Léo

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3 anos antes

Ao chegar em casa percebo que minha mãe não está, vou na cozinha e encontro um recado dela pra mim que diz: 

"Filho, tive que fazer uma viajem rápida. Sua tia adoeceu e estou indo até o interior ajudá-la, tem comida na geladeira. Se cuida. A mãe te ama."

Então vou na geladeira e pego a comida, quando estou prestes a colocá-la no prato escuto uma voz de mulher. Vou até a porta do quarto e escuto a voz de meu pai, espero e escuto o que ta acontecendo. Percebo que ele não ta conversando com essa mulher, mas transando com ela. Fico chocado e saio correndo de casa. Vou direto para um bar e começo a beber tequila sem parar. Mando uma mensagem para Alina avisando que não tem como eu ir na casa dela hoje. Assim que mando aparece uma garota que não consigo enxergar direito, já estava com a visão desfocada por conta da bebida, e senta do meu lado. Começamos a conversar e ela se ofereceu para me levar em casa. Eu aceito e assim ela faz, mas não me levou para minha casa e sim para a sua. Me colocou em sua cama e começou a me beijar e transamos. 

Quando acordei no outro dia estou com uma terrível dor de cabeça e olho ao redor, não estou em minha casa, me assusto e levanto com pressa da cama. Estou só de cueca, procuro minhas roupas e visto. Mas não consigo me lembrar muito bem do que aconteceu, só da garota. Meu Deus a garota, como vou explicar isso pra Alina? E cadê a Garota? Então ela aparece na porta do quarto. Gabi. Não acredito que a Gabi pôde ir tão baixo, ela é amiga da Alina e ainda assim me trouxe pra sua casa se aproveitando do meu estado alcoolizado. Então ela fala:

Gabi - Oi, Léo. Bom dia! Como estão se sentindo? - diz enquanto se aproxima sentando do meu lado.

Léo - O que você ta fazendo? A Alina é sua amiga. Não se sente culpada? - digo quase chorando pelo que fiz.

Gabi - Não, eu gosto de você. Mas acho melhor você ir embora daqui de Minas, a Alina não aguentaria saber dessa traição. Melhor você poupar ela disso. - ela disse parecendo verdadeira, me fazendo pensar que ela poderia estar certa, a Alina não aguentaria.

Léo - Vou pensar nisso, preciso falar com Alina. - disse saindo da casa dela e indo pra minha.

Chegando em casa vou direto pro meu quarto e penso. Até decidir que será melhor assim. Me levanto e vou na casa da Alina sem avisar.

Bati na porta do seu apartamento, ela mora sozinha então ela quem atendeu.

Alina - Oi meu amor! Ué, por que não me avisou que vinha? Teria me arrumado para te receber! - ela disse com um belo sorriso no rosto. Estava decidido a contar a ela e ir embora, mas desisti assim que ela sorriu.

Léo - Oi Alina, precisamos conversar. - eu disse um pouco triste. Ela logo percebeu e entramos.

Léo - Acho que não vai dar mais certo ficarmos juntos. Vou embora para o Rio, terminarei a faculdade lá. E continuar seria injusto contigo, não terá liberdade comigo longe. Prefiro que seja feliz. - eu disse seco, já via as lágrimas dela rolarem. 

Alina - Como assim? Você ta terminando do nada, porque eu sei que da muito bem para você terminar a faculdade aqui. Existe algum outro motivo que não quer me dizer. - ela disse chorando.

Léo - Isso é verdade, e já que você não quer acreditar. Então terminamos assim, sem motivo. Estou indo embora amanhã. Adeus Alina. - falei quase chorando, falar essas palavras pra ela era difícil para mim. Sai da casa dela já chorando. Não olhei para trás, mas sabia que estava na porta da sua casa olhando eu ir embora sem motivo algum.

Depois de 3 anos

Lembrar daquele dia me fazia mal, porque eu fui um filho da puta com ela, fui um bobo por seguir o conselho da Gabi. Era isso que ela queria, que eu me afastasse da Alina, para ela poder ficar comigo. Olha que ela tentou, mas nunca conseguiu, meu coração era e sempre foi da Alina. Ela é a mulher da minha vida e só a deixei por ser um idiota que caiu na conversa de uma falsa amiga.

Hoje, meu amor está em cima de uma cama de hospital em coma, por minha culpa. Afinal, tudo de mal que já aconteceu com ela, foi por minha culpa. Isso doía, pois sempre que tento concertar algo com ela, piora mais ainda. Eu não sei no que isso vai dar. Mas não vou desistir dela, só se um dia ela me pedir. E se isso acontecer vou saber que chegou a hora de deixá-la em paz.

Ouço a porta do quarto se abrir, me tira dos pensamentos. Observo o médico entrar.

Dr. - Olá, Leonardo. Bom dia! Preciso que assine aqui sua alta. - assim que ele pediu, assinei e fui me arrumar para sair daquele hospital e resolver as questões hospitalares de Alina.

Léo - Obrigado. Dr. ? - perguntei me referindo ao se nome.

Dr. - João. - ele disse sorrindo.

Léo - Dr. João, muito obrigado. Agora preciso ir. Até mais. - disse saindo do quarto e indo para a recepção.

Resolvi algumas questões da transferência de Alina para Belo Horizonte. No final da tarde já estávamos indo para o Hospital de BH. Ao chegarmos levaram ela para um quarto particular e em alguns minutos estaria ao seu lado.

A enfermeira me chamou e fui até lá. Quando entrei Alina estava deitada serena. Parecia que estava se sentindo bem, segurei na sua mão e fiquei olhando-a. Alguns minutos depois alguém entra, é uma mulher de cabelos castanhos e olhos castanhos. Ela me olha e fala:

xxx - Olá, sou uma amiga da faculdade da Alina. - ela estende a mão para me cumprimentar.

Léo - Oi, qual seu nome? Me chamo Leonardo. - estendo a mão e cumprimento-a.

xxx - Sou Carol, estava passando por aqui para terminar de resolver a papelada do estágio e soube do que aconteceu com a Alina. Fiquei preocupada e vim ver como ela está. - ela disse com uma cara de preocupação, se aproximando da Alina e acariciando seu rosto. 

Léo - Entendi. Então você e ela estagiam juntas aqui? - falei puxando assunto, mas feliz por a Alina não ter só a falsa da Gabriela como amiga, ou ex amiga agora.

Carol - Sim sim, a Alina é muito especial. Gosto muito dela. - ela falou sem me olhar. Encarando a Alina que dormia como um anjo.

Carol - Será que demorará muito para ela acordar? Dizem que alguns casos são rápido outros demoram anos. Mas afirmam que tudo depende da pessoa. - ela me olha e fala.

Léo - Não sei. Espero que não demore muito. Fiquei muito tempo longe dela e mais uma vez a coloquei distante de mim. - Falei de cabeça baixa.

Carol - Não precisa ficar assim, acidentes acontecem. - ela quis me tranquilizar. Mas eu sabia que foi por minha culpa.

Carol - Bom, eu tenho que ir agora. Até mais. - ela disse saindo, dei um tchau com a mão.

Então me perdi novamente em pensamentos. Foi aí que decidi conversar com ela mesmo sabendo que não haveria resposta.

Léo - Meu amor, fico me perguntando se consegue me escutar. Se está lutando para acordar ou se prefere descansar de tudo isso.Sinto sua falta, não há dia que não me culpe por todo sofrimento que vem sentindo. Juro que não quis causar isso em você, sempre achei que fosse o melhor para você. Mas estava errado. Se consegue me escutar me da um sinal, se quer voltar para mim me da um sinal. - já estava quase soltando sua mão, até sentir ela dar uma mexidinha bem leve.

Gelei e gritei o médico.


Olá, gente! Espero que estejam gostando da história. 

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