Acabara de reviver tudo aquilo que tinha sentido naquela aula. E Emily sentia-se como um furacão de sentimentos. Era segunda-feira, e isso significava que ia começar o trabalho de grupo. Tudo o que menos precisava de ter naquele momento!! Porquê? Porque é que o Universo conspirava tanto contra ela? Mas pronto. Agora não há nada a fazer. -Emily!! Já te chamei centenas de vezes!-disse a mãe já aborrecida-Importas-te de vir tomar o pequeno-almoço?! -Desculpa! Estou a ir. Vestiu uma roupa simples e fresca, pois ainda era setembro e estava calor e desceu assim:
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-Bom dia, mãe! Bom dia, pai!-disse assim que chegou á cozinha. -Bom dia, Em.-disse o pai dando-lhe um beijo na testa. Eram 08:00 agora sim Emily percebera porque é que a mãe a chamara tantas vezes. Comeu a correr, pegou na sua mochila e saiu dizendo: -Até logo, mãe! Até logo, pai! Correu até á paragem de autocarro mas perder o anterior. Teria de esperar 20 minutos pelo próximo. "Nunca conseguirei chegar a horas! Porque é que nunca ouço a minha mãe?!" Foi então que viu um porche a aparecer na esquina da sua casa, parando á sua frente. A janela abriu-se e... não podia ser! Era Mike que aparecera na janela. -Precisas de boleia?-disse, sorrindo. -Aaaa...-hesitou, mas Mike nem me deu tempo para responder. Abriu a porta do carro e sem se, dar conta do que estava a fazer, Emily entrou. Ao príncipio o ambiente ficou um bocado constrangedor, mas depois Mike disse: -Oscar, podes por a música mais alta, por favor? -Claro. -Então,-começou a dizer-onde estão os teus pais? O sorriso no rosto de Mike desapareceu e a sua expressão tornou-se vazia e triste. -Eles morreram quando eu era pequeno. Agora vivo com o meu tutor... -Oh...Lamento muito. Desculpa ter perguntado.-disse sem se dar conta que ao dizer isto lhe tocava na mão. Mike, percebendo o que se passava enrolou os seus dedos nos de Emily e esta encostou-se a ele. Apesar de se conhecerem há pouco tempo e de nem sequer saberem os sentimentos um do outro, Emily sentia-se profundamente segura ao pé de Mike e nem se lembrou de Thomas. Mas como todos os momentos bons, também aquele acabou. Quando chegaram á porta da escola saíram a correr do carro e dirigiram-se para a sua sala. Chegaram e cada um sentou-se no seu lugar. Emily ao lado de Mike com Allison em frente e Thomas na diagonal. Assim que a professora chegou esta disse para se sentarem com os seus grupos e abrirem o manual na página 12. Emily estava focalizada a ter boa nota naquele trabalho e a não se deixar distrair pelos rapazes, coisa que não era fácil, pois os dois não tiravam os olhos dela. Por fim, Emily disse: -Passa-se alguma coisa? -Porque se haveria de passar alguma coisa?-disse Thomas com o seu tom sarcástico. -Porque estão os dois especados a olhar para mim. -Já não se pode apreciar a verdadeira beleza hoje em dia, sem se ser julgado?-disse Thomas, piscando-lhe o olho. Emily sabia que ele estava a gozar com ela, desde de criança que dizia que ela era o retrato da verdadeira beleza apenas por ser ruiva e ter olhos verdes. Mas mesmo assim corou. -Não gozes!-disse batendo-lhe com o livro a brincar. -Ok meninos. Podem começar a trabalhar! UPS! Emily não ouvira nada e o mesmo acontecera com Thomas. Agora como conseguiriam fazer o trabalho? -Visto que nenhum de vocês os dois estava atento á professora, eu anotei tudo o que ela disse. A voz de Mike chamou-a de volta á Terra. -A sério!? Ai! Obrigada, Mike.-disse Emily. Durante o resto da aula nada mais aconteceu para além da latitude e da longitude do trabalho de Geografia. Quando tocou Emily saiu da sala com Allison e esta levou-a até um canto. -O que é que foi aquilo?-perguntou. -Nada, estava só a fazer o trabalho com Mike e Thomas. -Só isso? Nada mais? Emily sabia que Allison já a topara. Conhecia-a há demasiado tempo para não perceber. -Ok. É verdade. Acho que estou apaixonada por dois rapazes...