Conversas

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Depois de pouco mais de uma hora conversando, descobri que Hilary ama costurar e ocasionalmente faz roupas a cada verão para a caridade. Os Weston sempre estão fazendo projetos sociais e, na maioria deles, Hilary os acompanha e contribui com algo. Verão passado ela fez doces para o mais novo projeto de seus pais. Fez tanto sucesso que até o governador da cidade participou e colaborou com uma quantia boa para o lar das crianças com leucemia. Os pais de Hilary tem uma fazenda, que eu ia quando éramos crianças. Todas as férias eles vão para lá, meus pais vão algumas vezes, mas eu sempre arrumo desculpa para não ir e ficar na casa da vovó, e Hilary é a responsável de cuidar dos animais, tirar leite da vaca, pegar os ovos, alimentar os bezerros e limpar o cômodo de cada um deles. Sinceramente fiquei impressionada com tudo isso que ela me contou, em todos esses anos eu a julgava pelo o seu modo de vestir, dizia que ela era egocêntrica e entre outros adjetivos que não cabem à verdadeira Hilary. De egocêntrica ela não tem nada.

Estávamos tomando sorvete no pote enquanto conversávamos, a chuva ainda estava forte lá fora.

-Eu também amo cozinhar. Semestre passado eu entrei pro Clube de Culinária da escola.

-Ah, eu lembro disso. –Falei. –Você jogou farinha de trigo na Janet.

-Não, não. Não foi bem assim. –Comeu um pouco do sorvete. –Eu tropecei e sem querer deixei cair o trigo em cima dela. –Ela fez uma pausa e pensou . –Na verdade. –Franziu o cenho. –Pensando bem, Samantha colocou o pé pra eu tropeçar. Talvez não para o trigo cair em cima de Janet, mas sim pra eu cair e me machucar.

-Você nunca percebeu que Samantha é uma estúpida?

-Eu sabia que ela era um pouco malvada, mas eu nunca pensei que ela chegaria ao ponto de fazer aquilo com você.

Eu desviei o olhar e comecei a brincar com meus dedos. Hilary colocou a sua mão em cima da minha e fez carinho na mesma.

-E como você está com tudo isso? –Ela perguntou.

Eu a olhei.

-Bom...No começo eu fiquei furiosa, mas as pessoas já estão esquecendo. Então... –Dei de ombros.

-Eu achei uma puta sacanagem. Será que as pessoas não pensam que isso é sério?! Porra, você quase foi estuprada e as pessoas ainda caçoam com isso! –Ela revirou os olhos e bufou.

-Ei, calma. Eu sei que não foi nada legal, mas já tá passando. Que tal vermos um filme? –Olhei o relógio da parede. –Acho que meu pai não vai chegar tão cedo.

Ela se animou. Ligou a Netflix e optamos por ver algum filme de comédia romântica, não é o meu gênero favorito, mas eu sei que ela gosta.

- Simplesmente acontece? –Ela perguntou.

-Ah não. –Resmunguei. –Odeio esse filme.

Ela fez uma cara horrorizada e se virou pra mim.

-Como você não pode gostar desse filme?

-Ah. Só acho muito...previsível. –Disse com desdém.

-Mas...Margaret, o cara quase se casa com outa mulher. A menina fica grávida de outro homem, como isso pode ser previsível?

-Porque no final eles ficam juntos, o filme seria muito melhor se no final eles não ficassem juntos.

-Margaret! –Me olhou séria. –Você não acredita no amor?

-Claro que eu acredito no amor. –Sorri com esse conversa.

-Então por que está falando isso?

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⏰ Última atualização: Mar 06, 2017 ⏰

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