Chapter One -- Alvin's Powers

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Alvin limpou seus dedos, sujos de terra. Desde que aprendera a caminhar pelo bosque, fez disso parte de sua rotina. Soltou a flor em sua mão, ainda perguntando-se, quem a teria arrancado? Poderia se tratar de um animal, ou talvez alguém que também passeava por ali.

Alvin tinha agora sete anos de idade, recém completados. Assim que o sol surgiu durante a manhã, soubera que seu aniversário havia chegado. Todavia era manhã, mas a hora do almoço se aproximava e sua mãe pronto o buscaria para se alimentar. Ele já estava acostumado, nesses dias especiais, sua mãe preparava um delicioso caldeirão de sopa, com as melhores carnes que seu marido conseguia, os cogumelos mais gostosos e as melhores especiarias trazidas da Índia.

A mãe de Alvin, Agnes, mãe de sete filhos, era uma cozinheira de mão cheia, ela tentava ensinar suas filhas a cozinhar da mesma maneira, mas um dom não pode ser ensinado. Seu marido, pai de seus sete filhos, Magno, também era um sétimo filho, e por inumeras vezes, insinuaram que ele fosse um lobisomem. Alguns insistiam em perguntar se havia algo de errado, em Magno e Agnes terem sete filhos, e eles negavam, já que Alvin, seu sétimo filho, era uma bênção, o menino mais doce do mundo. Bem, os dois sabiam que precisariam esconder se algo de estranho começasse a acontecer, para proteger o amor da família.
O padre do vilarejo, certa vez os procurou, com certa apreensão.

-- Padre, ele é mais um cristão. Nada de lobisomens por aqui.

Agnes, que tinha sangue de peregrinos em suas veias, sabia que seus antepassados, peregrinando pelo mundo, aprenderam muito com a natureza e com as energias através dos séculos. Mas era um segredo que só a família poderia guardar, o vilarejo era católico, e as senhoras, muito enxeridas. Por enquanto, esses ensinamentos mágicos eram passados apenas para as duas filhas mais velhas, Évora e Magda. Mas algo que surpreendera Agnes, foi saber e descobrir que Alvin tinha grande afinidade com os animais, e com a natureza em geral. Ele compreendia coisas que sua mãe ainda nem cogitara em ensinar-lhe e ela se sentia orgulhosa disso. Ele tinha uma conexão especial com a mãe.

Magno era um lenhador conhecido no vilarejo, homem bom, forte, inteligente e viril. Descendente de suecos, sétimo filho de seus pais. O lenhador mais produtivo da região. Os filhos de Magno, aprenderam com ele a profissão da marcenaria. Fred e Robert saiam com o pai para cortar lenha. Frank e Alvin ajudavam-no na madereira. Alvin por ser o mais novo, por enquanto ajudava apenas em coisas mais fáceis. Uma coisa que o pai percebera, era a capacidade do menino de comunicar-se muito bem, era muito inteligente, e o pai sentia-se orgulhoso.

O menino chegou em casa, seu irmão Frank o seguia e os dois logo chegaram em casa. Se tratava de um belo chalé de madeira, situado em boa região do Vilarejo de Clearwood. Ao entrarem, logo sentiram o delicioso cheiro do sopão de carne de carneiros e cogumelos. Suas irmãs punham a mesa, os irmãos chegaram com baldes de água. O inverno rigoroso estava por chegar em poucas semanas, todos sentaram-se á mesa e serviram-se da deliciosa sopa quente. O pai, Magno serviu a todos o vinho aquecido, e começou sua oração.

-- Pai nosso, proteja e abençoe nosso querido Alvin, para que tenha boa e plena vida. Agradecemos por nosso lar, nosso alimento, nossa saúde, nossa paz, e nosso amor. Amém.

"À felicidade de Alvin!"

Tilintaram as taças, e a refeição começou.

Alvin realizara sete anos, e agora seus poderes começariam a evoluir.

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⏰ Última atualização: Mar 07, 2017 ⏰

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