Toda essa história começa em um dia comum como qualquer outro. Acordei pela manhã, o dia estava num nublado, levantei como de costume fui a cozinha para preparar um café, eu sou divorciada faz algum tempo, tenho dois filhos um rapaz e uma filha casada, esse meu filho mora comigo, trabalha, é um rapaz muito bom, criei meus filhos na humildade, fui uma boa mãe, eu acho! pensando assim acabei saindo de casa para o supermercado para comprar o café. Da minha casa até o supermercado leva mais ou menos uns 15 minutos. chegando ao supermercado, notei que havia algumas pessoas dentro, entrei e percebi que o mercado estava cheio. Num desses corredores havia uma senhora muito bonita , olhos claros, mãos com sardas da idade, sei dos seus olhos azuis porque ela deu um largo sorriso enquanto eu passava por ela, achei o meu café, e fui direto para o caixa, na fila, enquanto esperava ser atendida, eu notei que a caixa era uma moça é atendida um rapaz que para mim estava muito nervoso, irritado o rapaz gesticulava com a moça, procurei ouvir a conversa deles, a moça pedia p ele se acalmar, mas eu ouvia que a confusão toda era por causa de um iogurte vencido, a moça dizia p ele trocar, mas ele queira era confusão. Eu estava ali querendo ir embora para fazer as minhas coisas e o meu café! na verdade o que eu entendi era que a moça estava querendo apaziguar a situação, essa briga estava saindo fora do controle, vi que a caixa deu uma olhada para um segurança que estava esperando para ver a reação do rapaz. De repente o segurança chegou perto do rapaz que discutia com a moça, então eu que estava ali esperando ser atendida , ouvi um estampido, eu até aquela hora não sabia o que havia acontecido. senti que eu tinha sido baleada no peito. Bem, ainda deu para ver aquele homem atirar para todos os lados, olhando para o lado me dei conta em que eu já estava no chão sangrando muito, pensei comigo, vou morrer! porque o ferimento da bala ultrapassou de um lado para outro. Eu ainda estava consciente, vendo tudo a minha volta. A moça do caixa tinha sido baleada também, para algumas pessoas ainda deu tempo de saírem correndo, mas nós que estávamos naquela fila. Ninguém conseguiu sair ileso, aquela senhora bonita que estava atrás de mim conversando foi baleada umas três vezes, essa senhora caiu bem onde eu estava caída e sangrando muito! vi aquele olhos azuis o brilho, se apagando, ela faleceu alí mesmo na minha frente, eu entrei em desespero pois imaginava que tbm não aguentaria! eu que sempre fui uma pessoa forte estava com medo, aquilo parecia um verdadeiro pesadelo, pensando nisso ouvi que o resgate chegava com os paramédicos, eu criei alma nova, sabia que não conseguiria! Quando os paramédicos chegaram eu entrei em coma, sei que eles me levaram para um hospital mais próximo dali, sai que do supermercado até esse hospital levaria mais ou menos uns trinta minutos, eu sabia que eu não tinha chance nenhuma, o tempo era o meu maior inimigo, chegando ao hospital fui direto para sala de cirurgia, como havia dito, estava em coma! Sei que a minha cirurgia durou oito horas. Os médicos estavam fazendo todo o possível e impossível para que a minha cirurgia desse certo, ainda entubada, em máquinas naquela sala fria, eu despertei, não despertei porque eu estava bem, mas eu não sentia mais dores, eu ali sozinha e fora do meu corpo, senti que eu flutuava, olhando para o lado, vi meu corpo morto naquela cama de hospital, ainda alí, via que meus pés flutuava como se eu estivesse numa nuvem, eu não andava eu me movia, era muito louco, pensava o tempo todo que já não estava junto com os vivos. É alguns anjos tocando trombetas , ou mesmo espiritos do outro lado, quer dizer do lado escuro viessem me buscar, afinal para mim eu estava morta. Eu não sabia se era dia ou noite, estava muito confusa com tudo aquilo, parecia um pesadelo, como a vida da gente é muito frágil mesmo, uma hora você está bem, dormiu bem, e na outra hora você está num lugar que nunca imaginou. Então eu tentando entender tudo aquilo eu me movi até a porta em que eu estava ainda em coma. Saindo dali percorrendo aquele corredor frio, meus pés não tocavam no chão, eu parecia esta drogada. Não sei, eu estava muito confusa com tudo aquilo, olhando para aquele corredor enorme fui indo em frente e procurando respostas para aquilo que estava me acontecendo, quase no final do corredor eu vi uma pessoa, seguindo em frente reparei que era uma menina com os cabelos ruivos transados, chegando mais perto, notei que era uma menina Clarinha com muitas sardas, cheguei perto dela e perguntei! Cadê os seus pais? A menina olhou direito nos meus olhos e respondeu! Não sei, eu estou procurando por eles, não sei onde estão, estou aqui sozinha a algum tempo. Olhando aquela criança com tantas dúvidas na sua cabecinha, e pensando que eu também estava sem saber o que fazer comigo, eu precisava ajudar- la pois ela estava na mesma situação que a minha. Bem ela sentou num banco que havia perto de um dos quartos, eu sentei ao lado dela e comecei a conversar. Conversamos de tudo um pouco. Essa menina com seus oito anos de idade, era o que ela apresentava, tinha olhos amendoados, e fixava em mim, pois esperava uma postura minha, eu não sabia oq fazer com aquela menina, eu disse! venha, me acompanhe que eu quero que você veja uma coisa.
Saindo dali com ela fui direto para o quarto de UTI que eu estava praticamente morta, era assim que eu pensava, como eu disse não andava, eu flutuava o tempo todo, chegando naquele quarto, ela passou na minha frente e foi direto para minha cama, e olhando para mim alí disse! O que aconteceu com você porque você está assim? eu respondi! Estou procurando respostas também, você deve estar na mesma situação que eu, por isso que eu estou tentando ajudar você e me ajudar também. Que situação a minha, pensava comigo mesmo, até quando! Olhando para ela eu disse! vamos sair daqui e ver o que nós podemos encontrar e tentar procurar uma resposta, dizendo isso saímos do meu quarto e fomos pelo corredor. Andamos, quer dizer flutuei, de repente eu olhei para o lado e percebi que a menina havia sumido.