirado o dia para deixá-lo desconfortável.

— Você faz muitas perguntas, vida.

Entramos na escola e virei para olhá-lo ainda caminhando mas ao virar de volta eu trombei com alguém.

— Minah?