Prólogo

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Janeiro de 2012

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Janeiro de 2012

Maia

Hoje era uma data especial, fazia 15 anos e para mim essa data era mágica, sempre foi. Mamãe pediu para mim vim a mercearia compra os ingredientes ela ia fazer meu bolo, peguei as sacolas e sai distraída, tava em época de primavera as flores cada vez mais linda, eu era fascinada nelas.

Não percebi bem por onde andava só prestei atenção quando esbarrei em um muro de musculo. As sacolas se espalharam pelo chão quando cai sentada, apoie as mãos no chão para amolecer o impacto e senti elas arder.

Lembrei dos ovos... Deve ter quebrados, corri a vista pelas sacolas até encontrar a que continha os ovos, e quando olhei dentro estava intactos. Ufa! Meu bolo estava salvo rsrsrsrs.

- Olá, você esta bem? - não lembrava do muro que topei.

- Ah! Oi... Sim estou sim - falei sem jeito e ele sorriu me dando a mão para me ajudar levantar.

- Sério, não se machucou? - ele era bonito, bem mais velho que eu.

- Sim eu estou bem... Rsrsrs aaaah!!!! Minhas sacolas - depois que levantei lembrei das escolas no chão, fiquei distraída com ele me olhando.

Ele vestia um terno e óculos escuros e segurava um celular na mão, acho que estava distraído que nem eu. Peguei elas e senti arder minhas mãos quando olhei para ver vi que falei elas um pouco.

- Deixe-me ver isso pequena - falou carinhoso.

- Não foi nada senhor.

- Ei, pequena não sou tão velho assim, tenho apenas trinta anos - disse sorridente e brincando - Vem sente aqui nesse banco, deixa eu por as sacolas aqui do seu lado. - sente no banco que ele mostrou, ele tirou as sacolas de minha mão e colocou ao meu lado.

- Deixe ver sua mão - mostrei a ele.

O cara pegou minha mão olhou e pegou um lenço do bolso e limpou a sujeira que estava acumulada no ralado.

- E ai me diz, para que os ovos? - sorri.

- Para meu bolo de aniversário.

- Que dia vai ser seu aniversário? - perguntou pagando de limpar minha mão e guardando o lenço.

- É hoje.

- Nossa meus parabéns pequena - de repente ele beijou meu rosto.

Não esperava aquilo sempre fui beijada por mamãe e papai, nenhum menino da escola fez antes, coloquei a mão na face que ele beijou no impulso.

- Obrigada - agradeci feliz ele foi primeiro cara a me beijar pelo menos no rosto.

- De nada pequena, mais me diz quantos anos você faz?

- Faço 15 hoje - esta feliz porque estava deixando de ser criança.

- Vai ter uma festa enorme, pequena? - ele estava calmo e em paz senti no olhar dele estava a vontade.

- Não, apenas eu e meus pais. - não ligava para festa não nas condições que meus pais estão.

- Hum, porque não terá uma festa de aniversário.

- Meu pai esta desempregado, ele adoeceu e não pode trabalhar, então só minha mãe que trabalha eles nao podem fazer uma festa vai gastar muito. - era uma verdade e não poderia aceitar que eles se sacrificasse .

- Não fica triste por isso? - nossa ele gosta de perguntar. Rsrsrs

- Não eu entendo, importante que terei as pessoas mais importante festejando ao meu lado que são meus pais, isso basta.

- Pequena você parece uma adulta falando assim, deve ser especial.

- Não sou, apenas sei que não posso exigir deles isso.

- Seus pais deve se orgulhar de ti. - disse e se levantou - Bem pequena vou ter que ir, mais antes quero lhe dar um presente de aniversário.

Não entendi que ele quis dizer e me levantei para ficar de frente a ele que era bem mais alto que eu.

- Não precisa, nem me conhece seus parabéns está bom já.

Ele pegou meu queixo e selou seus lábios ao meu, no começo foi esquisito pois nunca tinha sido beijada. Era apenas o selinho mais meu coração palpitou, não sei porque foi talvez tenha sido de medo dele um estranho me beijar mais ele parece uma pessoa do bem.

- Já foi beijada antes pequena - perguntou me olhando serio.

- Não, nunca... - falei baixinho.

- Então fui o primeiro. - senti pouco de orgulho nessa fala.

- Sim.

- Bem preciso ir pequena espero que continue assim, és uma jovem adorável e se ficar da forma que imagino será uma mulher deslumbrante por dentro e por fora.- senti feliz pelo que disse.

- Obrigada senhor.

- Qual seu nome? - ele pegou minha gargantilha que ganhei de meu pai de presente de aniversario. - Lindo colar.

- Papai me deu hoje, foi da minha vó, meu vô dei a ela quando a conheceu - lembrei do meu pai me contando isso, e que minha vó nunca tirava do pescoço.

- É linda e delicada. - era uma corrente fina com a medalha de uma gota d'água.

- Sim é linda, nunca vou tirar ela - e não ia mesmo era muito especial a meu pai.

- Faz bem... Preciso ir se não me atraso para o casamento - fiquei olhando questionadora.

- Não posso me atrasar será muito importante minha presença. - ele disse, deve ser o padrinho. - Fiques bem pequena e que seja feliz adeus.

Ele beijou minha mão e saiu, quando foi se aproximando do seu carro ele se virou e me olhou profundamente, ja ia entrar quando eu falei.

- Maia - disse de supetão.

- Como? - ele se virou de repente.

- Meu nome - repeti - É Maia, Maia Ávila.

- Lindo nome para uma linda menina, fiques bem - apenas disse isso.

Entrou no carro e não disse seu nome, fiquei pensando em tudo isso, no desconhecido que encontrei e no meu primeiro beijo, apesar que foi apenas um selinho.

Maia para com isso sua mãe precisa de você para fazer o bolo, peguei as sacolas e fui para casa com vários pensamentos do acontecido que parecia história de livros e a imagem do desconhecido sem nome.

Em Seu PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora