Seria para sempre?

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Após gritar pelo médico ele aparece no quarto e examina minha Alina. Ele me olha e sorri, já imagino que seja uma boa notícia.

Dr. João - Bom, parece que ela está acordando. Vamos torcer para que seja logo. - ele diz sorridente e me da um abraço.

Já estou com lágrimas descendo e o abraço de volta. Minha felicidade é imensa nesse momento. Finalmente terei minha Alina em meus braços novamente. Finalmente seremos felizes, teremos nosso pra sempre. E eu sorrio e choro ao mesmo que seguro a sua mão e a beijo levemente. Então vou até sua boca e lhe dou um beijo doce.

Decido ir para casa tomar um banho e voltar a noite. Chegando em casa encontro Clara na porta me esperando.

Clara - Oi Leo, soube o que aconteceu com a Alina e você. Sinto muito, espero que ela fique bem. Vim me desculpar contigo por aquele dia no restaurante. Eu estava muito machucada, esperava que você me desse uma explicação. - ela disse de cabeça baixa. Eu sabia que ela estava machucada comigo, então a chamei para entrar.

Léo - Pode entrar e sentar, volto em 5 minutos. Só vou tomar um banho rápido. - eu disse já indo pro banheiro.

Ao terminar visto uma roupa leve e sento no sofá com Clara.

Léo - Clara, eu sei que errei muito contigo. Agora eu preciso te explicar algumas coisas que me fizeram fazer isso. Eu sempre penso em estar fazendo o certo para as pessoas, mas sempre acabo as machucando. Eu fiz o mesmo com a Alina há três anos atrás, eu preferi fugir do problema, achando que a faria sofrer menos. Eu a trai com a sua melhor amiga em um momento de fraqueza, estava alcoolizado e a amiga dela deu em cima de mim. Quando acordei no outro dia ela me pediu para que eu fosse embora daqui de BH, pois assim a Alina sofreria menos. Assim eu fiz e foi o pior erro de minha vida. Quando eu voltei ela não sabia de nada e ter que contar para ela foi muito doloroso. E quando tudo parecia estar se ajeitando acontece esse acidente a deixando em coma, de novo minha culpa. Eu a amo de verdade, e foi por esse motivo que não consegui casar com você. Estaria te enganando, e me machucando. Peço desculpa a você, porque também achava que estaria fazendo o certo te poupando dos meus sentimentos por a Alina. Errei e errei muito. Me desculpa. - falei a olhando nos olhos que me olhava fixamente, ouvindo tudo com muita atenção.

Clara - Tudo bem, é passado. Eu te desculpo, e desejo que seja feliz com ela. Vejo que seus olhos brilham quando fala dela. Agora eu tenho que ir, preciso resolver algumas coisas, já vou embora amanhã. Bom, tenha uma ótima noite Léo. - e assim ela saiu da minha casa aliviada por saber a verdade.

Assim que Clara foi embora fui para o hospital. Alina ainda dormia, segurei sua mão e a observei dormir. Senti ela apertar minha mão novamente. Sorri para minha princesa, e disse que a amava.


ALINA

Eu conseguia ver o Léo me olhar, sorri e dizer que me ama. Isso me deixava feliz, senti vontade de abraça-lo e voltar para os seus braços. A enfermeira havia o dito que tudo dependia de mim. Eu entendia, mas era difícil voltar. Estou em dúvida, sinto medo de nada ser como antes. Sinto medo que ele me magoe novamente. Dessa vez eu precisava ser forte e se eu voltasse tudo mudaria. Ou eu faria parecer que tudo mudou. Apertei sua mão como forma de dizer que o ouvia. Que sentia sua falta.

Lembro como conheci o Léo, tão lindo e charmoso. Estava no terceiro ano do ensino médio, enquanto ele tinha acabado de entrar na Faculdade de Advogacia. Ele estava no meu colégio quando o vi pela primeira vez. Saiu da secretaria com alguns papeis, que deveriam ser para a faculdade. Ele me olhou no momento que o olhava e ficamos nos olhando até ele sumir pelo portão. Achava que nunca mais o veria, mas não foi isso que aconteceu. Depois daquele dia estava em um mercado e Léo estava lá, foi até mim e falou comigo. Perguntou meu nome e eu o seu. Nos cumprimentamos e trocamos os números para manter contato. Depois daquele dia nunca mais paramos de nos falar.

Marcamos encontro, ele me pediu em namoro eu aceitei. Daí não desgrudamos mais. Até ele fazer aquela besteira e meu coração despedaçar. Léo errou feio, eu sabia ele que ele me amava, mas não entendia por que havia feito aquilo. 

Senti vontade de chorar. E vi que uma lágrima desceu pelo meu rosto. Léo imediatamente limpou e chamou o médico. Que me examinou novamente e disse que eu estava prestes a acordar e assim que ele terminou de falar abri meus olhos e enxerguei os olhos de Léo. Aqueles belos pares de olhos verdes.

Ele em abraçou e eu sorri. 

Alina - Oi Léo. - pronunciei lentamente.

Léo - Oi meu amor, como está se sentindo? - ele segurou minha mão e acariciou meu cabelo.

Alina - Estou bem. - sorri novamente.

O médico se retirou e ficou só eu e ele no quarto. Eu o olhei fixamente e ele me olhava com uma intensidade no olhar indescritível, seria difícil deixar o Léo.

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