Aprendendo a acreditar

Capítulo 1

Estou me preparando para a escola. Desde criança quis ser uma dançarina mas meus pais não quiseram, meu pai sempre quis que eu tomasse conta da empresa dele, mas isso com certeza eu não vou mesmo. Vim para o Brasil para poder seguir os meus sonhos sossegada, sem meus pais brigando comigo. Nasci aqui no Brasil, morei aqui até os meus sete anos; tivemos que nos mudar para a Espanha por causa do meu pai, ele vive somente para a empresa dele e isso me deixa muito chateada com ele.

Minha tia Carolina disse que eu poderia vir morar aqui com ela, meu pai surto no começo mas minha mãe convenceu ele. Agora aqui estou eu, depois de tanto tempo. Meu irmão e minha tia são os únicos que me apoiam de verdade, por isso eles são meus preferidos. Entrei na escola e trombei com duas meninas, que vergonha, já no primeiro dia de aula.

Agnes: Me desculpe meninas.

Uma delas se chama Luana e a outra Roberta, elas são bem legais, pelo menos fiz duas amizades. A Luana vai ter aula junto comigo, a Roberta é mais velha. Fui junto com a Luana para a sala, são tantas pessoas estranhas que nunca vi na minha vida.

Lua: Você mora aqui?

Agnes: Estou morando aqui com a minha tia.

Lua: Que legal, podemos sair depois da aula então.

Agnes: Podemos sim, quando estava vindo eu observei uma lanchonete aqui perto.

Lua: Então vamos, sempre saio com muita fome daqui.

O professor entrou e começamos a nos apresentar, quando disse meu sobrenome, ele disse que conheceu minha tia. As aulas acabaram e eu fui com a Luana no banheiro, coloquei uma saia florida, uma blusa branca e uma sapatilha branquinha. Estou com muita fome, aliás estou com fome toda hora.

Lua: Essa lanchonete é ótima.

Agnes: Concordo, eu gostei muito.

Lua: Percebi, esse é o terceiro lanche seu.

Agnes: Amanhã de manhã eu vou correr, nem que eu acorde seis horas da manhã.

Lua: Hum, duvido.

Tinha um menino que não parava de me encarar, ele até me assustou, resolvi encarar ele também, ele estava com um grupinho de amigos, todos eram bem bonitos mas ele me chamou uma certa atenção. Parei de olhar para ele quando a Lua me chamou para ir embora. Pagamos a conta e fomos cada um para a sua casa, o meu motorista me encontrou no meio do caminho, ele me deixou em casa e depois foi junto com as empregadas fazer compra, estava faltando comida mesmo nesta casa.

Agnes: Tia Carolina?

Tia: Estou aqui vaca.

Agnes: Isso é modo de uma mulher velha falar?

Tia: Tenho apenas vinte e cinco anos.

Agnes: O meu professor disse que te conhece.

Tia: Quem?

Agnes: Lúcio.

Tia: Ele é um "amigo".

Agnes: Ah.

Tia: Vamos ir em um jantar na casa de uns amigos hoje.

Agnes: Que horas?

Tia: As onze horas, então vá se arrumar porque já são dez horas.

Subi para o meu quarto e fui tomar um banho, vou vestir um vestido azul e um salto preto, minha tia é advogada então os jantares que ela vai são todos chiques, por isso eu amo sair com ela.

Tia: Esta pronta?

Agnes: Estou sim, vamos?

Entramos no carro e o motorista nos levou até uma mansão, deve ser aqui que o tal amigo dela mora. Saímos do carro e tinha um homem nos esperando. Ele deve ser o dono da casa, os olhos dele até brilhou quando olhou para a minha tia.