The Doctor - Larry Stylinson

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  Assim que Harry se levantou, logo depois de rolar o barranco, diversos funcionários e investidores de fora correram para ajudá-lo (ele tem certeza que um deles fotografou sua situação), depois de muito insistir todos acabaram concordando que ele estava realmente bem e o deixaram ir para casa, mas era óbvio que não estava nada bem. Além da humilhação pública, ele acabou rasgando seu melhor terno e fazendo alguns cortes superficiais em suas mãos, pernas e rosto. Mesmo superficiais, os cortes ardiam o suficiente para que ele se preocupasse com uma futura possível infecção, ele realmente não fazia ideia de como cuidar de um machucado.

 Depois do médico (não muito simpático devo acrescentar) atendê-lo, Harry sentiu-se ainda mais idiota. Além do médico rir de sua desastrosa queda, ele também riu dos pequenos gravetos enroscados no cabelo do mais alto, gravetos dos quais ele não tinha reparado até então.
 O médico mal acreditava que um homem como aquele a sua frente poderia ser tão desatento e descoordenado, e acabou deixando a ética de lado para dar altas gargalhadas da situação.
 Louis sempre soube a profissão que queria seguir, e dedicou-se desde muito novo para conseguir o tão sonhado emprego. Seus pais tinham muito orgulho do filho que criaram, pois além de lindo, ele sempre foi muito dedicado quando trata-se de conquistar seus objetivos. Louis estudou durante anos para conseguir entrar em uma boa faculdade de medicina, e não poderia ter chorado mais quando conseguiu. 

 O de olhos azuis jamais imaginou que depois de tanto esforço e estudo para finalmente se tornar um médico, acabaria em uma sala com um homem enorme e extremamente choroso por ter cortes superficiais  no corpo. Aquilo era no mínimo cômico.

- Você está se sentindo bem? Ainda está com alguma dor ou precisa de algo?

- Estou bem, só com uma leve ardência. - Respondeu o mais alto envergonhado pela situação.

- Tome mais cuidado, não quero saber de você todo quebrado por ter ficado rolando os barrancos que encontra por aí. - Respondeu debochado.

- Qual seu nome, a propósito?

- De acordo com esse crachá que está no meu jaleco eu sou o Dr. Tomlinson, mas vai saber né?

- Muito engraçadinho Dr. Tomlinson, mas voltando ao que realmente interessa, vou precisar de algum remédio?

- Não. Só será preciso manter a área com o corte limpa e o senhor não terá nenhum problema.

- Fico feliz, obrigado Dr. Tomlinson.

- Sem problema Sr. Styles.

Harry estava exausto, e por mais que seu trabalho seja praticamente tudo o que tem e tudo que sempre desejou, ser dono de uma grande empresa sempre exigiu muito de si. Ele sempre fez o possível para zelar pela empresa e por todos os funcionários que nela trabalham, tentando ajudar a todos no que fosse necessário, mas isso não foi o suficiente para manter o administrador da empresa focado em seu próprio trabalho, gerando um problema enorme ao fluxo de caixa.
Já passava das dez da noite quando saiu rumo ao estacionamento do hospital depois de efetuar o pagamento da consulta. Logo que entrou em seu carro lembrou-se do ocorrido do dia , claramente o mais vergonhoso de todos.  

 Harry adorava a sensação de estar em paz, de ter a casa em silêncio para que ele pudesse rever todos os relatórios possíveis e pensar em como melhorar a situação de sua empresa, mas isso as vezes o fazia sentir que precisava de alguém para dividir os acontecimentos do dia, ou talvez assistir um filme deitado no sofá da sala. Sentia-se solitário em grande parte do tempo. Mesmo tendo Niall sempre por perto, ele constatou estar atrapalhando o casamento de seu melhor amigo com sua irmã.

 Niall está casado com Gemma, irmã do Harry, a um ano e meio. Harry e Gemma não se falam a oito meses e isso entristece cada vez mais o caçula. Ele tinha consciência  de que sua irmã jamais impediria Niall de vê-lo, mas também tinha a consciência de que fazer o amigo ir todos os dias a sua casa estava abalando o casal, e ele jamais desejaria a infelicidade das duas pessoas que ele mais ama no mundo.

 Depois de rever os relatórios, tomar um banho e terminar sua terceira cerveja, Harry resolveu se deitar. O de olhos verdes demorou para pegar no sono, mas naquele dia o que tirou seu sossego não foi o trabalho, e sim uma risada escandalosas e gostosa de um certo doutor debochado.

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Caraca, mais de  200 leituras, 40 votos e mais de 20 comentários!! Muito obrigada por isso, significa muito pra mim! Espero que estejam curtindo, ainda estou decidindo se faço capítulos maiores, menores ou se assim está bom. 

 Obrigada @tommofudida pela nova capa, ficou incrível!