Capítulo 9

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Acordo e sinto falta de um corpo na cama, tiro o cobertor de cima de mim e levanto, bocejando. Escuto vozes, franzi a testa, caminhando até para fora do quarto branco e preto. Entro pela porta de trás da cozinha, ninguém, saí pela mesma porta, indo pra sala.

- Johnny? - o chamei. Entro na sala, ele está na porta, depois de dizer ao pra alguém que não sei quem é. Vira para mim.

- Dorminhoca - ele brinca e ri de leve.

- Quem era? - perguntei franzindo a testa e me apoiando no sofá.

- A vizinha que me quer de todo o jeito - ele diz revirando os olhos - Velha - assim que ele fala isso, gargalhei. Ele fica de frente pra mim e coloca a mão em meu rosto, me dando um selinho.

- Acho que é o seu charme - brinco e ele revira os olhos.

- Muito engraçado - disse ironicamente.

Ele vai para a cozinha, vou em seguida, a mesa está cheia e ele senta na cadeira.

- Senta aqui - ele diz batendo de leve em sua perna, vou até ele, que me olha de cima a baixo, sento em seu colo, ficando de lado.

- Por quê essa vizinha te quer tanto? - perguntei curiosa.

- Por acaso, ela apareceu no estúdio e fiz uma tatuagem nela, parece que ela gostou do meu toque ou sei lá o que, deve ser psicopata - ele explica, me fazendo rir dele.

- Entendi - assenti. Ele beija meu pescoço.

- O quê aconteceu ontem? - perguntou tentando me olhar nos olhos.

- Nada demais - suspirei e ele come a maçã.

- Sei - ele fingi que acredita.

Johnny joga a maçã fora, jogando de longe na lixeira, acertando.
Seu cabelo castanho escuro combina com seus pequenos detalhes agressivos e fofos de seu rosto, seu corpo coberto por tatuagens, o deixa diferente e com um charme, um ar interessante. Seu rosto de brincalhão, esconde sua personalidade incrível e o homem maduro que ele é.

- Estava com saudade de você - ele diz me olhando, analisando.

- Para - digo sorrindo e ele nega a cabeça.

- Acredite, não era só de você na minha cama, como pensa, você é uma pessoa maravilhosa, uma amiga maravilhosa - ele me elogia e sinto minhas bochechas esquentarem. É bom ouvir coisas assim de uma pessoa, não o que eu ouvi ontem.

- Obrigado - digo sorrindo e ele coloca a mão esquerda, que não está em minha cintura, em meu rosto, assim junta nossos lábios, que se reconhecem e minhas mãos vão ao seu cabelo e sinto ele apertar minha cintura, colocando minhas pernas uma de cada lado de seu corpo e ele levanta em seguida, indo em direção ao quarto comigo em seu colo, às vezes parando os beijos, mas dou vários beijos em seu pescoço e quando ele fecha a porta, me pressiona na mesma, um som rouco sai de minha boca, involuntariamente. Ele me beija com desejo...



Fecho os olhos, apoiando a minha cabeça no travesseiro e sinto Johnny me olhar.

- Tudo como antes - diz ele.

- Não tudo, exatamente - digo me sentando, coloco meu sutiã, já tinha colocado a calcinha.
Olho para ele , que sorri.

- Sentiu falta, que eu sei - ele brinca - Principalmente quando eu fazia as tatuagens nesse seu corpo maravilhoso - lembra dos momentos no estúdio.

- Ah claro que você tem que lembrar disso - digo irônica e ri de leve. Tiro os cachos do meu rosto.

- Claro, qual seria a graça não lembrar da melhor parte de todas? - ele levanta, chegando bem perto de mim, me dando selinhos demorados e em seguida rimos. Ele senta do meu lado. O olho.

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