Capítulo III

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Martim e Sara não estavam em casa portanto ainda não sabiam o que tinha acontecido ao avô, mas uma coisa era certa, pelo menos da Sara o melhor seria esconder a brutalidade que tinham feito ao avô e contar-lhe algo menos violento, não nos podemos esquecer que ela tem apenas 7 anos, já Martim estava na altura de saber toda a verdade sobre a família e também tinha o direito de saber o que tinha acontecido ao seu avô. O meu pai encarregou-se de contar tudo ao meu irmão, já eu depois de ter dito que iria matar todos os vampiros da família Agostini e de me ter acalmado mais um pouco fui até ao meu quarto acompanhado pela Matilde visto que o jantar iria atrasar-se e também digamos que o ambiente já não era o melhor para um jantar. Já no quarto estávamos os dois sentados na minha cama e eu estava mais envergonhado do que propriamente nervoso, poderia não parecer grande coisa mas estava no meu quarto com a rapariga que amo, a qual não parava de olhar para mim. Toda aquela vergonha desapareceu quando a minha mãe nos chamou para a mesa.

O jantar passou rápido sem conversas, um ambiente de cortar à faca sendo a única alegria na mesa, Sara, aquela pequenina que não sabia o que seria no futuro nem sabia o que era verdadeiramente toda a sua família. No fim de jantarmos fui levar Matilde a casa, no trajeto nada foi falado e quando a deixei à porta de casa dela fui surpreendido com dois beijos.

No dia seguinte lá estava eu outra vez a fazer o meu trajeto de casa até à universidade mas desta vez havia uma diferença, tinha Matilde como companhia. Ao chegarmos juntos houve quem ficasse a olhar para nós com ar de admirado e claro faltava João e as suas piadas, quando dou conta tinha uma mensagem dele no telemóvel: "Não havia troca de olhares não era? Vê mas é se te atiras de vez antes que ela te fuja!". Ao ler isto fiquei com um sorriso na cara, olho para a entrada da sala e lá estava ele todo sorridente.

Por mais incrível que pareça o dia correu bem, tão bem que até Patrícia veio falar comigo, mas desta vez era diferente já não parecia com medo de mim parecia outra vez a Patrícia antiga. Chegou-se ao pé de mim à hora de almoço e disse-me: algo em ti mudou, ainda não sei o que foi, mas foi para melhor, dá para sentir, e sorriu. Eu nem sabia o que dizer então sorri também e disse um simples "obrigado".

Naquele dia decidi dar mais um passo ao beijar Matilde pela primeira vez e para surpresa minha ela não me bofeteou, simplesmente retribuiu.

Os dias foram passando e uma semana depois de ter beijado Matilde pela primeira vez fiz o pedido de namoro em plena sala de aula à frente de toda a turma. Ela, bem, ela ficou muito envergonhada mas disse que aceitava. Não imaginam o quão bonita ela fica quando está envergonhada.

Nesse dia no regresso a casa eu ia sozinho, visto que tive de ficar até mais tarde na universidade para acabar um trabalho e quando dei por mim já tinha anoitecido. No trajeto para casa do nada recebo uma estranha chamada de um número privado, atendo e ouço do outro lado: "É o senhor Lourenço Santos? O sucessor a António Oliveira no trono? Pois bem, ouvi dizer que nos ia matar a todos mas deduzo que tenha sido uma piada de mau gosto. Não gosto de ser ameaçado muito menos por um pirralho insolente." Nem tive tempo de falar, mal acabou desligou logo a chamada e do nada dois homens saem de trás de uns arbustos e começam a correr na minha direção para me atacar. Mal levei o primeiro murro na cara houve uma explosão de poder, comecei a transformar-me em vampiro e mal acabei de me transformar eles pararam e começaram a fugir. Sem darem por mim ataquei um de cada vez, o primeiro matando-o logo o segundo nem tanto, ainda tinha de lhe perguntar uma coisa. És da família Agostini? O homem acenou com a cabeça que sim e então eu disse-lhe: "Vais dizer ao teu chefe que eu, Lourenço Santos vou caçar-vos um por um até que não reste um único Agostini vivo e se me quer morto vai ter de tentar bem mais que apenas isto."

Lá foi ele a correr não sei para onde e eu retornei a casa. Os meus pais já estavam preocupados comigo e ao me verem com sangue nas mãos pior ficaram, mas rapidamente os acalmei dizendo que não se tinha passado nada de grave, apenas uma briga estúpida na escola.

No dia seguinte fui acordado com o telemóvel a tocar, tinha acabado de receber uma mensagem de Matilde a dizer que vinha ter comigo a casa para irmos juntos para a universidade para me contar uma novidade. Saltei logo da cama para me despachar e quando estava a acabar de me preparar Matilde tocou à campainha e fui abrir-lhe a porta. Ela entrou e perguntou se estávamos sozinhos em casa, ao que eu respondi que sim. Num tom de voz baixo, como se estivesse a contar-me um segredo disse-me que o seu pai tinha-lhe dito que se eu precisasse de ajuda para derrotar a família Agostini que podia contar com a família Nobre. Fiquei um bocado surpreso com a novidade mas alegre também, uma vez que isto era um sinal de que após muitos anos as nossas famílias estavam a caminhar na direção para se reconciliarem e serem unidas como antes.

O dia passou-se sem nada de especial acontecer, parecia que tinha tudo voltado ao normal e que eu era apenas um rapaz comum. Tinha combinado com Matilde que mais tarde iríamos ao cinema e assim foi, quando chegou a hora lá fui eu buscá-la a casa e fomos seguidos para o cinema. No decorrer do filme tive a sensação de estar a ser observado mas sempre que olhava em meu redor não vi-a ninguém suspeito pois isso pensei que seria apenas impressão minha. Quando o filme acabou fui levar Matilde a casa e na despedida ela sussurrou-me ao ouvido: "Não queres cá passar a noite comigo?". Eu bem queria mas não podia ser, não queria por em causa todo o progresso entre as nossas famílias e sabendo que os seus pais são pessoas mais conservadoras achei melhor recusar aquela proposta quase irrecusável que no fim de contas acabou por me dar uma ideia sobre um assunto. Lá fui até casa depois de recusar a proposta e quando cheguei a casa já estavam todos a dormir e eu aproveitei para fazer o mesmo.

No dia seguinte acordo com a minha mãe a chamar-me para me dizer que vai mais o meu pai e irmãos passar o fim-de-semana com a minha avó e pergunta se eu também queria ir. Assim que percebi que ia ter a casa toda para mim durante todo o fim-de-semana disse logo que não me apetecia ir e assim lá foram eles e eu fiquei.

Quando saíram de casa eu levantei-me logo e telefonei a Matilde para lhe perguntar se queria vir a minha casa para eu lhe fazer uma surpresa, ela primeiro ficou um bocado reticente mas acabou por dizer que sim e assim combinamos que às duas da tarde era iria ter comigo a minha casa. Eu apressei-me a despachar-me, peguei nas chaves do carro e fui fazer umas compras que eram necessárias. Despachei-me e voltei logo para casa para preparar tudo.

À hora marcada estava ela a tocar-me à campainha. Fui abrir a porta e mal ela entrou em casa dei-lhe logo um beijo daqueles de cortar a respiração. Continuei com os beijos no pescoço e ombros e pegando nela ao colo levei-a até ao meu quarto. Quando abri a porta ela sorriu para mim ao ver tudo o que eu tinha feito.

Tinha trocado as minhas cortinas por umas vermelhas, tinha velas acesas espalhadas pelo quarto, rosas em tudo que era sítio e a cama cheia de pétalas de rosa. Gentilmente deitei-a na cama e continuei com os beijos no pescoço e ombros, depois tirei-lhe a camisola branca que trazia vestida e continuei com os beijos mas desta vez pela sua barriga a baixo. Do nada ela abraça-me, começa a beijar-me, tira-me a tshirt e vem para cima de mim começando a percorrer todo o meu tronco com os seus lábios e língua. Bem eu já não me conseguia controlar e o meu maior medo era não conseguir controlar o lado vampiro e acabar por magoá-la mas ela quando se apercebeu disso disse-me ao ouvido que confiava em mim e que eu podia fazer o que quisesse. Mal ouvi estas palavras desapertei-lhe as calças, tirei-lhe a roupa interior e ela fez o mesmo mas a mim encontrando-nos assim todos nus na minha cama. Com a minha língua fui percorrendo todo o seu corpo desde o pescoço até aos seus pés e ela ficava agitada cada vez mais, depois fui subindo outra vez e por fim comecei por penetrá-la devagar sempre preocupado que a pudesse aleijar mas tudo correu bem. Comecei devagar e passado algum tempo ela disse-me para acelerar o ritmo e assim fiz, acelerei. Passado algum tempo ambos atingimos o orgasmo e assim tínhamos perdido a virgindade algo que era importante para as raparigas que se iriam tornar vampiras futuramente, mas nós não sabíamos.    

Lourenço Santos - O início da jornadaOnde histórias criam vida. Descubra agora